Future Perfect – Vintage Futuristic Graphics

future-perfect-vintage-futuristic-graphics-jim-heimann Editado por Jim Heimann em 2002, Future Perfect – Vintage Futuristic Graphics compila mais de uma centena de ilustrações futurísticas produzidas nos Estados Unidos durante o período entre as décadas de 20 a 50.

O livro é todo composto de imagens. O texto de abertura (nesta edição em espanho, italiano e português) é de Bruce McCall. Em determinado momento, o escritor define bem o espírito de quem produzia e consumia essa arte:

Editores de revista nesses tempos perfumados estavam apenas a exprimir uma visão coletiva ao incumbir uma ou outra difusão, artigo ou séries de artigos sobre as generosidades que estavam à espera para lá do horizonte. Funcionava mesmo em tempos difíceis – talvez só mesmo em tempos difíceis – como a Frande Depressão, quando a esperança que um dia melhor viesse, era tudo o que muitos americanos tinham.

A grande maioria dos inventos e previsões apresentados não passavam de especulações amadoras, apresentando produtos inconcebíveis. O título do texto de McCall é “Futuros que nunca chegaram”. Em alguns, principalmente os relacionados a telecomunicações, entretanto, podiam ser chamados até de pessimistas. Além de revistas como a Popular Science e a Modern Mecahnix and Inventions, outro tipo de suporte para estas ilustrações eram os anúncios de créditos de guerra (war bonds).

Algumas imagens:

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Photo Icons – The Story Behind the Pictures Volume 2

photo-icons-the-story-behind-the-pictures-koetzle-volume-2Os dois volumes de Photo Icons – The Story Behind Pictures cobrem a história da fotografia de 1827 a 1991. Escritos por Hans-Michael Koetzle, cada um dos livros traz  a história de 20 fotografias, em ordem cronológica.

Neste segundo volume, boa parte dos trabalhos foram popularizados – e imortalizados – por meio da publicação em revistas. É o que aconteceu com “Marilyn’s Last Sitting”, de Bert Stern. O ensaio foi produzido três semanas antes do suicídio (?) da atriz para a revista Vogue. Como Koetzle escreve “o que começou como uma homenagem de oito páginas para a estrela de cinema, tornou-se um obituário que entrou para a história da fotografia.”

photo-icons-helmut-newtonA clássica fotografia de Che tomada por Alberto Korda não está presente no livro, mas é referenciada no ensaio de René Burri para a Look de 9 de abril de 1963. Neste segundo volume também está presente o “díptico” de Helmut Newton na Vogue francesa de novembro de 1981

O livro ainda traz, entre outros: Henri Cartier-Bresson com suas fotografias de 1945 na Alemanha; a cobertura do pós-guerra em 1991 no Kuwait, de Sebastião Salgado; e as “alegorias bizarras” de Joel-Peter Witkin em “Un Santo Oscuro”.

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Photo Icons – The Story Behind the Pictures Volume 1

photo-icons-the-story-behind-the-pictures-volume-1Os dois volumes de Photo Icons – The Story Behind Pictures cobrem a história da fotografia de 1827 a 1991. Escritos por Hans-Michael Koetzle, cada um dos livros traz  a história de 20 fotografias, em ordem cronológica.

O primeiro volume (1827-1926) começa com Niépce e Daguerre, passa por Nadar e finaliza com Man Ray. É uma edição da série Icons, da editora Taschen.

Para a fotografia de Jacques-Henri Lartigue, que também é capa do livro, o autor começa com o seguinte texto:

Automobile racing was a keenly watched spectacle at the turn of the 20th century. Roaring down the open highways, various makes of autors strove to demonstrate their performance ability. At the Grand Prix of the ‘Automobile Cluv of France’ in 1912, the young Jacques Henri-Lartigue succeeded taking a photograph that we interpret today above all as a metaphor of the speed of the technological age.”

