Apresentações sobre aplicativos sociais

Passeando pelo Slideshare, pesquisei e selecionei algumas apresentações que falam sobre aplicativos sociais, mesmo que em apenas alguns dos slides. Para não ficar jabá, não pus as minhas. Veja a seleção abaixo, sobre aplicativos sociais tanto para Orkut, quanto Facebook e outros sites de redes sociais:

 

Aplicativos sociais: interação, rede e publicidade

Slides de uma apresentação que fiz para a disciplina Análise de Publicidade e Propaganda, que estou frequentando como ouvinte na Facom/UFBa.

Social Media Brasil: Mesa sobre Aplicativos Sociais

[Mais um post recuperando conteúdo. O texto abaixo foi escrito originalmente em junho deste ano para o Xiscando.]

Antes do surgimento das mídias sociais como hoje existem, a internet já trouxera algumas coisas mais maravilhosas: digitalização e facilidade da comunicação. O prelúdio é só pra dizer: não pude ir ao Social Media Brasil mas, graças a Eliane Geek já pude assistir a mesa que eu mais queria ver.

Chamada “A importância dos widgets na Social Media“, a mesa sobre aplicativos sociais foi coordenada por Tahiana D’Egmont (Mentez) e contou com as participações de Eduardo Thuler (Google), Samuel Vignoli (StudioSol), Vítor Prado (HiperSocial) e Gilberto Jr. (Amanaiê).

Este último foi responsável por abrir a mesa explicando o que são aplicativos sociais. Junto às últimas discussões (mas não vi a parte das perguntas) foi um ponto alto. O Gilberto Jr. utilizou algumas metáforas interessantes, que podem ajudar a explicar o que são redes sociais e aplicativos sociais para quem não está mergulhado no assunto. Esta primeira parte pode ser vista abaixo:

#SMBR Debate Sobre APPs de Social Media – Parte 1/3 de Eliane Geek no Vimeo.

Gilberto Jr. comparou a internet à uma cidade. É um lugar potencialmente “hostil”, no qual o usuário não sabe se está em segurança. Mas a internet é uma cidade sem “ruas” definidas. Quando alguém faz um site ou hotsite, precisa “fazer as ruas” para levar o usuário até lá. Redes Sociais seriam shoppings: um lugar onde as pessoas se encontram para conversar e interagir. E aplicativos sociais seriam algo como lojas de um shopping: lugares onde você pode mostrar seu produto/marca sem precisar levar o usuário a outro lugar.

Na segunda parte, depois que o Eduardo Thuler fala de uma especificidade dos aplicativos sociais, que é o acesso à rede de amigos e as implicações disso na distribuição, o Gilberto Jr. usa outra metáfora interessante, dessa vez para falar sobre o papel do capital social na distribuição de conteúdo nas redes sociais.

Depois, Tahiana pergunta o que funciona melhor? Nessa parte as respostas de cada um já começam a divergir, uma vez que os modelos de negócio das quatro desenvolvedoras ali representadas não é o mesmo. O StudioSol, por exemplo, é mais um “veículo”, uma “mídia” para exibição de anúncios, enquanto a Amanaiê faz aplicativos sob encomenda para marcas.

#SMBR Debate Sobre APPs de Social Media – Parte 2/3 de Eliane Geek no Vimeo.

Em seguida, a discussão chega ao bendito banner. Aí, as opiniões divergem novamente, também em parte por causa dos modelos de negócio. Nesta terceira parte acontece a inevitável pergunta par Thuler:  “o que você pode revelar sobre o que o Google está preparando?”. Ele desconversa, é claro, e fala sobre a futura integração com o Google Friend Connect, por exemplo.

#SMBR Debate Sobre APPs de Social Media – Parte 3/3 de Eliane Geek no Vimeo.

Enfim, esses foram só alguns pontos que destaquei. Assistam os vídeos para entender tudo melhor, valem a pena. O evento agora mantem um hotsite com a cobertura: slides, vídeos, posts, tweets etc. Visite também o perfil Vimeo da Eliane Geek, que já tem também os vídeos de: Cuidado com a marca e alinhamento das campanhas on-line e off-line e do Case “Surpresa” da Doritos.

OpenSocialBR

Se você leu algum dos meus posts sobre aplicativos sociais, se interessou por criar, mas não faz ideia de como começar, o novo blog OpenSocialBR pode te ajudar. Criado por Jonas Thomaz, traz tutoriais de programação,  desenvolvimento e hospedagem dos aplicativos. Vale a visita e o favoritamento. E aproveitem: está sorteando o livro “Desenvolvimento de Jogos Eletrônicos”.

