Planejamento Visual Gráfico, de Milton Ribeiro

planejamento-visual-grafico-milton-ribeiroEsta edição de 2003 já é a oitava. O “clássico” livro Planejamento Visual Gráfico, de Milton Ribeiro tenta ser exaustivo, mas acaba por ser também superficial em alguns pontos.

É dividido em três partes:

I – Componentes Gráficos
O capítulo começa bem, com longas seções sobre os materiais básicos como papel, letras e tipografia. Em seguida fica um tanto ultrapassado quando fala de técnicas de impressão, caixas tipográficas etc.

II – Componentes Estéticos
Em escassas 50 páginas, este capítulo é dividido em quatro partes: ponto, linha, massas; princípio de Vitruvio; o problema da composição; cor e luz. É nessa parte, na qual Ribeiro teria a oportunidade de fazer o texto mais fluído do livro, que ele mais peca. Na seção sobre Forma, por exemplo, ao tratar de “forma regular ou irregular” escreve apenas “a forma pode ser irregular ou irregular, segundo tenha ou não uniformidade ou simetria”. Paradoxalmente faltam páginas e sobra tautologia.

III – Projetos
Depois de tratar um pouco de desenho de letras e convenções, Neste capítulo, Milton Ribeiro vai de formato a formato.: cartões de visita; cartaz; marca, símbolo e logotipo; identidade visual; livro; e revistas. Esta última seçãozinha, sobre revistas, é demasiado curta e técnica. Os itens são do tipo: atração e personalidade; estilo e versalidade; capa; seleção de cores. Logo depois, finalizando o livro, sugestões de exercícios, um dos motivos pelo qual ainda é bastante utilizado em universidades.

De preço relativamente baixo, o custo-benefício chega a valer a pena.  As  questões técnicas são abordadas de forma exaustiva. Mesmo para quem não mais as utilizam, tem valor histórico. As 500 páginas de 29x21cm também dão um bom “livro de mesa-de-centro”.

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Projeto Gráfico – teoria e prática da diagramação, de Antonio Celso Collaro

projeto-grafico-teoria-e-pratica-da-diagramacaoQuem estiver à procura de um livro que pense a diagramação de forma teórica, não deve utilizar este livro, apesar do título. Lançado em 1987 por Antonio Celso Collaro traz muitas considerações práticas, sobre como “direcionar a leitura” ou “conseguir a atenção”, mas de forma funcionalista apenas. Não se pergunta como, nem se debruça sobre a razão da utilização daquelas determinadas técnicas. Na segunda página do primeiro capítulo, o autor define estilo e exemplifica com estilos na arquitetura (!?), mas o máximo que consegue falar sobre cada um deles é em que séculos estiveram dominantes.

O livro é dividido da seguinte forma:

Cap. I – Princípios de Diagramação
Cap. II – Tipologia
Cap. III – Tipometria
Cap. IV – Sistemas de Composição Tipográfica
Cap. V – Obtenção de Textos para Reprodução Gráfica
Cap. VI – Cálculo de Texto
Cap. VII – Diagramação de Livros
Cap. VIII – House Organs
Cap. IX – Moderno Desenho dos Tablóides
Cap. X – O Jornal
Cap. XI – Os Sistemas de Impressão
Cap. XII – O Suporte e sua Importância na Reprodução de Impressos

O capítulo mais interessante é o oitavo, sobre house organs. Mas isso talvez porque não tenho experiência com o formato. No final das contas, é um livro que tenta abarcar assuntos demais em 100 páginas, e acaba por não se aprofundar o suficiente em nenhum deles. Pode ser tomado por um livro básico, mas não vai além disso. A edição de 2000 é atualizada com “os mais recentes recursos da informática”.

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O novo projeto gráfico da revista Época

Já falei aqui sobre o blog Faz Caber, da equipe de arte da revista Época. Ontem eles publicaram um vídeo no qual o diretor de arte, Marcos Marques, fala sobre o novo projeto gráfico da revista. Explica as inspirações e técnicas utlizadas. Já o vídeo abaixo, mais antigo, é sobre a criação gráfica de fotografias para ilustrar uma reportagem.