Podium Grand Prix: jogo social da Petrobras

A Taxi Labs acaba de lançar um jogo social para a Petrobras. O Podium Grand Prix é uma corrida para marcar pontos. Quanto mais longe o jogador conseguir ir (abastecendo com gasolina e evitando batidas), mais pontos acumula. Um diferencial são os quatro “estágios”: começa-se com gráficos semelhantes ao do Atari e, na medida em que o jogador coleta uns power-ups gasolina Podium, os gráficos ficam mais “avançados”. Vejam no vídeo abaixo:

Em relação à integração com o site de rede social no Orkut, nada demais. Os rankings classificam os usuários e aumentam a competitividade e é possível criar torneios específicos. O acúmulo de troféus apela para a exibição de habilidades dos jogadores. Em relação a atualizações de estado, não as encontrei, nem quando bati meus recordes: falha considerável. E a função de procurar por postos da Petrobras não foi incoporada ao aplicativo, sendo apenas um link externo.

podium grand prix - torneios e trofeus

Mas a grande novidade é: também foi lançado para o Facebook. Será o primeiro grande aplicativo social brasileiro para este site de rede social. Porém, não o consegui encontrar. Leia mais no Petrobras – Fatos e Dados.

Jogos sociais: Patrícia Moura entrevista Tahiana D’Egmont, da Mentez

A Patrícia Moura (@missmoura), ótima profissional de mídias sociais, entrevistou a Tahiana D’egmont (@tahidegmont), da Mentez, para o SimViral. O tema da entrevista foram os jogos sociais (ou social games), tão em voga na mídia na imprensa brasileira, finalmente. Porém, ao contrário de matérias ridículas que vemos por aí, as perguntas e respostas de profissionais efetivos das mídias sociais resultou em uma entrevista imperdível para interessados no assunto. Cliquem na pergunta abaixo, para a qual a Tahiana responde com dados reais, para acessar a entrevista:

7) Os destaques de 2009 são realmente Mafia Wars e FarmVille? Ou você citaria outros?
No Facebook, sim. E particularmente acho a mecânica do Mafia Wars fantástica, melhor que do Farmville. Para mim esse é o grande destaque de 2009 a nível mundial.
Se formos falar de Brasil o Facebook tem uma papel muito importante em social games. Vejo mais brasileiros utilizando apps lá do que no orkut (usuários totais / usuários em apps), mas o número de usuários brasileiros no Mafia Wars ou FarmVille não chega ao número de usuários brasileiros do Colheita Feliz, por exemplo. Analisando os números friamente: o Facebook tem pouco mais de 2 milhões de brasileiros: não podemos afirmar qual o percentual delas no Mafia Wars ou Farm Ville mas seria precipitado presumir que esses games tenham mais que os 1,5 milhões de usuários do Colheita Feliz, no orkut.

“Evolução: 8 estágios do ouvir”

Jeremiah Owyang é um famoso estrategista da internet. Dentre outras coisas, ele foi um dos profissionais que cunharam as 16 regras da otimização em mídias sociais, posts que cunharam o termo em 2006.  Este ano ele publicou um post chamado “Evolution: the eight stages of listening“, explicando oito passos evolutivos  para monitorar, analisar e participar de conversas com o público nas mídias sociais. A agência Foreplay gostou da ideia e traduziu as regras produzindo uma apresentação bem bacana. Vejam:

Seis tipos de usuários/produtores nas mídias sociais

Alguns profissionais blogueiros (como o Brian Solis) utilizam uma categorização feita pela Forrest Research de usuários de internet no que tange sua postura frente ao conteúdo nas mídias sociais. É uma categorização interessante e pode ser utilizada na observação de interações na internet e desevolvimento de estratégias e campanhas.

Criadores (Creators): publicam blog(s); publicam seus próprios sites;  criam e enviam vídeos; criam e enviam músicas/podcasts/áudio; escrevem artigos e postam.

Críticos (Critics): classificam e escrevem resenhas sobre produtos, serviços e empresas; contribuem em fóruns online; comentam nos blogs que lêem; contribuem e editam artigos em wikis.