OpenSocial BR

Publicidade em Redes Sociais Online

[Este post foi escrito originalmente em outubro de 2008. É um resumo de um relatório que produzi para o Observatório de Publicidade em Tecnologias Digitais, e postado em seu blog. Depois de passar por problemas técnicos, o blog perdeu todos seus posts. Então o resgato aqui. Para ler slides dessa apresentação, visite meu slideshare.]

Publicidade em Redes Sociais Online

O Orkut foi visitado, em maio de 2008, segundo o Ibope Net/Ratings, por 16 milhões de usuários únicos no Brasil. A página, que possui o endereço mais visitado no país, tem sido alvo de diversas ações de comunicação, mas geralmente amadoras e sem unidade, porque faltam modelos de utilização do espaço. O relatório “Publicidade em Redes Sociais Online”  apresentou como o Orkut, Sonico e MySpace vem sendo utilizados com fins publicitários e as tendências, especialmente os aplicativos sociais baseados no código OpenSocial.

Desnecessário dizer que, como todo resumo, algumas minúcias foram deixadas de lado em favor da concisão. Sejam problemas terminológicos ou demais dúvidas possíveis, sintam-se à vontade para comentar.

Web 2.0, Mídia Social e Redes Sociais
O conceito de web 2.0 já é batido demais para precisar ser conceitualizado aqui. Dentro dessa realidade, diferenciamos os termos mais utilizados em língua portuguesa: mídia social e rede social online. O primeiro é, hoje, praticamente qualquer serviço de sucesso. O que define mídia social é a importância dos usuários: são eles que criam, editam, selecionam, hierarquizam e demandam o conteúdo.

Por exemplo, o YouTube, site de compartilhamente de mídia, é um tipo de mídia social porque: são os usuários que enviam a maior parte dos vídeos; hierarquizam porque são os mais vistos os melhor posicionados; divulgam enviando para amigos ou incorporando em blogs; escolhem o que querem ver – podem, por exemplo, assisitir um programa de TV no horário que quiser.

Sites como o Delicious e StumbleUpon, chamados de social bookmarking, permitem que os usuários selecionem seus links preferidos e os liguem a marcadores. Estes marcadores organizam seus links, definem suas preferências e podem ser utilizados para encontrar conteúdo relacionado. A própria existência de marcadores, sem chegar ao mérito de quais são, é um indicativo: uma página que não existe no Delicious provavelmente não tem relevância.

Os exemplos acima são alguns dos tipos de mídia social existentes. O Mashable, principal portal sobre mídia social, foi base para categorizar as mídias sociais em

– sites de compatilhamento de mídia (YouTube, DailyMotion)
– blogs (Blogger, WordPress)
– social bookmarking (como Delicious, Digg, StumbleUpon)
– resenhas (Amazon, Orangotag)
– jogos online (Ragnarok, Warcraft)
– microblogging (Twitter, Jaiku)
– redes sociais (Orkut, Facebook, MySpace)

O que particulariza as últimas é o foco na comunicação e relacionamento entre as pessoas. No YouTube as estrelas são os vídeos, no StumbleUpon os sites, na Amazon os produtos, no Twitter são as recomendações e a velocidade. No Orkut são as pessoas. Citando (e tentando traduzir) danah boyd, uma das maiores especialista no assunto:

“serviços de web que permite que os usuários (1) construam um perfil público ou semipúblico dentro de um sistema conectado, (2) articular uma lista de outros usuários com os quais eles compartilham uma conexão e (3) ver e mover-se pela sua lista de conexões e pela dos outros usuários. A natureza e nomenclatura dessas conexões podem variar de site para site.”

Como causa e conseqüência do tipo de atividade desenvolvida – manutenção e criação de amizades –, esses sites possuem algumas características próprias. A primeira delas é a página pessoal chamada perfil. Apesar de alguns dos exemplos de mídia social supracitados permitirem a criação de perfis, a diferença é que as redes sociais são caracterizadas por perfis públicos, que permitem a postagem de comentários ou recados também públicos, ao menos para os amigos. E a navegação nesses sites se dá através das ligações entre os perfis, ao contrário de sites de compartilhamento de mídia, que oferecem navegação prioritariamente pela mídia em questão.

Tendências: Aplicativos Sociais e OpenSocial

Essa particularidades sempre foram uma pedra no sapato de profissionais de marketing e publicidade. O Orkut não previa o uso comercial de sua rede social. Apesar disso, como qualquer um que tem um perfil no Orkut sabe, recados, perfis e comunidades tem sido utilizados. Então posso suprimir essa parte deste resumo aqui, já extenso.

