12 Livros para o profissional de mídias sociais ler em 2013 – parte 3

Nesta postagem da série (ver parte 1 e parte 2), vou indicar mais três livros especialmente úteis para quem trabalha com monitoramento e business intelligence.

 

Informação em Marketing  – utilização da tecnologia da informação como diferencial em estratégias de marketing é uma coletânea de trabalhos organizada por Alexandre Luzzi L’as Casas e Maria Tereza Garcia. Apesar de trazer contribuições de outros 13 autores, a obra é organizada de forma coesa e abrangente, trazendo desde a conceitualização da informação como instrumento de comunicação, passando pela construção de Sistemas de Informação de Marketing até aplicações específicas. Os diversos autores trouxeram experiências de coleta e manejo de informação em várias áreas, como diferenciação em tecnologia, bancos, endomarketing etc.

Inteligência Competitiva – Como fazer IC acontecer na sua empresa é um trabalho de Alfredo Passos, com apoio do Competitor Intelligence Commitee. O autor é uma das referências brasileiras na área, sendo o escritor com mais trabalhos sobre “inteligência competitiva” em sentido estrito, responsável também por manter um interessantíssimo blog sobre o tema.

Passos procura cumprir o que promete o subtítulo: ensinar a implementar inteligência competitiva na empresa. Para tanto, mostra as aplicações possíveis da inteligência competitiva, seu escopo, como criar a cultura de geração de inteligência, ferramentas analíticas, perfil do profissional e o desenvolvimento de produtos de IC.

 Comportamento do Consumidor, de Roger D. Blackwell, Paul W. Miniard e James F. Engel é uma das principais referências no assunto para o ensino desta área. As suas 600 páginas compõe 16 capítulos em cinco partes: Introdução ao Consumidor e Pesquisa do Consumidor; Processo de Decisão de Compra do Consumidor; Determinantes Individuais do Comportamento do Consumidor; Influências Ambientais no Comportamento do Consumidor; e Influenciando o Comportamento do Consumidor.

Cada capítulo traz um amplo conhecimento da matéria, trazendo também cases internacionais, referências, bibliografia e cases.

Modelos de Vigilância Tecnológica e Inteligência Competitiva

Produzido por departamentos de inovação do País Basco, o livro Modelos de Vigilancia Tecnológica e Inteligencia Competitiva é um excelente documento que busca definir a inteligência competitiva e apresentar um mapa dessa disciplina nas regiões e países que estão mais desenvolvidos na área: Reino Unido, Suécia, Israel, Coréia do Sul, Japão, Canadá, Estados Unidos, México e Brasil. Através de mapeamentos de organizações, assim como as estruturas típicas da inteligência competitiva pública e privada nestes países.

A publicação é incrivelmente sistemática e direta. Utilizando diversos gráficos mostra como funciona a inteligência competitiva nos diferentes locais pesquisados. No primeiro capítulo, que se dedica a definir a inteligência competitiva e suas áreas, são apresentados os quatro principais tipos propostos pelo GTI Lab: inteligência de marketing; inteligência estratégica e social; inteligência técnica e tecnológica; e inteligência de competição.

O gráfico abaixo mostra essa divisão e o que cada um desses tipos de inteligência compreende:

Avançando na discussão, o livro mostra uma versão da famosa pirâmide sobre a transformação de dados brutos em informação aplicável da seguinte forma. Notem como são mostradas as ações de um nível ao outro e as áreas de inteligência de negócios, inteligência competitiva e inteligência organizacional:

Quando trata do Brasil, o documento explica as particularidades do desenvolvimento da disciplina no país. Atividade que tomou forma aqui a partir dos anos 90, foi fruto de uma iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia. Ao contrário de diversos outros países, a motivação inicial foi fomentada por cientistas e pesquisadores, ao contrário de militares. Ainda é relativamente incipiente e as empresas estão começando a se conscientizar de sua importância. Não existe uma estrutura pública para atender as necessidades das atividades de inteligência competitiva no país, enquanto as iniciativas privadas internas. A ABRAIC exerce uma considerável influência, mas o mercado ainda não incorporou todas as possibilidades de serviços que podem ser oferecidos e utilizados.

O documento ainda traz os cinco desafios para a área, segundo a presidente da ABRAIC:

  • Certificação do profissional de IC
  • Melhora e desenvolvimento de métodos e ferramentas, especialmente na tríade Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
  • Unificação da linguagem e terminologia
  • Divulgação das práticas de IC em todas organizações, incluindo as de pequeno porte
  • Esclarecer as dúvidas e inquietações existentes entre as atividade de inteligência, pesquisa e espionagem

Este pequeno resumo refere-se apenas a uma parte ínfima da publicação. Acessem a publicação e outros materiais desenvolvidos pela BEAZ Bizkaia.