Coletores (Collectores): assinam feeds RSS; votam e classificam sites; adicionam tags em páginas e fotos.

Participantes (Joiners): mantêm e visitam perfis em sites de redes sociais.

Espectadores (Spectators): lêem blogs; ouvem podcasts; assistem vídeos produzidos por outros usuários;  lêem fóruns online; lêem resenhas e críticas feitas por outros usuários.

Inativos (Inactives): Nenhum acima.

O gráfico abaixo mostra a evolução na porcentagem em que cada grupo de práticas acima é realizada pelos americanos .

comportamento online produção social

Enquanto inativos passaram de 44% para 18%, as outras categorias aumentaram bastante. Os Criadores, categoria que mais produz conteúdo, já representa 21% dos internautas.

Essa categorização é inexata, como qualquer tentativa de classificação de indivíduos. Porém, pode ser utilizada como um ótimo operador estratégico no planejamento de campanhas, ações e marketing online. Que os usuários de internet ganham a possibilidade de criar, divulgar, “enterrar” e disseminar conteúdos e, por isso, ganham peso enorme no sucesso ou fracasso dae iniciativas de comunicação organizacional online, quase ninguém mais discorda.

A questão que tem de ser avançada e lembrada com mais frequência é que existem múltiplos tipos de usuários, com diferentes comportamentos. Conhecer os públicos reais e potenciais é importantíssimo: estilos, ferramentas, ‘veículos’, mídias e técnicas também tem de ser múltiplos na medida da audiência.

Skoob e O Livreiro: Davi e Golias dos SRS de livros no Brasil

Esta semana o jornalista Breno Fernandes entrou em contato comigo para me pedir a opinião sobre o Skoob, O Livreiro e o Trocando Livros. Os dois primeiros são sites de redes sociais brasileiros de nicho. Voltados a troca de experiências, resenhas e media tracking de livros, representam duas iniciativas com um objetivo semelhante mas que são bastante diferentes no que se refere ao tipo de iniciativa, recursos e modos de colaboração.

jornal a tarde 25-11-09 skoob o livreiro

A partir da pesquisa, apuração e fontes, o texto publicado no Jornal A Tarde (Bahia) de hoje utiliza a referência à história dos personagens bíblicos Davi e Golias em um intertítulo. Enquanto O Livreiro é patrocinado pela Livraria Cultura e começou com uma base de dados de mais de 2 milhões de livros, o Skoob foi concebido e é mantido por dois jovens. Viviane Lordello, webdesigner e RP do Skoob, respondeu entrevista do jornal e explica as razões do sucesso do SRS. Hoje, possui 46 mil usuários. O Livreiro ainda conta com apenas 24 mil.

O jornalista selecionou a parte transcrita a seguir de minha análise dos sites, em que exponho os fatores que acredito serem causa do sucesso do “Davi”:

O Skoob, que surgiu antes do Livreiro, é uma iniciativa que traz muito de crowdsourcing. Se você tem aquele livro do aquele autor super obscuro que só você conhece, a página do livro pode ser criada e adicionada à sua “estante”. No Skoob, os usuários “comuns” participam muito mais ao cadastrar seus livros. Mas, especialmente nos primeiros dias do site, isso era um problema. Nem todo usuário de internet é produtor de conteúdo (seja por vontade, seja por falta de tempo) disposto a colocar as informações dos livros.

O projeto de O Livreiro traz problemas justamente por sua pretensão possibilitada pelos recursos financeiros. A base de dados é grande demais e o sistema de busca ruim. Para achar um livro específico, a busca resulta em centenas de livros, de todas as línguas e, muitas vezes, sem capa . As metáforas visuais (elementos em formato de livro, backgrounds simulando papel) são démodé, de uma internet da década de 90. Não bastasse o mau-gosto, não são práticas: resultam em um site mais pesado de abrir. O Skoob, por sua vez, tem uma interface limpa, própria da web e uma arquitetura da informação que permite interações mais fáceis e freqüentes com os amigos leitores.