almanaque – enciclopédia do design

almanaque-enciclopadia-do-design-rogario-duarteO almanaque é uma pequena enciclopédia sobre design hospedada no site Rede Design Brasil.  A imagem ao lado é um printscreen do artigo sobre Rogério Duarte, o designer baiano responsável pelo discurso gráfico do tropicalismo. Contêm textos de Ethel Leon, Geraldo Pougy e Kando Fukushima.  No mesmo site, um “abc do design“, produzido pelo Sebrae de São Paulo, lista de efemérides, frases e sites relevantes.

A Rede Design Brasil tem como objetivo “promover a integração, a convergência e a cooperação entre as diversas ações na área do design em todo o país.  Para isso o site DesignBrasil vai incentivar a interação e a troca de informações entre profissionais, estudantes, empresários e todos os que vivem design no Brasil.” Dentro do site, também é mantido o Observatório Design Brasil.

Está longe de cumprir todo o seu potencial, em parte pela desatualização dos mecanismos de colaboração, mas é sem dúvida um bom ponto de partida para conhecer melhor o design brasileiro.

O mapa de guerra dos soldadinhos de chumbo

omapa

A imprensa era um exército de 26 soldados de chumbo com os quais poderia conquistar-se o mundo.

Foi a partir dessa frase, atribuída a Johannes Gutenberg, João Batista de Macedo Júnior entitulou seu trabalho de conclusão de curso em Artes Plásticas. “O mapa de guerra dos soldadinhos de chumbo – o pensamento visual no espaço da página”. Orientado por Omar Khouri, João Macedo apresentou esse trabalho para conseguir o bacharelado em Artes Plásticas no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista.

O texto sofre  de problemas de estilo e revisão. Repetidamente algumas frases não tem verbo, como se estivessem incompletas e os erros de digitação são comuns. Todo o trabalho usa KOOP ao invés de KOPP.

A estrutura é a seguinte:
1. Escrita
2. Tecnologias
3. Livro
4. Diagramação
5. Cronologia
6. Poesia Visual
7. Trabalho Prático

Os primeiros  capítulos fazem a história da escrita, das tecnologias de impressão, tipografia e do livro. “Diagramação” tenta definir a prática. “Cronologia” é uma história do design gráfico, muito calcado em Design Gráfico Cambiante, de Rudinei Kopp e com algum material de Richard Hollis e Steven Heller.

Finalmente chega o capítulo “Poesia Visual” para salvar o interesse. Depois que a história da poesia concreta brasileira é contada, a análise de alguns poemas da época e alguns atuais. O último capítulo decepciona. Apesar do título, é apenas um comentário sobre o próprio trabalho. Aqui na UFBA é chamado de “Memória”, essa parte reflexiva sobre o trabalho Experimental. Mas é um documento em separado, e mais desenvolvido.

Ao chegar ao fim da leitura, se percebe que o título não é tão adequado assim. O núcleo e objetivo do trabalho não é diretamente ligado à imprensa.

+ Mais
– Visite o site do autor
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– Veja preços de Como se Faz uma Tese, de Umberto Eco

Design Gráfico Cambiante, de Rudinei Kopp

design-grafico-cambianteJá escrevi por alto sobre o livro resultante da pesquisa de mestrado do prof. da UNISC, Rudinei Kopp, em um post indicando dois de seus artigos.

A estrutura do livro é:

1 . Introdução
2. Sólidos e Fluidos: Modernidade e Pós-Modernidade
3. Design Gráfico Moderno e Pós-Moderno
4. Design Gráfico Cambiante
5. Considerações Finais

No segundo capítulo o autor investiga as concepções de modernidade e pós-modernidade, dando ênfase ao trabalho de Zygmunt Baumant, autor dos livros Modernidade Líquida, Modernidade e Ambivalência e O mal-estar da pós-modernidade.

O terceiro capítulo pode ser tomado como uma pequena história do design gráfico. Kopp utiliza, inclusive, os livros Design Gráfico: uma história concisa e Layout – o design da página impressa, já resenhados aqui neste blog.

