4 Personalidades Digitais Segundo a IBM

Em meu último post aqui no blog, analisei um estudo realizado pela AIMIA sobre os tipos de usuários de mídias sociais. Neste estudo são identificados e analisados 6 tipos de usuários e seu comportamento na web.

Seguindo a mesma vertente, porém afunilando a análise para os consumidores de mídia e entretenimento digital, avaliei um estudo que a IBM realizou em setembro de 2011, uma pesquisa digital com 3.800 usuários de 6 países – China, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos -, sobre tipos de consumidores conectados e sua relação de consumo com conteúdo de mídia e entretenimento. Segundo a IBM, não seria suficiente segmentar por idade, mas sim pelo comportamento. De acordo com a pesquisa, foram identificados 4 personalidades de consumidores:

Efficiency Experts: 41 por cento dos consumidores pertencem a esta categoria – utilizam dispositivos e serviços digitais para facilitar o dia a dia.

Content Kings: têm por hábito consumir jogos online, fazer download de filmes e de música e assistir televisão. Os Content Kings representam 9 por cento da amostra global.

Social Butterflies: Enfatizam a interação social, poisnão abrem mão de se conectar com amigos e parentes frequentemente. 15 por cento relataram que mantêm e atualizam frequentemente os perfis nas redes sociais, postam fotos e vêem vídeos de outros usuários.

Connected Maestros: representam 35 por cento dos consumidores, têm tendência para o consumo de conteúdos dos media através de dispositivos móveis. Estes consumidores são um misto dos Content King e Social Butterflies, porém, com comportamento mais sofisticado.

O gráfico abaixo é baseado no grau de acesso aos conteúdos e a intensidade com que as “personalidades digitais”esse conteúdo:

Através desses dados identificados é perceptível que segmentar pelo comportamento do consumidor é imprescindível para desenvolver e otimizar estratégias de relacionamento, com foco em oferecer experiências de consumo para públicos cada vez mais exigentes e segmentados. Pelo seu carater especifico, esse estudo se revela um tanto quanto “solitário”, mas caso haja necessidade de complementar um trabalho já pré-existente, certamente agregará valor.

Tipos de Usuários de Mídias Sociais

Identifying, Understanding and Influencing Social Media Users  foi um estudo realizado recentemente pela AIMIA através de uma pesquisa para identificar e mensurar as atividades e a construção de relacionamento entre consumidores e marcas em seus canais de mídias sociais.

Para complementar a referida pesquisa, a própria AIMIA utilizou dados de um outro estudo seu, Born This Way, para embasar a análise sobre os tipos de usuários de mídias sociais. De acordo com este estudo, dois motores, control e trust, impulsionam os novos consumidores uma vez que, devido ao seu alto grau de afinidade com as novas mídias e tecnologias, compartilham dados pessoais sem medo de ser feliz.

Control: são os consumidores que têm total controle de suas informações e estão dispotos a compartilhá-las com toda a rede social. É pelo o engajamento e influência desses usuários que brigam as marcas.

Trust: as atividades em mídias sociais são motivadas pelo nível de habilidade que tem nas redes sociais e no quanto confiam em suas conexões. O grau de confiança está relacionada a disposição dos consumidores de compartilhar informações entre si através das mídias sociais.

A partir desses dois motores foi traçado um quadrante do comportamento do consumidor, sendo os eixos ‘exposure’ correlato ao control e ‘participation’ correlato a trust:

A combinação desses dados nos apresenta 6 tipos de usuários de mídias sociais:

No shows: representam 41% da população norte-americana que não está conectada a nenhuma mídia social. Estes usuários tem mais de 60 anos e não tem nenhum grau de afinidade, confiança e interesse em compartilhar informações e dados pessoais.

Newcomers: são usuários que tem alguma afinidade com redes sociais, mas acessam de apenas uma mídia social e basicamente utilizam o meio digital, como uma extensão de suas relações offline para o ambiente online.

Onlookers: usuários que prezam por ter total controle das suas informações online a ponto de se abster de compartilhar detalhes sobre si. Preferem observar mais do que interagir e são inconstantes quanto suas atualizações online.  

Cliquers: são usuários ativos de uma única mídia social, têm preferência pelo Facebook. São em sua maioria mulheres que compartilham todo tipo de informações, mas suas conexões são restritas à familiares e amigos mais próximo.

Mix-n-Minglers: são bastante ativos, utilizam mais de uma plataforma de mídia social, seguem e interagem com as marcas de sua preferência. São comedidos quanto ao compartilhamento de informações pessoais e influentes entre suas conexões online.

Sparks: são usuários extremamente engajados, são referência nas mídias sociais e suas interações com as marcas são tão próximas e frequentes que se tornam “porta-vozes” das marcas.

O gráfico abaixo revela a relação que esses usuários têm com os meios online:

Apesar de bem embasada, essa classificação não deve ser considerada como uma regra, uma vez que, o estudo analisa particularidades de indivíduos. Mas, serve de parâmetro para profissionais de marketing tomarem como referência na construção de ações e planejamentos estratégicos para os meios digitais.

