Revista Continuum – o desenho das idéias

continuum-itau-cultural-desenho-das-ideiasA revista Continuum é uma publicação do Itaú Cultural. A cada número um tema é escolhido para ser investigado através de reportagens e entrevistas. O primeiro, de junho de 2007, foi “A Internet e o Mundo Contemporâneo”, e entre os 17 já lançados também já foram discutidos temas como violência e arte, cultura imaterial e gerações.

O que tive em mãos a versão impressa foi “O desenho das idéias”, de maio de 2008. Este número, sobre design. O primeiro texto, claro, é introdutório sobre o que é o design e suas diversas faces. Em seguida, sustentabilidade. Depois, o texto mais interessante da revista, sobre oito “clássicos” do design brasileiro.  Depois da entrevista com Rafael Cardoso Denis, design editorial de capas de livros no Brasil. Pra finalizar com chave de ouro, um paper toy na contracapa.

Todos os números podem ser lidos no site, em versão para navegador, como website ou baixados em .pdf a versão impressa.

Design Gráfico Cambiante, de Rudinei Kopp

design-grafico-cambianteJá escrevi por alto sobre o livro resultante da pesquisa de mestrado do prof. da UNISC, Rudinei Kopp, em um post indicando dois de seus artigos.

A estrutura do livro é:

1 . Introdução
2. Sólidos e Fluidos: Modernidade e Pós-Modernidade
3. Design Gráfico Moderno e Pós-Moderno
4. Design Gráfico Cambiante
5. Considerações Finais

No segundo capítulo o autor investiga as concepções de modernidade e pós-modernidade, dando ênfase ao trabalho de Zygmunt Baumant, autor dos livros Modernidade Líquida, Modernidade e Ambivalência e O mal-estar da pós-modernidade.

O terceiro capítulo pode ser tomado como uma pequena história do design gráfico. Kopp utiliza, inclusive, os livros Design Gráfico: uma história concisa e Layout – o design da página impressa, já resenhados aqui neste blog.

Por fim, a conceituação de design gráfico cambiante e a análise de dez casos, como o do logotipo da MTV, os relógios Swatch e as revistas Ray Gun, Big e Sexta Feira. Um trecho desse capítulo:

Adjetivos como flexível, transitório, fugidio, cambiante, liquefeito, fragmentado, entre tantos, têm servido para qualificar o tempo contemporâneo. […] O design gráfico reflete tudo isso como sua história recente demonstra. Sua condição num meio de caminho entre a indústria, a tecnologia, a arte, a cultura, o consumo e o público faz esse campo ser um espelho das transformações nas esferas, atualmente, mais sensíveis da sociedade. Se até nossa identidade cultural é cambiante, sem um lastro crível como se acreditava até poucas décadas (ou anos), não representa uma surpresa tão grande percebermos que a indústria tem uma produção flexibilizada, pronta para se reprogramar facilmente, ou ainda, que os tão conehcidos projetos gráficos fixos não simbolizem mais a quintessência do design gráfico.

+ Leia o blog de Rudinei Kopp
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Design Gráfico: uma história concisa, de Richard Hollis

design-grafico-historia-concisa-richard-hollisDesign Gráfico: uma história concisa, escrito em 1994 por Richard Hollis, abarca a história do design desde as artes gráficas do final do século XIX às tecnologias digitais contemporâneas.

Com muito texto, ao contrário do Layout – design da página impressa de Allen Hurlburt, oferece uma experiência de leitura mais cadenciada, porém mais densa. O livro é dividido da seguinte forma:

– Da arte gráfica ao design: 1890 a 1914
– A vanguarda e as origens do modernismo: 1914 a 1940
– Tendências nacionais até 1940
– O designer e o diretor de arte
– Variantes do modernismo na Europa
– O psicodelismo, os protestos e as novas técnicas
– As novas ondas: tecnologia eletrônica

Entre as “mais de 800 ilustrações totalmente integradas ao texto” algumas coloridas, amontoadas no início do livro por questões técnico-financeiras. Este livro faz parte da “coleção a” da Martins Fontes, focada em artes visuais e comunicação. Entre os títulos dessa coleção está o Sintaxe da Linguagem Visual, já resenhado aqui, além de livros de Wolfflin e Kandisnky.

A capa exibe um recorte de “Bata os brancos com a cunha vermelha”, obra política do artista gráfico soviético El Lisstsky, a qual já postei aqui no dia do design(er).

+ Mais
– Compare preços do livro
– Leia a resenha de Sintaxe da Linguagem Visual
– Leia a resenha de Layout – o design da página impressa

A Fôrma & a Fórma, de Cláudio Ferlauto

a-forma-e-a-forma-claudio-ferlautoA Fôrma & a Fórma é um dos títulos da Edições Rosari, editora pequena mas com um catálogo muito interessante em design e tipografia. Este livro de Claudio Ferlauto faz parte da coleção Textos Design, de pequenos livros de autores nacionais. A editora ainda possui as coleções Fundamentos do Design,  com livros mais extensos de autores estrangeiros e Qual é o seu tipo?, de tipografia.

A publicação em questão é uma reunião de textos diversos de Ferlauto, designer e arquiteto também responsável por outros três livros lançados pela Rosari (B de Bodoni, O tipo de gráfica e O livro da gráfica) e também editor das coleções de design e tipografia da própria editora.

O texto mais interessante é “O design contemporâneo combina formas e sonhos”. Não por acaso o texto mais extenso entre as 103 páginas do livro, discute três fases do design, como define o autor:

– O design funcionalista, prático, simples
– O design contestador, nem sempre funcional e quase sempre complexo
– O design contemporâneo, que une simplicidade e complexidade com pleno atendimento das funções

Também merece destaque o texto sobre Bea Feitler, diretora de arte brasileira de fato pouco [re]conhecida no seu país de origem. Entupido de referências, esse livro não é para quem procura um primeiro contato com o design, mas com certeza é interessante e boa aquisição (relativamente barato) para qualquer interessado em design.

Veja os preços de:
A Fôrma & a Fórma
B de Bodoni
O Livro da Gráfica

Dica de Blog: Blogadois

O blogadois é feito por uma dupla de criação que mora em Sergipe. A publicitária Joelma (Miss Joe) e o designer Iuri (Mr. Iu) escrevem sobre casos interessantes em design e publicidade, com texto rico e extenso na medida certa.Entre os últimos posts, uma análise da vencedora e comentada campanha de Barack Obama.

Também achei interessante o comentário sobre publieditorial. Uma coisa que também concordo é que fazer publieditoral sem avisar, é uma falta de respeito. E se eu já não tivesse parado, o isqueiro promocional dessa funerária me convenceria.