As 10 páginas dedicadas a essa fotografia se compõem  (além da fotografia, é claro) de uma breve biografia de Lartigue, depois o texto estabelece os fatores históricos no qual a fotografia se insere, as condições de registro e finalmente o seu lugar na história da fotografia. E não deixou de citar a inserção dessa fotografia na revista Stern, sobre a qual assisti uma aula do prof. Benjamim Picado. Um excerto do blog de seu grupo de pesquisa:

“[…]precisamos considerar a fotografia, não apenas na sua constituição enquanto veículo de representação do que quer que seja, mas também como unidade de um discurso visual consideravelmente mais complexo: precisamos avaliar a função desta imagem nos contextos gráficos com os quais ela eventualmente negocia, procurando analisar os sentidos em que aqueles aspectos de sua modelação icônica podem aqui funcionar como índices de seu encaixe no universo gráfico da página. Alguns comentadores fazem apelo à dimensão “tabular” do espaço da página, de modo a atribuir uma função significante ao suporte impresso, função esta que passa a regenciar, inclusive, as apropriações da matéria icônica da fotografia, no contexto enunciativo propriamente dito das matérias jornalísticas.” [ler mais]

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Bauhaus, de Magdalena Droste

bauhausNo epílogo de Bauhaus, Magdalena Droste reitera no leitor a impressão de um trabalho bem feito. Com o subtítulo “Lenda da Bauhaus”, o epílogo formula, com todas as palavras, o que já estava por baixo das palavras em cada uma das noventa e quatro páginas anteriores do livro. O “Estilo Bauhaus” e a lenda sobre seu sistema de ensino são em parte construção do trabalho de relações públicas que Walter Gropius manteve, mesmo depois do fechamento da escola.

Porém, essa constatação não significa que a Bauhaus deixa de  ser um marco fundamental na história do design.  Neste livro da Taschen, são mais de trinta pequenos capítulos sobre a história da escola da sua fundação em 1919 ao fechamento em 1933.

O texto crítico de Droste aborda, é claro, os diretores Walter Gropius, Hannes Meyer e Mies van der Rohe, de seus diferentes sistemas de ensino, das proposições políticas de cada fase, das brigas de poder e dos mestres que passaram pela escola como Wassily Kandisnky, Paul Klee, László Moholy-Nagy entre outros. Mas não se resume a isso.

Como já disse, o texto sobre todos esses tópicos indispensáveis é crítico e bem escrito. Mas algumas questões, que poderiam ser facilmente deixadas de lado por outro historiador, marcam presença. É o caso do capítulo “Mulheres, Homens, Casais”, no qual critica os critérios de seleção que favoreciam homens, e escreve sobre o papel desempenhado por Ise Gropius, Lilly Reich e outras mulheres na Bauhaus.

Há duas edições deste livro. A que resenhei e que tem a capa que serve de imagem do post, é  a versão menor e mais barata. Mas também há uma versão maior, daquelas de “pôr na mesinha de centro”.

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– Artigo do Wikipédia sobre a Bauhaus

Graphic Design for the 21st Century, de Charlotte & Peter Fiell

graphic-design-for-the-21st-centuryGraphic Design for the 21st Century (ou Design Gráfico para o Século 21) é uma publicação da Taschen, editada pela Icons. Charlotte & Peter Fiell reuniram quarenta e cinco estúdios de “todo o mundo” (apenas o Norte “desenvolvido”, como sempre) que representariam o design gráfico inovador desse novo século.

Na página par: nome e informações do estúdio, missão e um texto do estúdio. Nesta edição, o livro é trilíngue: espanhol, italiano e português. Na página ímpar, e na dupla seguinte em alguns casos, trabalhos do estúdio em questão.

No texto de abertura, os autores apontam para questões sociais do design. O texto de Stefan Sagmeister também cita política, mas de uma abordagem diferente. Segue o texto e um dos trabalhos de Sagmeister presentes no livro.

sagmeister-aiga-detroitEstou principalmente preocupado como design que é capaz de comover o espectador. Vemos trantos trabalhos de design gráfico profissionalmente concebidos e bem executados, lindamente ilustrados e magistralmente fotografados e, no entanto, quase todos me deixam indiferente (e suspeito que acontece com muitos outros espectadores). Há tanta coisa sem valor: coisas bem produzidas, sem seriedade e sem valor. Penso que a causa principal de todas estas coisas sem valor é o facto de a maior parte dos designers não acreditar em nada. Não nos interessamos pela política ou pela religião, não temos opinião sobre qualquer questão importante. Quando a consciência é tão flexível, como se pode ser forte no design? Vi filmes que me comoveram, li livros que mudaram a minha perspectiva das coisas e ouvi peças de música que influenciaram o meu estado de espírito. O nosso objectivo será o de comover alguém através do design.

Veja uma a dupla, dedicada ao estúdio MM (Paris):

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