A Taís Oliveira, RP, mestranda e fundadora do Versátil RP, lançou uma cartilha de Planejamento Estratégico para Leigos. Leia abaixo ou em seu blog:
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A evolução da avaliação: história da mensuração e avaliação de resultados em Relações Públicas
Aula do professor Tom Watson, da Bournemouth University, The evolution of evaluation: Public relations erratic path to the measurement of effectiveness.
Medindo comunicação e relações públicas online: análise de conteúdo
É necessário medir o quanto as mensagens comunicadas sobre uma empresa estão sendo disseminadas, recebidas, apropriadas e refutadas pelos meios de comunicação, jornalistas, consumidores e cidadãos em geral. Nos ambientes online, isto pode ser realizado com o apoio de ferramentas e metodologias de monitoramento de marcas e conversações online, ao coletarmos dados e conteúdo provenientes de sites de notícias, blogs, buscadores e das mais diversas mídias sociais. Katie D. Paine, referência em relações públicas, nos oferece uma boa sistematização dos fatores a serem levados em conta no momento da análise de conteúdo. Baseado no que a autora propõe no livro Measure What Matters, seguem algumas considerações sobre estes fatores:
Tipo de Mídia:
- blogs e seus comentários
- fóruns
- twitter e micromedia
- compartilhadores de fotos
- compartilhadores de vídeo
- podcasts
- favoritamento social
- mídia impressa
- mídia televisiva/rádio
- notícias online
Visibilidade
Os fatores relacionados à visibilidade da marca no conteúdo analisado são importantes. Afinal, uma menção em um documento que lista outros 20 concorrentes é muito diferente, em termos de valor, de uma notícia que fala positivamente apenas da marca e ainda é diferente de uma que traz a marca desde o título. Evidentemente, estas categorias de visibilidade não se aplicam em todos tipos de conteúdo: em algumas mídias devem ser adaptadas e, em outras, não cabem.
Quanto à localização:
- Título: conteúdo que traz a marca no título
- 20% superior: conteúdo que cita a marca no primeiro 1/5 do texto/vídeo
- 80% inferior: conteúdo que cita a marca no restante
Quanto ao destaque:
- Exclusivo: a empresa ou marca é a única citada no artigo
- Dominante: a empresa é o principal foco, mas outras são sictadas
- Médio: a menção à empresa ou marca é equivalente à outras
- Mínimo: a menção à empresa quase passa despercebida
Tom
O Tom se refere ao que é comumente tratado na fase de análise do sentimento. Mas, ao nos referirmos a análise de conteúdo mais ampla incluindo imprensa, o termo “Tom” é mais apropriado pois o emissor não está exercendo o papel de consumidor ou cliente, mas sim de comunicador.
- Positivo: trata a marca da empresa de forma positiva
- Neutro: trata a marca da empresa de forma neutra
- Balanceado: cita tanto fatos negativos quanto positivos
- Negativo: trata a marca da empresa de forma negativa
Mensagens Comunicadas
As mensagens comunicadas pela imprensa e pelos consumidores podem ter diferentes níveis de adequação às mensagens enviadas e desejadas pela comunicação de uma empresa.
- Mensagem-chave aprimorada
- Mensagem-chave completa
- Mensagem parcial/incompleta
- Sem mensagem
- Mensagem errada ou oposta
Fontes Mencionadas
Os tipos de fontes mencionadas e especificamente quem é mencionado é de suma importância, pois pode agregar credibilidade, popularidade, autenticidade e outros valores. Políticos, artistas, especialistas, pesquisadores e consumidores reais como fontes, por exemplo, podem favorecer ou prejudicar a mensagem para determinados públicos.
Tipo de Conversação
A Katie Paine sugere, a partir de um estudo realizado, 27 tipos de conversações mais comuns:
- Reconhecimento do recebimento de informações
- Anunciando algo
- Perguntando uma questão
- Respondendo uma questão
- Expandindo uma postagem anterior
- Call for action
- Oferecendo informação pessoal
- Distribuindo mídia
- Expressando acordo
- Expressando crítica
- Expressando suporte
- Expressando surpresa
- Dando uma dica
- Respondendo a crítica
- Gritando/Ofendendo
- Fazendo uma piada
- Fazendo uma sugestão
- Fazendo uma observação
- Cumprimentando
- Dando opinião
- Pedindo amostras/testes
- Convocando apoio
- Recrutando pessoas
- Mostrando desânimo
- Solicitando comentários
- Solicitando ajuda
- Começando uma enquete
Perceber quais os tipos de conversações estão mais presentes permite entender as necessidades dos stakeholders e consumidores.
