Jogos Sociais na América Latina: oportunidades e desafios

Os números não mentem quando o assunto é engajamento em redes sociais na América Latina. De acordo com a ComScore, em abril de 2012, a região registrou 127 milhões de usuários acima de 15 anos, que passam mais de 7,5 horas em sites de redes sociais, o que indica um crescimento de cerca de 12% em relação ao ano anterior.

Segundo um artigo da The Next Web, 40% dos latino-americanos na internet participam de jogos sociais. O cenário é bastante animador e cinco fatores se destacam como boas oportunidades para se aproveitar:

1. Crescimento vertiginoso

Para reforçar o que foi revelado anteriormente, dos 2,1 bilhões de usuários de internet no mundo, 230 milhões são latinos, 127 milhões destes usuários jogam com seus amigos em sites de redes sociais e permanecem conectados por aproximadamente 7 horas. Apesar de ser considerada uma das regiões ‘menos’ conectadas, o crescimento progressivo anima empresas de web no mundo todo.

2. O que as pessoas estão jogando

Por se tratar de uma região com diversidade de países, povos e culturas, há variações importantes de preferência, que podem ser percebidas na tabela a seguir:

Mesmo com diversidade predominante, 3 tópicos se mantém entre os preferidos dos latino-americanos:  os consoles, os Pcs e o mobile.

Quanto ao conteúdo, os jogos mais populares no Brasil, por exemplo, são os que podem ser jogados diretamente no Facebook, como Cityville, Cafemania e Mini Fazenda, da empresa Zynga. Os dados apresentados só reforçam que as 7 horas conectados nas redes sociais estão estritamente ligadas a jogos nas redes sociais.

3. A América Latina e o Facebook

No quesito redes sociais, o Facebook é a rede social preferida na maior parte do mundo todo, e com os latinos não é diferente. A região é a 4º mais conectada, com aproximadamente 122 millhões usuários. Destes, 114,5 milhões de usuários são ativos no Facebook, demonstrando um crescimento de 37% a mais em relação ao ano anterior. Segundo o Socialbakers, o Brasil realmente é um show à parte, se considermos que dos 57 milhões de novos usuários no Facebook o país sozinho responde por 20 milhões de novos perfis. Atualmente, é o segundo país com o maior número de usuários ativos.

4. Mobile On

    Nem só de consoles e Pcs vive o cenário de jogos na América Latina, pois os smartphones estão cada vez mais populares. Estima-se que no ano de 2016, estes aparelhos serão responsáveis por 46% do total de vendas de telefones celulares.

Como pode ser percebido no gráfico acima, Android é o sistema operacional mais usado atualmente, mas 17% das pessoas pesquisadas pela Jampp revelaram que pretendem comprar um Iphone nos próximos 3 meses. A tendência é que smartphones sejam cada vez mais populares na América Latina, porém isso não é garantia de que seus usuários sejam compradores online em potencial.

5. Rentabilizando Pagamentos

    Neste ponto reside a linha tênue entre sucesso absoluto e eterna promessa de bons lucros. Ao mesmo passo que os números crescem exponencialmente, os latinos-americanos são os que geram menor volume de compra de jogos online, se comparado a Europa e América. Três pontos são apontados como principais motivos pela baixa nas compras de aplicativos. O primeiro é que em uma pesquisa realizada pela Livra os usuários afirmam não ter cartão de crédito ou débito. Segundo, os usuários acham os preços dos aplicativos salgados. E por último, a dificuldade de popularização do Iphone em países, como a Argentina, por exemplo, demonstram como as inúmeras barreiras de importação influenciam diretamente no valor final do produto. Os proprietários de aparelhos Apple latino-americanos estão entre os mais propensos a compra de aplicativos.

    Apesar do cenário um tanto quanto conturbado, alternativas estão sendo pensadas para se adaptarem à essa realidade regional e revertê-las, assim, em pagamentos. Algumas empresas estão interessadas em produzir aparelhos de Apple no Brasil, visando a redução de custos. Outras, também traçam estratégias de vendas em pontos físicos bastantes comuns no Brasil, como as lan-houses. Estes e outros esforços são válidos para não perder de vista usuários tão apaixonados por tecnologia e internet.

* Post por Mariana Ferreira, publicitária e gestora de mídias sociais na Dendê Brands.

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