Graphic Design That Works

Graphic Design That Works: Secrets for Successful Logo, Magazine, Brochure, Promotion, and Identity Design é uma coletânea publicada pela Rockport Publishers a partir de outros cinco livros da editora. Essa edição se foca em “estudos de caso”. Apresenta exemplos de marcas, revistas etc com críticas dos autores e/ou comentários dos criadores.

A seção sobre revistas é baseada em Magazine Design That Works, da Stacey King e traz textos sobre grelha, processo criativo e redesign. São 352 páginas coloridas, mas o tamanho da fonte do texto é beem pequeno. Mas nada que não faça valer a compilação.

Segue um trecho, sobre o uso de grelhas em revistas:

As a magazine reader, you never see a grid. It’s an invisible set of guides, usually printed on a paper template or set in a template file with a designer’s layout software. Quite simply, its purpose is to guide designers in placing text and images.

The gris helps define the format of the magazine – its overall look and feel. It can be responsible for how sporadically or neatly elements are placed on a page, how clean or crowded a page looks, and whether a page is full of illustration or text.”

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Revista Lupa #4

Produzida em 2007.2 e lançado em fevereiro de 2008, o quarto número da revista Lupa trouxe na capa uma ilustação de Ricardo Takeru, misturando estética e elementos de mangá com elementos do candomblé. Uma “orixá-samurai”. É referência a matéria sobre cosplayer em Salvador.

Outra matéria de destaque, é a “Parada de Puta”, sobre a Daspu. Em relação à fotografia, tenho de destacar o trabalho de Fabiane Oiticica e Davi Boaventura na matéria sobre Le Parkour. Impressões, desta vez, é criativa mas não tão bem executada.

O design não está tão inspirado quanto o foi no terceiro número. Mas temos alguns recursos interessantes. Na matéria “Indústria dos concursos”, a repetição horizontal do título em preto, branco e cinza conota serialidade industrial. Ilustrado traz trabalho lindo de Naara Nascimento. Cubo Mágico trouxe o tema “Sub-Versão”, e traz um texto ótimo de Cadu Oliveira desvendando Pinóquio.

A minha matéria, escrita com Cadu Oliveira, fala de alguns transformistas soteropolitanos, dificuldades e glórias da arte. Fizemos um ensaio no Labfoto com a transformista Valerie O’rarah. Fotografias por Fabíola Freire e produção por Wendell Wagner. Abaixo, o making of:

+ Mais
– Fotos do lançamento
Blog da revista
– Download em pdf
Portfólio e blog da diretora de arte, Alice Vargas

Edição e Design, de Jan White

Na contra-capa da edição, o título da resenha de Thomaz Souto Corrêa, vice-presidente da abril é “O Indispensável Manual do Bom Senso”. Inexato. Não pela pretensão, e sim pela humildade: Edição e Design, de Jan White é indispensável sim, mas não só pelas dicas de bom senso. O autor, prolífico diretor de arte, já publicou 14 livros e é consultor de grandes editoras do mundo, incluindo a Abril. Este livro, que teve sua primeira edição lançada em 1974, é referência por ser livro totalmente dedicado ao design de revistas. Livro de cabeceira de dez entre cada dez diretores de arte de revistas, é indispensável a qualquer designer que pretenda trabalhar com revistas.

Os títulos dos capítulos são simples e diretos: indução, espaço, desfile, colunas e grades, margens, espaçamento, largura, escala grande, contraste, disfarçar, simetria e assimetria, tipologia de texto, títulos e subtítulos, entretítulos e capitulares, citações entre aspas, legendas, imagens, gráficos, boxes e fios, sombreamentos, capas, sumário, sinais gráficos, cor, originalidade, checagem.

“Desfile” é o capítulo mais suculento. Infelizmente, a maioria dos livros de design gráfico ignoram um aspecto importantíssimo: a sequencialidade entre as páginas como recurso estético ou narrativo. White diz: “o modo pelo qual os observadores reagem a uma página é afetado pela memória daquilço que acabaram de ver, assim como a curiosidade pelo que vem em seguida. Hábeis comunicadores exploram essa quarta dimensão – o tempo – para dar ‘ritmo’ ao produto e incluir surpresas, altos e baixos emocionais.” Utiliza essa metáfora do “desfile” e compara o passar das páginas a várias outras artes e performances.

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+ Leia de Jan White: Utilizando a parte gráfica para propósitos editoriais

Parq

Seu primeiro número é de fevereiro deste ano. Mensal, a revista portuguesa Parq publica 20.000 exemplares e também é distribuída gratuitamente em pdf em um site bem criativo. Em alguns títulos de seções, o clichê de termos em inglês. “Really People” são pequenas entrevistas – um ou duas páginas -, com músicos, artistas plásticos, produtores. “You Must – Trends” é só a apresentação visual de produtos. Mas é bem criativa: as peças estão como que suspensas no ar, e a revista segue essa disposição em todos os números. “You Must – News” traz as imagens dos produtos acompanhados de pequenas críticas, assinadas divertidas. “View Point” são ensaios fotográficos ou cobertura de exposições, acompanhadas de resenha ou entrevista com o artista. “Soundstation” traz novidades da música, de dj’s semi-desconhecidos ao novo álbum de R.E.M. “Grande Entrevista” é auto-explicativo. A seção “Moda” traz ensaio fotográfico de moda, em torno de um ‘conceito’ por edição. Em “Central Parq”, por fim, reportagens e ensaios.

O design da Parq é bem pop. Abusa das cores saturadas e gradientes, mas de forma elegante. Essa elegância também pode ser encontrada no uso dos fios tipográficos. O conteúdo da revista, sejam imagens, sejam colunas textuais, é organizado entre fios lineares ou ornamentais. Justamente na resenha a “Letras Brancas”, de Stephanie Dermond, temos texto rosa em fundo branco. Cria um contraste cromático e textual com o título e as imagens e enfatiza a intencionalidade na escolha das cores, seja da revista, seja das peças em cerâmica. No segundo número, surpresa rara: crítica de revista, da Avant Garde. No quinto número, Pedro Marques é novamente convidado para falar de outra revista, a Interview.