A classificação de usuários não se limita esta ou qualquer outra, é um campo amplo, e portanto, rico em dados e possibilidades. Cabe aos profissionais cada vez mais buscar entender suas motivações, estilos e preferências.

* Post por Mariana Ferreira, publicitária e gestora de mídias sociais na Dendê Brands.

Jogos Sociais na América Latina: oportunidades e desafios

Os números não mentem quando o assunto é engajamento em redes sociais na América Latina. De acordo com a ComScore, em abril de 2012, a região registrou 127 milhões de usuários acima de 15 anos, que passam mais de 7,5 horas em sites de redes sociais, o que indica um crescimento de cerca de 12% em relação ao ano anterior.

Segundo um artigo da The Next Web, 40% dos latino-americanos na internet participam de jogos sociais. O cenário é bastante animador e cinco fatores se destacam como boas oportunidades para se aproveitar:

1. Crescimento vertiginoso

Para reforçar o que foi revelado anteriormente, dos 2,1 bilhões de usuários de internet no mundo, 230 milhões são latinos, 127 milhões destes usuários jogam com seus amigos em sites de redes sociais e permanecem conectados por aproximadamente 7 horas. Apesar de ser considerada uma das regiões ‘menos’ conectadas, o crescimento progressivo anima empresas de web no mundo todo.

2. O que as pessoas estão jogando

Por se tratar de uma região com diversidade de países, povos e culturas, há variações importantes de preferência, que podem ser percebidas na tabela a seguir:

Mesmo com diversidade predominante, 3 tópicos se mantém entre os preferidos dos latino-americanos:  os consoles, os Pcs e o mobile.

Quanto ao conteúdo, os jogos mais populares no Brasil, por exemplo, são os que podem ser jogados diretamente no Facebook, como Cityville, Cafemania e Mini Fazenda, da empresa Zynga. Os dados apresentados só reforçam que as 7 horas conectados nas redes sociais estão estritamente ligadas a jogos nas redes sociais.

3. A América Latina e o Facebook

No quesito redes sociais, o Facebook é a rede social preferida na maior parte do mundo todo, e com os latinos não é diferente. A região é a 4º mais conectada, com aproximadamente 122 millhões usuários. Destes, 114,5 milhões de usuários são ativos no Facebook, demonstrando um crescimento de 37% a mais em relação ao ano anterior. Segundo o Socialbakers, o Brasil realmente é um show à parte, se considermos que dos 57 milhões de novos usuários no Facebook o país sozinho responde por 20 milhões de novos perfis. Atualmente, é o segundo país com o maior número de usuários ativos.

4. Mobile On

    Nem só de consoles e Pcs vive o cenário de jogos na América Latina, pois os smartphones estão cada vez mais populares. Estima-se que no ano de 2016, estes aparelhos serão responsáveis por 46% do total de vendas de telefones celulares.

Como pode ser percebido no gráfico acima, Android é o sistema operacional mais usado atualmente, mas 17% das pessoas pesquisadas pela Jampp revelaram que pretendem comprar um Iphone nos próximos 3 meses. A tendência é que smartphones sejam cada vez mais populares na América Latina, porém isso não é garantia de que seus usuários sejam compradores online em potencial.

5. Rentabilizando Pagamentos

    Neste ponto reside a linha tênue entre sucesso absoluto e eterna promessa de bons lucros. Ao mesmo passo que os números crescem exponencialmente, os latinos-americanos são os que geram menor volume de compra de jogos online, se comparado a Europa e América. Três pontos são apontados como principais motivos pela baixa nas compras de aplicativos. O primeiro é que em uma pesquisa realizada pela Livra os usuários afirmam não ter cartão de crédito ou débito. Segundo, os usuários acham os preços dos aplicativos salgados. E por último, a dificuldade de popularização do Iphone em países, como a Argentina, por exemplo, demonstram como as inúmeras barreiras de importação influenciam diretamente no valor final do produto. Os proprietários de aparelhos Apple latino-americanos estão entre os mais propensos a compra de aplicativos.

    Apesar do cenário um tanto quanto conturbado, alternativas estão sendo pensadas para se adaptarem à essa realidade regional e revertê-las, assim, em pagamentos. Algumas empresas estão interessadas em produzir aparelhos de Apple no Brasil, visando a redução de custos. Outras, também traçam estratégias de vendas em pontos físicos bastantes comuns no Brasil, como as lan-houses. Estes e outros esforços são válidos para não perder de vista usuários tão apaixonados por tecnologia e internet.

* Post por Mariana Ferreira, publicitária e gestora de mídias sociais na Dendê Brands.

Plataformas de Criação e Customização de Gráficos para Uso Profissional

Em seu livro Cultura da Convergência, Henry Jenkins, analisa a produção de conteúdo e a disseminação em multicanais, se baseando em 3 pilares: convergência midiática, inteligência coletiva e cultura participativa. Para se aprofundar ou relembrar, resenha do livro aqui.