Revista Inteligência Competitiva v.1, n.1

Publicação recém-lançada, “tem como proposta ser um veículo acadêmico para a produção na área de Inteligência Competitiva, Competição e Competitividade. Está aberta a professores, pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação para a divulgação de artigos científicos, ensaios e estudos de caso didáticos, cujos temas sejam de interesse à Inteligência Competitiva, Competição e Competitividade”. Editada por Alfredo Passos, referência na área.

 

O papel da inteligência competitiva de negócios na indústria farmacêutica: o estudo de caso da ALCON LABS ARTIGO -PDF
Evandro Luiz Lopes, Eloisa de Moura Lopes, Benedita Hirene de França Heringer, Alfredo Passos da Silva 1-19
Legitimando a inteligência competitiva no Brasil: reflexões e encaminhamentos ARTIGO – PDF
Saulo Fabiano Amâncio Vieira, Alfredo Passos da Silva 20-39
Alinhamento entre sistema de inteligência competitiva e gerenciamento da tecnologia de informação ARTIGO-PDF
Leonel Cezar Rodrigues, Luiz Alberto Toledo 40-62
Inteligência competitiva no brasil: um panorama do status e função organizacional ARETIGO – PDF
Leonel Cezar Rodrigues, Valéria Riscarolli, Martinho Isnard Ribeiro de Almeida 63-85
A existencia de inteligência competitiva na tomada de decisão estratégica, nas grandes empresas têxteis, do segmento cama, mesa e banho, de santa catarina ARTIGO – PDF
Fani Lúcia Martendal Eberhardt, Ricardo Riccardi 86-101
Inteligência estratégica antecipativa e coletiva para tomada de decisão ARTIGO – PDF
Raquel Janissek-Muniz, Humbert Lesca, Henrique Freitas 102-127

 

12 livros para o profissional de mídias sociais ler em 2011 – parte 3

Na terceira parte da série de posts com dicas de livros para 2011 (veja parte 1 e parte 2), mais dois livros sobre mensuração e um livro sobre inteligência competitiva.

Marketing Metrics – The Definitive Guide do Measuring Marketing Performance, dos autores  Paul Farris, Neil Bendle, Philip Pfeifer e David Reibstein é uma edição revisada e lançada em 2010 do livro Marketing metrics: 50+ metrics every executive should master. Este já foi lançado em português, com o título Métricas de Marketing – Mais de 50 Métricas que todo Executivo deve Conhecer.

São métricas de marketing, e não apenas de comunicação. Os autores explicam e discorrem sobre share of heart, mind e market, falam de ROI financeiro, lucratividade por consumidor/cliente, estratégias de precificação, promoção entre outros temas. Ainda propõe um sistema de métricas para avaliar diversos fatores, inclusive a relação entre decisões e objetivos. Pode ser um pouco mais complicado para quem vem de algumas áreas, mas vale o esforço.

Does Measurement Measure Up? é um curioso livro com uma interrogação no título. A pergunta feita por John M. Henshaw é necessária para uma compreensão mais aprofundada da mensuração e, consequentemente, uma aplicação mais acertada. A visão crítica do autor é exemplificada desde o subtítulo: “How Numbers Reveal and Conceal the Truth” (Como os Números Revelam e Escondem a Verdade). Publicado em 2006, começa com três capítulos que falam da história da mensuração, do porquê as coisas são mensuradas, definição de escalas, padrões, medidas e rankings. Em seguida, diversos capítulos tratam do tema em várias esferas da vida, como negócios, esportes, inteligência e clima. Finalizando o livro, os últimos capítulos falam do papel dos computadores nisto tudo, a relação entre mensuração e conhecimento e, por fim, o futuro da mensuração.

Competitive Strategy – Techniques for Analyzing Industries and Competitors, do famoso Michael Porter – que possui diversos livros sobre estratégia e inteligência competitiva – é um clássico. Reeditado diversas vezes em várias línguas, possui versão em português.

São 16 capítulos organizados em três partes: Técnicas Gerais de Análise; Ambientes Genéricos de Setores; e Decisões Estratégicas. Porter apresenta e detalha neste livro seu famoso modelo das “5 Forças Competitivas”: Concorrência, Entrantes Potenciais, Compradores e Substitutos (veja apres. sobre o modelo). Entre as diversas aplicações do livro, o capítulo “Estratégia Competitiva em Setores Emergentes” é fabuloso para entender como competir no mercado da comunicação digital.