Por fim, a conceituação de design gráfico cambiante e a análise de dez casos, como o do logotipo da MTV, os relógios Swatch e as revistas Ray Gun, Big e Sexta Feira. Um trecho desse capítulo:

Adjetivos como flexível, transitório, fugidio, cambiante, liquefeito, fragmentado, entre tantos, têm servido para qualificar o tempo contemporâneo. […] O design gráfico reflete tudo isso como sua história recente demonstra. Sua condição num meio de caminho entre a indústria, a tecnologia, a arte, a cultura, o consumo e o público faz esse campo ser um espelho das transformações nas esferas, atualmente, mais sensíveis da sociedade. Se até nossa identidade cultural é cambiante, sem um lastro crível como se acreditava até poucas décadas (ou anos), não representa uma surpresa tão grande percebermos que a indústria tem uma produção flexibilizada, pronta para se reprogramar facilmente, ou ainda, que os tão conehcidos projetos gráficos fixos não simbolizem mais a quintessência do design gráfico.

+ Leia o blog de Rudinei Kopp
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Design Gráfico: uma história concisa, de Richard Hollis

design-grafico-historia-concisa-richard-hollisDesign Gráfico: uma história concisa, escrito em 1994 por Richard Hollis, abarca a história do design desde as artes gráficas do final do século XIX às tecnologias digitais contemporâneas.

Com muito texto, ao contrário do Layout – design da página impressa de Allen Hurlburt, oferece uma experiência de leitura mais cadenciada, porém mais densa. O livro é dividido da seguinte forma:

– Da arte gráfica ao design: 1890 a 1914
– A vanguarda e as origens do modernismo: 1914 a 1940
– Tendências nacionais até 1940
– O designer e o diretor de arte
– Variantes do modernismo na Europa
– O psicodelismo, os protestos e as novas técnicas
– As novas ondas: tecnologia eletrônica

Entre as “mais de 800 ilustrações totalmente integradas ao texto” algumas coloridas, amontoadas no início do livro por questões técnico-financeiras. Este livro faz parte da “coleção a” da Martins Fontes, focada em artes visuais e comunicação. Entre os títulos dessa coleção está o Sintaxe da Linguagem Visual, já resenhado aqui, além de livros de Wolfflin e Kandisnky.

A capa exibe um recorte de “Bata os brancos com a cunha vermelha”, obra política do artista gráfico soviético El Lisstsky, a qual já postei aqui no dia do design(er).

+ Mais
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– Leia a resenha de Sintaxe da Linguagem Visual
– Leia a resenha de Layout – o design da página impressa

A Fôrma & a Fórma, de Cláudio Ferlauto

a-forma-e-a-forma-claudio-ferlautoA Fôrma & a Fórma é um dos títulos da Edições Rosari, editora pequena mas com um catálogo muito interessante em design e tipografia. Este livro de Claudio Ferlauto faz parte da coleção Textos Design, de pequenos livros de autores nacionais. A editora ainda possui as coleções Fundamentos do Design,  com livros mais extensos de autores estrangeiros e Qual é o seu tipo?, de tipografia.

A publicação em questão é uma reunião de textos diversos de Ferlauto, designer e arquiteto também responsável por outros três livros lançados pela Rosari (B de Bodoni, O tipo de gráfica e O livro da gráfica) e também editor das coleções de design e tipografia da própria editora.

O texto mais interessante é “O design contemporâneo combina formas e sonhos”. Não por acaso o texto mais extenso entre as 103 páginas do livro, discute três fases do design, como define o autor:

– O design funcionalista, prático, simples
– O design contestador, nem sempre funcional e quase sempre complexo
– O design contemporâneo, que une simplicidade e complexidade com pleno atendimento das funções

Também merece destaque o texto sobre Bea Feitler, diretora de arte brasileira de fato pouco [re]conhecida no seu país de origem. Entupido de referências, esse livro não é para quem procura um primeiro contato com o design, mas com certeza é interessante e boa aquisição (relativamente barato) para qualquer interessado em design.

Veja os preços de:
A Fôrma & a Fórma
B de Bodoni
O Livro da Gráfica