Cada vez mais é possível medir ações de publicidade, relações públicas e assessoria de imprensa com mais precisão e inteligência. Índices ultrapassados como AVE devem ser deixados de lado em prol de uma mensuração e análise que mostre realmente o que se alcança ou não com a comunicação e, ao mesmo tempo, para utilizar as informações coletadas no planejamento do marketing.
Trabalhos Intercom 2010 publicados nos anais do evento: cibercultura, publicidade, relações públicas e muito mais
Pra quem vai e também pra quem não vai para o Intercom 2010 em Caxias do Sul: os trabalhos já estão publicados no endereço http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/index.htm . Vale muito a pena navegar pelos trabalhos, seja você graduando, pesquisador ou profissional esperto que se preocupa com a formação contínua.Pra quem não conhece, o Intercom é o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Acontece todo ano em seis ocasiões: cinco eventos regionais (Norte, Sul, Sudesde, Nordeste e Centro-Oeste) e o evento nacional. Todos possuem eventos como colóquios, apresentação de artigo em grupos de pesquisa e apresentação de produtos produzidos por graduandos.
Quem acompanha o blog, talvez lembre do post que fiz sobre o Intercom 2009, que aconteceu em Curitiba. Neste ano participarei com uma oficina sobre jogos sociais com o Thiago Falcão e apresentarei um artigo, de título “Gerenciamento de Impressões através de aplicativos sociais: uma proposta de análise“, escrito em co-autoria com Falcão e meu orientador, José Carlos Ribeiro. Também aproveito rpa indicar trabalhos me interessaram: As dinâmicas do social game Farmville e o processo de identificação, de Rebeca Rebs; Políticas de Conduta em Mídias Sociais: atribuição de relações Públicas, de Carolina Terra e Laís Bueno; A hiper-realidade em Cleycianne: efeitos de verdade a partir da paródia, de Adriana Santana, Cecília Almeida e Diego Gouveia; Product Placement: integração entre marcas e narrativas audiovisuais, de Licínia Iossi; Visualização de dados na construção infográgfica: abordagem sobre um objeto em mutação, de Adriana Rodrigues; Jogos Sociais e publicidade: um novo suporte persuasivo através das redes sociais, de Rodrigo Pimenta e Karla Patriota; Interfaces entre comunicação organizacional, relações públicas e teoria de stakeholders, de Vivian Smith; O gerenciamento da impressão das organizações contemporâneas, de Silvana Sandini.
A lista poderia continuar. O evento é sempre um marco devido a suas múltiplas atividades. No primeiro dia, por exemplo, acontece o Colóquio Brasil Estados Unidos. Entre os trabalhos apresentados, teremos a apresentação de Pesquisa em Cibercultura e Internet: estudo exploratório comparativo da produção científica da área no Brasil e nos Estados Unidos, de Adriana Amaral e Sandra Montardo.
Vai pra Caxias? Te vejo lá.
Revista Comunicando #49

Estranho, bem estranho. Sequer sei se essa anonimidade foi intencional. Talvez sumiu quando a diagramadora fechou o arquivo? O único texto assinado é da escritora Heloisa Carla Coin Bacichette, sobre poesia. É do tipo prescritivo. Com o título “porque ler poesia”, incentiva o leitor da revista. Cada editoria é aberta com um pequeno texto sobre a arte em questão, ora ensaístico, ora quase jornalístico, como o de Literatura. O índice só indica as editorias, sem listar os textos internos.
A falta de expressão gráfica nas matérias confunde. Depois de um pequeno texto sobre a Oficina Literária do Presídio Industrial de Caxias do Sul, a página seguinto é uma entrevista (essa mais longa, ao menos) com o professor José Clemente Pozenato. Como a matéria anterior foi diagramada sem expressão e sem nenhum signo de fechamento do texto, parece que é uma única grande reportagem de início.
Além dos problemas no texto e na diagramação, a grande maioria das fotografias são de divulgação. Aparentemente falta integração com os outros cursos. O departamento também conta com Fotografia, Jornalismo e Publicidade. Esperava mais de uma publicação no seu nono ano.