Revista Lupa #5

A revista Lupa lança seu quinto número, produzido pela turma da disciplina Temas Especiais em Comunicação 2008.1. A demora foi fruto de problemas burocráticos típicos brasileiros. Mas não é isso que importa aqui, e sim a qualidade da publicação.

Pois bem. Logo na capa, a melhor até agora, em minha opinião. É uma montagem sobre foto de Jacques Wagner, atual governador da Bahia, bem jovem. No “embalo” dos 40 anos completados desde 1968, a matéria “Nada Será como Antes”, escrita por Edna Matos e Samuel Barros discute o engajamento  político da juventude e conseguiu fotos de arquivo de políticos baianos, quando jobens. Interessante e curiosíssima a pa´gina com imagens de Olívia Santana, Lídice da Mata, Geddel Vieira Lima e outros.

Um pouco depois, uma dupla sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano inspirou o infográfico mais elaborado já produzido na Lupa. Usando a estrutura do Banco Imobiliário, faz um bom panorama de problemas, soluções e interesses literalmente em jogo nessa questão.

Mais à frente, esta Lupa continua mais “séria” do que seus outros números e descobriu como escolas militares “ensinam” a história do “Dia da Revolução Democrática de 1964”.

O ensaio fotográfico da seção Impressões, por Caio Sá Telles e Mariele Góes, traz um tema que gosto: “anjos caídos”. Ainda há textos sobre arte cemiterial, rpg, convergência e mais.

Revista Lupa #3

Apesar da revista ser impressa em preto-e-branco, a matéria “Histórias do Oriente” (p.5-7), sobre migração oriental em Salvador, dispõe o texto das duas primeiras páginas de forma que lembrem a bandeira japonesa. Outro recurso mais interessante ainda (p.7) é, não sei se propositalmente, o seguinte. Textos dispostos em colunas separadas, com um ideograma e ilustração de dragão entre elas. A disposição dos elementos, acrescida da dinâmica da ilustração e do ideograma, remonta à escrita japonesa vertical. Estratégias interessantes, mas perdem um pouco da força ao serem usadas em conjunto, em tão poucas páginas.

“Ser ou não ser, eis a pressão” traz um ensaio de estúdio. A matéria trata de universitários que trocam de curso. Acertadamente o mesmo modelo aparece com figurinos “característicos” de diversas profissões diferentes. O miolo traz a seção Impressões, com ensaio fotográfico e texto de Thiago Martins. Além das deslumbrantes fotos de Monjolo, cidade interiorana de Minas Gerais, a composição das fotografias e o tipo utilizado fazem dessa dupla a mais interessante da revista.

A matéria sobre revistas baianas, a que mais me chamou atenção, traz um erro crasso. Abaixo de fotografia do número 2 da Lupa, traz a seguinte legenda: “Primeira revista da Faculdade de Comunicação da UFBA”. A Fraude (não citada), ainda em atividade e de vento em popa, é dois anos mais velha que a Lupa.

Ainda traz matérias sobre telejornalismo “popular” na Bahia, preconceito sexual nas escolas de ensino fundamental e médio, coletivo GIA, tatuagens. A seção ‘Cubo Mágico’, sempre criativa, traz textos em torno do tema “O Quarto”, inclusive um sobre o Armário, de autoria de Cadu Oliveira, blogueiro amigo. Fechando a revista, depois da tirinha Rabuga (bem-intencionada e com erro de ortografia), uma ilustração do sempre ótimo Daniel Bueno.

Em breve, postagem sobre o número 4. E, ainda neste semestre, cobertura do lançamento do quinto número.

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Portfólio e blog da diretora de arte, Alice Vargas