16 estilos de performance nas mídias sociais

O Klout é um aplicativo de análise de perfis em mídias sociais. Atualmente analisa Twitter e Facebook e analisará, em breve, LinkedIn e Foursquare. A partir de métricas como número de seguidores, retweets, replies, likes, comentaristas únicos, ‘retweeters’ únicos e outros, o Klout oferece um escore (chamado de Klout Score) e analisa “Rede”, “Amplificação” e “Alcance”. Nos últimos meses, o Klout tem recebido mais destaque através de diversas análises (veja aqui, aqui e aqui), críticas (como esta, esta e esta) e tutoriais de como aumentar o escore (como este). Além disso (talvez também como causa e consequência), seus escores começaram a ser incorporados em softwares de monitoramento e análise como o Radian6.

Atualmente estou analisando o Klout e parece que debate sobre a ferramenta e seus recursos promete ganhar mais destaque no Brasil, uma vez que teremos a participação de um de seus representantes no SMBR 2011. Então vale colaborar com o debate. Comecemos com a listagem de seus estilos de performance nas mídias sociais.

Entre os recursos mais interessantes e controvertidos do Klout, temos o “Klout Style”, que classifica os perfis em 16 estilos diferentes de performance nas mídias sociais. A partir de uma matriz entre Ouvir x Participar, Criar x Compartilhar, Geral x Focado e Casual x Consistente, os estilos são os seguintes:

Curator: “Você destaca as pessoas mais interessantes e descobre o melhor conteúdo na web para compartilhar com uma larga audiência. Você é uma fonte de informação crítica para sua rede. VOcê tem uma habilidade impressionante de filtrar grande quantidade de conteúdo e descobrir as gemas que realmente interessam sua audiência. Seu trabalho árduo é bastante apreciado.

Broadcaster: “Você dissemina ótimo conteúdo que se espalha como fogo grego. Você é uma fonte essencial de informação em seu setor. Você tem uma audiência grande e diversa que valoriza seu conteúdo.”

Taste Maker: “Você sabe o que você gosta e sua audiência gosta do mesmo. Você sabe o que é tendência, mas você faz mais do que seguir a multidão. Você tem sua própria opinião e ganha respeito de sua rede.”

Celebrity: “Você não pode ficar mais influente do que isto. As pessoas confiam em cada palavra e compartilham seu conteúdo como não fazem com nenhum outro. Provavelmente você é famoso na vida real e seus fãs simplesmente não ficam satisfeitos.”

Syndicator: “Você mantêm abas no que está em tendência em quem é importante de observar. Você compartilha o melhor disso com seus seguidores e os poupa de procurar por si mesmo. Você provavelmente foca em um tópico específico ou atende a uma audiência bem definida.”

Feeder: “Sua audiência confia em você esperando um fluxo firme de informação sobre seu setor ou assunto. Sua audiência é viciada nas suas atualizações e secretamente não vive sem elas.”

Thought Leader: “Você é um líder de opinião no seu setor. Seus seguidores confiam em você não apenas para compartilhar as notícias relevantes, mas também para dar suas opiniões nos assuntos. As pessoas procuram você para ajudá-las a entender o desenrolar do que ocorre. Você entende o que é importante e sua audiência valoriza isto.”

Pundit: “Você não apenas compartilha as notícias, você cria as notícias. Como um sábio, suas opiniões são disseminadas e altamente confiadas. Você frequentemente é reconhecido como um líder em seu setor. Quando você fala, as pessoas ouvem.”

Dabbler: “Você deve estar apenas começando na web social ou talvez você não está empolgado. Se você quer aumentar sua influência, tente engajar com sua audiência e compartilhar mais conteúdo.”

Conversationalist: “Você adora se conectar e sempre tem os últimos furos. Boa conversação não é só apenas uma habilidade, é uma arte. Você pode não saber disto, mas quando você está espirituoso, seus seguidores esperam cada palavra.”

Socializer: “Você é um hub das cenas sociais e as pessoas contam com você para descobrir o que está acontecendo. Você é rápido em conectar pessoas e prontamente compartilha sua habilidade social. Seus seguidores apreciam sua rede e generosidade.”

Networker: “Você sabe como se conectar com as pessoas certas e compartilhar o que é importante para sua audiência. Você generosamente compartilha sua rede para ajudar seus seguidores. Você tem um alto nível de engajamento e uma audiência influente.”

Observer: “Você não compartilha muito, mas segue a web social mais do que percebe. Você pode gostar mais de observar do que compartilhar ou está checando o ambiente ao invés de pular de cabeça.”