Os chamados aplicativos sociais são programas, desenvolvidas por terceiros para serem disponibilizados em sites diversos que permitem a utilização do tipo de código no qual foi criado o aplicativo. O parâmetro de sucesso é o Facebook, a maior rede social do mundo, quinto endereço mais visitado. Criado em 2004, o Facebook pode ser considerado o modelo de rede social (apesar do último redesign, mas isso é outra história). Experimenta diversos modos de monetização, sendo os aplicativos sociais o mais desenvolvido.

Quando respeitam as característias de seu ambiente, estes aplicativos merecem com jus o nome de aplicativos SOCIAIS. Por exemplo, a página do produto Red Bull no Facebook mantem o Roshambull: um jogo tipo pedra-papel-e-tesoura que permite competições levando os usuários a interagir com seus amigos, promovendo a marca.

Para concorrer com o Facebook, o Google e outras empresas proprietárias de redes sociais desenvolveram o OpenSocial, um código aberto, gratuito e padronizado que permite que qualquer desenvolvedor crie um aplicativo social compatível com qualquer uma das redes sociais afiliadas.

Em 10 de julho de 2008 os aplicativos sociais foram disponibilizados para os usuários brasileiros do Orkut. O código OpenSocial é aberto e a utilização dos aplicativos, desde que siga uma série de regras, pode ser monetizado de diversas maneiras. Analisamos os 25 aplicativos mais populares duas semanas depois e encontramos o seguinte panorama.

Treze aplicativos exibem anúncios patrocinados, doze promovem outro serviço/site da internet, e seis promovem marca. A soma dá 31 porque alguns ficam na fronteira de dois modelos. Os tipos de aplicativos mais populares são: Avatares, como o líder BuddyPoke; disponibilização de música e vídeo, como o Minha Música; e Esporte, como o GloboEsporte. Dentre as grandes empresas brasileiras, foi a Globo a primeira a entender o potencial dos aplicativos sociais. Estão disponíveis diversos aplicativos associados com seus portais.

As empresas especializadas em mídia social com destaque são a HiperSocial e a Mentez. Entre agências interativas, a StudioSol, criadora do Minha Música, demonstra o potencial do seu aplicativo em seu site. A falta de conhecimento das empresas acaba deixando para desenvolvedores autônomos uma grande fatia dos usuários. Longe de ser algo ruim, mostra como o poder de criação na web 2.0 é descentralizado. Por outro lado, essa audiência poderia ser melhor aproveitada com parcerias entre empresas e desenvolvedores.

O modelo mais bem sucedido é, no momento, o de aplicativos vinculados a outros serviços web. Como o Terra Sonora (sobre o qual já postei aqui), o Oyo Músicas e os desenvolvidos pela Globo, estes aplicativos fornecem alguns dos serviços na própria rede social, convidando o usuário para o site original.

Os serviços oferecidos pelos aplicativos tem de ser sociais. A tautologia evidente nem sempre é compreendida. O usuário de rede social quer se comunicar com amigos, quer que essa comunicação seja publicada e quer receber benefícios além do aspecto lúdico. O aplicativo social em uma campanha, na qual deve ser mais um item, deve priorizar a comunicação e interação entre seus usuários, além de se manter atualizado renovando o interesse. Essas particularidades foram compreendidas pelos criadores do BuddyPoke, que se mantêm invicto como o mais popular. Em outra postagem tratarei apenas dele.

Atualizações [outubro de 2008]
O relatório foi produzido entre maio e julho de 2008. Agora, outubro, a quantidade de aplicativos continua a crescer e mais empresas e desenvolvedores estão produzindo conteúdo. Sobre publicidade em redes sociais online de modo geral, agora o Orkut também exibe em algumas poucas páginas links patrocinados. Para saber mais sobre esse tipo de publicidade, o maior na internet, leia sobre o relatório “Marketing de Buscas como uma Estratégia de Comunicação para a Internet“.

Fontes Recomendadas
Textos da danah boyd, maior autoridade mundial do assunto
Levantamento de textos brasileiros sobre redes sociais, feito por Raquel Recuero
– O 13° volume do Journal of Computer-Mediated Communication, dedicado a social network(ing) sites, especialmente os artigos de danah boyd & Nicole B. Ellison e o de Judith Donath
– E a resposta ao artigo de boyd & Ellison, por David Beer, no número seguinte