O mapa de guerra dos soldadinhos de chumbo

omapa

A imprensa era um exército de 26 soldados de chumbo com os quais poderia conquistar-se o mundo.

Foi a partir dessa frase, atribuída a Johannes Gutenberg, João Batista de Macedo Júnior entitulou seu trabalho de conclusão de curso em Artes Plásticas. “O mapa de guerra dos soldadinhos de chumbo – o pensamento visual no espaço da página”. Orientado por Omar Khouri, João Macedo apresentou esse trabalho para conseguir o bacharelado em Artes Plásticas no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista.

O texto sofre  de problemas de estilo e revisão. Repetidamente algumas frases não tem verbo, como se estivessem incompletas e os erros de digitação são comuns. Todo o trabalho usa KOOP ao invés de KOPP.

A estrutura é a seguinte:
1. Escrita
2. Tecnologias
3. Livro
4. Diagramação
5. Cronologia
6. Poesia Visual
7. Trabalho Prático

Os primeiros  capítulos fazem a história da escrita, das tecnologias de impressão, tipografia e do livro. “Diagramação” tenta definir a prática. “Cronologia” é uma história do design gráfico, muito calcado em Design Gráfico Cambiante, de Rudinei Kopp e com algum material de Richard Hollis e Steven Heller.

Finalmente chega o capítulo “Poesia Visual” para salvar o interesse. Depois que a história da poesia concreta brasileira é contada, a análise de alguns poemas da época e alguns atuais. O último capítulo decepciona. Apesar do título, é apenas um comentário sobre o próprio trabalho. Aqui na UFBA é chamado de “Memória”, essa parte reflexiva sobre o trabalho Experimental. Mas é um documento em separado, e mais desenvolvido.

Ao chegar ao fim da leitura, se percebe que o título não é tão adequado assim. O núcleo e objetivo do trabalho não é diretamente ligado à imprensa.

+ Mais
– Visite o site do autor
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Crise: As Vítimas de Papel

Observador tanto da produção de conteúdo impresso quanto da produção de conteúdo e publicidade online, infelizmente não fiquei tão surpreso com  algumas notícias que chegaram no meu leitor de feed e no meu email.

A crise mundial vitimou várias revistas. Por todo o mundo, inclusive no Brasil, várias revistas estão sendo fechadas ou mantidas “apenas” online. Abaixo alguns links e excertos de notícias relacionadas.

Crise, o grande trampolim para a publicidade digital
Para Alonso, isso [oportunidade para a publicidade digital] já está acontecendo, “já que se trata do único setor que cresce em meio à turbulência atual. Os cortes nos orçamentos de marketing impulsionam a busca por canais onde se possam investir apenas alguns poucos GRPs (gross rating points, índice que mede o impacto de uma campanha) tradicionais e que hoje estão caros demais para o orçamento de que as empresas dispõem”.

PC Mag deja de imprimirse y se mueve al mundo online
Y ahora, finalmente, se empieza a ver que es evidente que el negocio de papel tiene un problema… luego de 27 años ni un ícono se salva, ¿porque caen primero las revistas? porque son ediciones que cubren un nicho que, les guste o no, esta compitiendo en velocidad de publicación, actualización de contenidos y multimedia contra Internet y esa carrera no la pueden ganar de ninguna mane

“Continuar em outra editora ou ir para o digital”, diz editor da DOM sobre o futuro da revista
Muito sincero, Tino diz ter recebido a notícia com muita tristeza. “A principio nós ficamos muito tristes por não saber o que aconteceu, foi surpreendente, mas estamos super esperançosos, vai dar tudo certo e estamos muito a fim de continuar”. Quando o fato se tornou público, o editor relata que os leitores se manifestaram pela continuação da revista. “Os assinantes, os leitores escreveram para nós continuarmos”.

Farewell Amelia’s
Amelia’s always impressed me with its single-minded pursuit of a particular aesthetic and the way Amelia (the person) wanted to prove that magazines could be more than the usual newsstand fodder.

Control Print – Pensando o futuro da tinta no papel

Control Print – Considering the future of ink on paper é um projeto do Royal College of Art, universidade inglesa totalmenta dedicada a arte e ao design. O livro, totalmente gratuito e disponível em .pdf, trata de produção gráfica, valor estético e produtivo do livro impresso.

Um trecho da seção 4, chamada “In my hands, in my eyes – an emotional experience of an object”, de Sara Carneholm:

“When you read a book all your senses are recording (how the pages move, what the paper feels like, what it smells like etc), however reading is more than a purely haptic experience, you are involved in the making of the experience. Books use their physical form as well as content to convey meaning – the weight of a book can indicate importance or perceived value of the content within, for example think about the difference between reference books and paperbacks or your schoolbooks carefully inscribed with your name and form on the inside cover, each has it’s own character – they become artifacts, objects with cultural and personal significance.” (pag. 14)