Explorer: “Você engaja ativamente na web social, constantemente tentando novas formas de interagir e de fazer networking. Você está explorando o ecossistema e fazendo funcionar pra você. Seu nível de atividade e engajamento mostra que você “entendeu”, nós prevemos que você vai evoluir.”

Activist: “Você tem uma ideia ou causa que você quer compartilhar com o mundo e descobriu a mídia perfeita para isso. Sua audiência conta com você para defender sua causa.”

Specialist: “Você pode não ser uma celebridade, mas em sua área de expertise sua opinião não é ultrapassada por ninguém. Seu conteúdo deve ser focado em torno de um tópico ou setor específico com uma audiência focada e bastante engajada.”

O que você acha dessas classificações e descrições? Visite o Klout, analise sua presença online e comente!

Sintaxe da Linguagem Visual, de Donis A. Dondis

A tradução do título do livro da designer e professora Donis A. Dondis é enganador. Sintaxe da Linguagem Visual é uma “tradução” muito inadequada, que pode fazer um leitor desavisado não se interessar ou, pior, evitar o livro.

Na verdade, o título original é “A Primer of Visual Literacy”. Uma tradução correta seria algo como “Princípios de alfabetismo visual”. O nome do livro vem da reivindicação da autora de que “se a invenção do tipo móvel criou o imperativo de um alfabetismo verbal universal, sem dúvida a invenção da câmera e de todas as suas formas paralelas, que não cessam de se desenvolver, criou, por sua vez, o imperativo do alfabetismo visual universal, uma necessidade que há muito se faz sentir.”Mas a autora não se limita a diagnosticar o problema. O livro é uma solução muito bem sucedida.

Depois do prefácio do qual foi retirado o excerto acima, e de um capítulo sobre alfabetismo visual, somos introduzidos à Composição: fundamentos sintáticos do alfabetismo visual, no caso: equilíbrio, tensão, nivelamento e aguçamento, vetor do olhar, atração e agrupamento, positivo/negativo.

No capítulo seguinte, Elementos Básicos da Comunicação Visual, a autora decompõe a matéria visual em Ponto, Linha, Forma, Direção, Tom, Cor, Textura, Escala, Dimensão e Movimento, e trata de cada um deles minuciosamente, sempre com exemplos.

Em seguida, Anatomia da Mensagem Visual trata dos níveis de expressão e recepção das mensagens visuai: o representacional, o abstrato e o simbolico, e a interação entre os três níveis. Em A Dinâmica do Contraste, a autora discorre sobre a técnica mais importante no controla de uma mensagem visual, o Contraste, e sua aplicação aos elementos básicos da comunicação visual.Técnicas Visuais: Estratégias de Comunicação, traz dezenove pares conceituais como: Simetria/Assimetria, Simplicidade/Complexidade, Neutralidade/Ênfase e sua aplicação intencional a peças de comunicação, trazendo vários exemplos, principalmente de cartazes.

Síntese do Estilo Visual apresenta a noção de estilo e cinco grandes grupos: Primitivismo, Expressionismo, Classicismo, Estilo Ornamental, e Funcionalidade.Artes Visuais: Função e Mensagem, depois de falar sobre alguns aspectos universais da comunicação visual, traz seções dedicadas a cada uma das principais artes visuais: escultura, arquitetura, pintura, ilustração, design gráfico, artesanato, desenho industrial, fotografia, cinema e televisão.

Por fim, depois de todas as lições, a autora fecha o livro com um capítulo de título auto-explicativo: Alfabetismo Visual: Como e Por Quê. O livro foi originalmente registrado em 1973. São facilmente identificadas as influências da Psicologia da Forma, confirmada com a presença de Rudolf Arnheim na bibliografia. É uma pena que, apesar da iniciativa da autora de criar um guia para o alfabetismo visual, não seja prática constante no ensino básico a presença de disciplinas deste tipo. A preocupação da autora chega ao ponto de que cada capítulo traz ao final alguns exercícios de aplicação do conhecimento adquirido.

De qualquer forma, é um livro básico exemplar. Vale a compra para uso próprio, se você estuda design ou comunicação, ou simplesmente quer entender melhor o que vê à sua volta. Vale como guia, para quem precisa ensinar comunicação visual, seja para ensino médio ou superior. Seja para disponibilização para alunos ou mesmo como meta a ser seguida na construção de outro guia ou manual mais específico, como no meu caso (estou escrevendo o manual de diagramação de uma revista).

Exemplo de página do livro, do capítulo "Técnicas Visuais: Estratégias de Comunicação".

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