Etnus lança resultados de pesquisa sobre afroconsumo em São Paulo

afroconsumo

O estudo Afroconsumo: Pesquisa sobre hábitos e comportamento acaba de ser lançado pela consultoria Etnus. Representando 54% da população do país e 37% dos paulistanos, os negros brasileiros tem realizado uma revolução no consumo. Apesar disso, desigualdade e racismo exercem papel nocivo contra toda população e contra o Brasil. Estudos já mapearam o óbvio – diminuição da desigualdade se reflete em aumento do PIB.

A partir de levantamento com 200 pessoas, o estudo traz compilação de percepções sobre representatividade, locais de consumo, barreiras e preferências no momento de escolha e outros itens. São especialmente interessantes os dado abaixo, que mostram que os afro-brasileiros não se veem representados nem se identificam com os anúncios e propagandas:

publicidade-e-representatividade

 

A metodologia de mood board como teste projeto para identificar desejos inconscientes e medir a relevância de representações imagéticas foi também utilizada.

moodboard

Para ver estes resultados e as conclusões, acesse a publicação no Issuu:

Identificando Histórias de Consumo Através do Monitoramento

Que brasileiro é apaixonado por internet, não temos dúvida. Digo isto porque estudos não faltam para comprovar esta afirmativa. Cito os brasileiros por serem apontados numa pesquisa feita pela GFK como os usuários de internet que mais se relacionam com marcas nas mídias sociais. A pesquisa revela que 30%, dos 80 milhões, de usuários no Brasil utilizam redes sociais para  reclamar ou recomendar marcas.

Partindo deste fato, é que as histórias de consumo são construídas. Certamente você já topou,  ou vivenciou, alguma situação que envolvesse as marcas e o contexto em que ela estão inseridas. Indo um pouco mais além, ouso afirmar que você também tem suas preferências e paixões por determinada marca, afinal, amamos consumí-las.

Para ilustrar, trago uma situação fictícia, mas bem comum de ser presenciada nas redes sociais. Alice é uma jovem designer, 25 anos, adora cinema, música eletrônica e trabalha numa agência de publicidade. Alice está achando que seu aparelho de celular está ultrapassado e quer trocá-lo por um smartphone. Após pesquisar em diversos sites, fica em dúvida entre as marcas Delta e Ômega e aí começa a saga. Alice a partir deste ponto não quer mais saber as especificações técnicas, ela quer saber de outros consumidores, o que os motivou a comprar determinado aparelho. Para saber o que procura, explica nas redes sociais sua situação e pede ajuda primeiramente a seus amigos. Não contente, Alice parte para às comunidades de seu interesse nas redes sociais, abre “off topics” e posta suas dúvidas. Satisfeita com as opiniões favoráveis à marca Ômega, finalmente Alice faz sua escolha.

Dentro desse contexto, se torna mais do que necessário monitorar as conversações entre consumidores na internet. Atualmente as marcas podem dispor de um bom aparato tecnológico e de qualificação profissional para realização de um monitoramento completo. A junção destas duas forças potencializa os dados, transformando-os em resultados consistentes e deve ter como principal objetivo otimizar o relacionamento com o consumidor.

* Post por Mariana Ferreira, publicitária e gestora de mídias sociais na Dendê Brands.

Dados Emocionais: comportamento e gosto

Encontrei esta apresentação da Tara Hunt no SlideShare, que possui algumas coisas interessantes. Só depois liguei o nome à pessoa: ela é a autora de livro sobre whuffie, um conceito totalmente desnecessário. Porém, apesar de trazer alguns preconceitos embutidos (veja mais abaixo), essa apresentação é  interessante:

De uma forma um pouco superficial, a apresentação trata do processo de “sinalização de gosto”. As pessoas constróem suas identidades também através da emissão de sinais que apresentam direta ou indiretamente características com as quais querem ser relacionadas. Tara Hunt cita Geoffrey Miller, autor de “Sex, Evolution and Consumer Behavior”: “Many products are signals first and material objects second.” A importância do valor simbólico dos produtos já é algo quase que consensual. Vale citar aqui o estudo de pesquisadoras como Judith Donath, que investigaram processos específicos de “signaling” em sites de redes sociais. Por exemplo, o artigo Signals in Social Supernets.

Em seguida, Hunt fala de subtextos de publicações das pessoas em seus perfis. Para uma foto de Sushis (slide 14), a pessoa pode estar querendo dizer que “é aberta a novas experiências ou culturas”, para uma publicação do RunKeeper, a pessoa pode querer dizer que “é atlética” ou “é fabulosa”. Obviamente, estas adjetivações dependem do que cada pessoa valoriza. Mas a apresentação é interessante por chamar atenção às possibilidades de se categorizar os dados de acordo com “emoções” e “padrões emocionais”.

Hunt utiliza a sistematização chamada OCEAN – Openness, Conscientiousness, Extroversion, Agreeableness, Neuroticism -, criada a partir de ramos da psicologia voltados à testes de personalidade. Hunt começa a apresentação citando os hipsters porque são uma “tribo” bastante odiada, falada e que dá bastante valor à produtos e diferenciação. A autora finaliza a apresentação dizendo: “Nos identificamos com algumas marcas de um modo profundo emocional. Nós também nos identificamos com alguns produtos deste mesmo jeito. Então, porque não estamos mapeando dados emocionais?”. Boa pergunta. Porque não desenvolver abordagens do tipo?

Accenture 2010 Global Consumer Research: dados sobre consumo e confiança

O relatório da Accenture  “Accenture 2010 Global Consumer Research” foi realizado a partir de dados coletados em 5800 entrevistas com respondentes de 17 países incluindo o Brasil. Abaixo alguns dados sobre a confiança dos consumidores por canais de mídia e por tipo de emissor:

 

Surveillance & Society Vol 8, No 3 (2011): Marketing, Consumption and Surveillance

Número da Surveillance & Society com o tema Marketing, Consumption and Surveillance.

Surveillance and Alienation in the Online Economy Abstract PDF
Mark B Andrejevic 278-287
Web 2.0, Prosumption, and Surveillance Abstract PDF
Christian Fuchs 288-309
Profiling Phorm: an autopoietic approach to the audience-as-commodity Abstract PDF
Andrew McStay 310-322
Consumer Databases, Neoliberalism, and the Commercial Mediation of Identity: A Medium Theory Analysis Abstract PDF
Vincent Manzerolle, Sandra Smeltzer 323-337
Predicting what you’ll do tomorrow: Panspectric surveillance and the contemporary corporation Abstract PDF
Karl Palmås 338-354
Shopping and Working in the Borderlands: Enforcement, Surveillance and Marketing in Tijuana, Mexico Abstract PDF
Magalí Murià, Sergio Chávez 355-373