Tomando como base os fundamentos de Jenkins, analisei quatro plataformas de customização de gráficos sob a ótica de que qualquer pessoa pode produzir, editar e disseminar conteúdo de qualidade, pois a tecnologia está a nosso favor para viabilizar e otimizar este processo.

As plataformas aqui analisadas são voltadas para profissionais de marketing e estudantes de graduação, tendo como premissa básica customizar gráficos, tornando-os visualmente atrativos, possibilitando sua publicação.

 

As quatro plataformas são:

ImageChart

Apesar de ser um produto Google é bastante limitada, permitindo apenas que o usuário edite seus dados, com opções de templates pouco modernas. Sua plataforma não é nada atraente, mas de um modo geral atende ao propósito da customização. Para concluir,  tem como ‘bônus’, no rodapé da plataforma, um link que direciona para um grupo de discussão. Para ter acesso, basta ter uma conta Gmail.

Infogr.am

Com o próprio nome sugere, bem à grosso modo, é o Instagram dos infográficos. A plataforma ‘vende’ simplicidade, praticidade e beleza. É integrada às redes sociais e possibilita, além de login via facebook e twitter, publicação de infográficos diretamente no perfil de usários nas mídias sociais. Inteiramente gratuita, fácil de navegar, didática, tem templates bastante modernos e encanta pelo visual.

Venngage

Se assemelha ao Infogr.am no quesito modernidade e simplicidade. Contempla 2 produtos distintos, um direcionado aos profissionais de marketing e outro para publishers(em construção). É parcialmente gratuita, pois permite customização dos gráficos, mas para publicar o usuário deve ter conta pro, premium ou enterprise, cujo os preço variam de $99 a $499 dolares por mês. No quesito prestação de serviços, se assemelha às ferramentas de monitoramento plenos, pois oferece dados estatísticos das publicações; otimização de buscas e engajamento do infográfico. Apesar de ‘forçar’ upgrade da conta gratuita para conta paga, não tem opção teste. Diante destes fatos, me pego pensando com meus botões, de que adianta produzir um lindo infográfico se não poderei publicá-lo livremente?

Many Eyes

Desenvolvida pela IBM, esta plataforma vai além da customização e publicação de infográficos, pois funciona como uma rede social sobre os estudos publicados dentro da plataforma. Um dos diferenciais é o “topics centers”, um fórum de criação e produção de conteúdo colaborativo.

Ao acessar pelo primeira vez esta plataforma a impressão que se tem é que a IBM prezou pelo conteúdo em detrimento da beleza, se comparado com a Infogr.am e Venngage. Na ferramenta de customização também tem diferencial, em comparação as demais plataformas analisadas, já que o usuário tem a opção de customizar temas pré-cadastrados, como por exemplo, top 10 Facebook users no mundo ou números do filme Prometheus.

* Post por Mariana Ferreira, publicitária e gestora de mídias sociais na Dendê Brands.

Identificando Histórias de Consumo Através do Monitoramento

Que brasileiro é apaixonado por internet, não temos dúvida. Digo isto porque estudos não faltam para comprovar esta afirmativa. Cito os brasileiros por serem apontados numa pesquisa feita pela GFK como os usuários de internet que mais se relacionam com marcas nas mídias sociais. A pesquisa revela que 30%, dos 80 milhões, de usuários no Brasil utilizam redes sociais para  reclamar ou recomendar marcas.

Partindo deste fato, é que as histórias de consumo são construídas. Certamente você já topou,  ou vivenciou, alguma situação que envolvesse as marcas e o contexto em que ela estão inseridas. Indo um pouco mais além, ouso afirmar que você também tem suas preferências e paixões por determinada marca, afinal, amamos consumí-las.

Para ilustrar, trago uma situação fictícia, mas bem comum de ser presenciada nas redes sociais. Alice é uma jovem designer, 25 anos, adora cinema, música eletrônica e trabalha numa agência de publicidade. Alice está achando que seu aparelho de celular está ultrapassado e quer trocá-lo por um smartphone. Após pesquisar em diversos sites, fica em dúvida entre as marcas Delta e Ômega e aí começa a saga. Alice a partir deste ponto não quer mais saber as especificações técnicas, ela quer saber de outros consumidores, o que os motivou a comprar determinado aparelho. Para saber o que procura, explica nas redes sociais sua situação e pede ajuda primeiramente a seus amigos. Não contente, Alice parte para às comunidades de seu interesse nas redes sociais, abre “off topics” e posta suas dúvidas. Satisfeita com as opiniões favoráveis à marca Ômega, finalmente Alice faz sua escolha.

Dentro desse contexto, se torna mais do que necessário monitorar as conversações entre consumidores na internet. Atualmente as marcas podem dispor de um bom aparato tecnológico e de qualificação profissional para realização de um monitoramento completo. A junção destas duas forças potencializa os dados, transformando-os em resultados consistentes e deve ter como principal objetivo otimizar o relacionamento com o consumidor.

* Post por Mariana Ferreira, publicitária e gestora de mídias sociais na Dendê Brands.