Teoria Racial Crítica e Comunicação Digital?

Prof. Derrick Bell

A Teoria Racial Crítica é um framework teórico-metodológico proposto inicialmente por pesquisadores do Direito para combater a aplicação racista da legislação. A Teoria Racial Crítica (TRC) transpôs as fronteiras do Direito e tem sido aplicada em diversos países afrodiaspóricos à Educação, Sociologia e outras áreas como a Comunicação, mas ainda tangencial nesta última. Entretanto, há uma geração de pesquisadores que tem provado que a perspectiva da Teoria Racial Crítica fornece lentes apropriadas para superar o que eu chamo de dupla opacidade – “o modo pelo qual os discursos hegemônicos invisibilizam tanto os aspectos sociais da tecnologia quanto os debates sobre a primazia de questões raciais nas diversas esferas da sociedade – incluindo a tecnologia, recursivamente“.

Com o objetivo de colaborar para as conexões deste framework teórico, publiquei no Intercom 2019 o artigo “Teoria Racial Crítica e Comunicação Digital: conexões contra a a dupla opacidade“. O trabalho apresenta a Teoria Racial Crítica e discute do ponto de vista da comunicação digital e de casos de racismo algorítmico seis pilares definidores da TRC:

a) a ordinariedade do racismo;

b) construção social da raça;

c) interseccionalidade e anti-essencialismo;

d) reconhecimento do conhecimento experiencial;

e) agência no combate efetivo da opressão racial;

f) e a interdisciplinaridade

 

Você pode ler o artigo completo já no ResearchGate e em breve será publicada uma versão expandida como capítulo no livro “Fluxos em redes sociais sociotécnicas: das micro-narrativas ao big data

Comunicação Digital e Novas Mídias na Política e Campanhas Eleitorais

Nos dias 05 e 06 de novembro tive o prazer de retornar a Divinópolis para apresentar dois módulos do curso Comunicação Digital e Novas Mídias na Política e Campanhas Eleitorais, organizado pelo G37 e Gazeta do Oeste. Novamente o público foi bastante participativo e as aulas foram um verdadeiro aprendizado para mim. O curso, ministrado por mim e pelo Marcel Ayres, foi organizado em quatro módulos que trataram de mídias sociais, comunicação online, serviços de comunicação digital, ferramentas de social media analytics e sobre a história das campanhas digitais.

Comunicação Digital e Novas Mídias na Política e Campanhas Eleitorais

Abaixo, como de praxe, disponibilizo os slideshows produzidos para este curso:

Blogosfera baiana sobre comunicação digital ganha reforços

Diversos profissionais baianos de comunicação digital estão lançando novos blogs ou voltando a publicar conteúdo. A iniciativa sempre louvável e necessária de produzir e compartilhar conteúdo merece ser fomentada, então aqui indico cinco posts:

Começando com a efervescência produtiva da PaperCliQ, Jeniffer Santos é responsável pelo primeiro novo blog citado. A gerente de produção de conteúdo da agência da qual faço parte mantem seus projetos online (como o Subindo no Telhado) ao mesmo tempo que lança um blog focado em comunicação e cultura digital. Destaque para uma apresentação sobre Escritores e Novas Mídias, na qual a blogueira fala de diversos usos e interface entre literatura e novas mídias: “Blogs literários: Espaço para publicar conteúdo em vários formatos (fotos,vídeos, texto, áudio), notícias sobre eventos, manter contatocom outros escritores e fãs da obra, além de conquistar novosleitores“. [leia mais]

Moisés Costa retoma a discussão sobre a diferenciação entre redes e mídias sociais. “Como todos sabem, Redes Sociais são formações humanas que datam do início do que se conhece como nossa sociedade.  São notórias as discussões sobre este termo na sociologia e antropologia moderna, esta muito influenciada pelos estudos sobre etnografia desenvolvidos no último século sobre o comportamento de comunidades e seus indivíduos.” [leia mais]

O projeto SEO de Saia é um coletivo de blogueiras espertas em marketing de busca e em sainhas. Entre as diversas autoras, Priscila Muniz publica com um estilo bem leve, sarcástico e cheio de referências. “Mike Wazowski acordava todos os dias, lia seu Google Reader cheio de conteúdo relevante para o público da Monstros S.A., “No susto e no grito, fazemos bonito”, e depois postava no Twitter e Facebook da empresa. Mas Mike sempre reclamava que não conseguia interação das pessoas nas mídias sociais. Sabe, o trabalho do Mike era realmente muito bom. Definitivamente, ele não entendia qual era a das pessoas.” [leia mais]

Michel Fonseca trouxe à tona uma polêmica e saudável discussão, que rende nos comentários: “Se os eventos não apresentam conteúdo relevante, de quem é a culpa?”. “Se nós, profissionais atuantes do mercado, visarmos ascender o nível das discussões através de novas visões, mais aprofundadas e desafiadoras do que o de costume, um bom caminho para isso não seria PARTICIPAR ao invés de xingar muito no Twitter? A reflexão que quero propor é essa.” [leia mais]

Por fim, Giácomo Degani cita o pesquisador e professor André Lemos em um post sobre a quebra da hegemonia do discurso: “Antes das mídias digitais, tínhamos um centro emissor.  A possibilidade de traduzir o mundo em informações era limitada aos grandes veículos comunicacionais, só possuíamos funções massivas. O chamado um para todos. A internet quebrou o pólo de emissão. Vivemos a época do todos para todos. Qualquer um que se interesse tem a sua disposição uma quantidade infinita de ferramentas para se comunicar com o mundo. Seja através de blogs, micro-blogs, wikis, dispositivos móveis…” [leia mais]

Boas iniciativas que merecem continuar. Leiam, critiquem, divulguem e façam o mesmo: compartilhando é que se aprende mais e mais.

Curso de Marketing Digital em Divinópolis

Nos últimos dias 09 e 10 (abril), eu e meu sócio Marcel Ayres fomos à cidade de Divinópolis em Minas Gerais à convite da Networked. Realizamos um curso de 16 horas chamado “Marketing, Comunicação Digital e Novas Mídias”. Composto de 4 módulos (Mercado, Serviços, Mídia Online, Mídias Sociais), o conteúdo buscava realizar um fomento do mercado local. Foi uma experiência muito interessante: as instalações da Faculdade Pitágoras eram excelentes; os alunos foram bastante participativos tanto presencialmente quanto online (colocaram o curso no Trendsmap); e a cidade foi muito acolhedora. Aproveito aqui para agradecer à Leonardo Rodrigues, Eduardo Henrique e Paulo Freitas, que mobilizaram a rede para que o curso acontecesse. Também recomendo seguir a excelente turma do curso. Abaixo os quatro slideshows apresentados: