ANTI

ANTI 4A revista ANTI é produzida pelo Revolver Lover, um grupo que reúne artistas e designers de todo o mundo, incluindo o brasileiro Flávio de Halmeida Hobo. Segue o modelo de coletânea de trabalhos a partir de submissões em torno de um tema por número.

Os produtores chamam o documento de revista e o pdf gratuito  simula uma, com organização por páginas, mas de revista mesmo tem pouco. Não há um editorial ou abertura, tampouco um design editorial. Matérias ou críticas  nem se cogita. E ainda poderia chutar que a edição/seleção dos trabalhos é mais por oferta do que pela qualidade, dado a instabilidade de números de páginas e a clara inadequação de alguns trabalhos..

Até oito de março a publicação recebe trabalhos sobre o tema “Revolution”, para o nono número.  O oitavo ainda não foi lançado, e os sete primeiros tem como pontos altos:

#1  Born – Samantha Casolari
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#2 Couple – Miderrota
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anti-2-miderrota-2

#3 Tree – microboth.ch
ANTI 4 - microboth.ch

#4 Seasons – Andres B.
ANTI 4 - Andres B.

#5 Senses – Jonathan Davies
ANTI 5 - Jonathan Davies

#6 69 – Ben Yonda
ANTI 6 - Ben Yonda

#7 Days and Week – Mary Juliao
ANTI 7 - Mary Juliao

Hotel Visual

Hotel Visual 3 CapaA revista Hotel Visual chega ao terceiro número com o melhor da arte erótica latina. A publicação, produzida pelo diretor de arte argentino  El Norbi Baruch reúne argentinos, brasileiros, peruanos, venezuelanos e não só. Artistas de todo o mundo, como italianos e americanos, em mais de uma centena de páginas por número.

Conheci a publicação através do blog Visualmente, sobre jornalismo visual, design editorial e gráfico, que tem El Norbi Baruch como um dos autores.

A revista é impressa, mas também publicada intergralmente e gratuita online. O sistema da ZMags permite, inclusive, o recorte, envio e salvamento de recortes à escolha do leitor.

No número 00 de estréia, a publicação ainda estava sendo delineada. A Mucama (ver mais abaixo) ainda não existia e o foco não era exclusivamente arte erótica. Além do ilustrador brasileiro Samuel Casal, merece destaque também o fotógrafo argentino  Dani Yako:

Hotel Visual 0 Dani Yako

O primeiro número traz fotografias de Richard Emblin e  ilustrações do brasileiro Orlando Pedroso, como na dupla abaixo.

hotel-visual-1-orlando-pedroso

A imagem abaixo é uma infografia criada por Jamie Serra. Em seguida uma fotografia de Lorenzo Moscia, em ensaio sobre prostituição no Rio de Janeiro, ambos no segundo número.

hotel-visual-2-jaime-serra

hotel-visual-2-lorenzo-moscia

O terceiro número traz trabalhos do fotógrafo Pablo Corral abaixo e, finalmente, uma fuguinha do olhar heterossexual masculino, em seguida.

Hotel Visual 3 Pablo Corral

Hotel Visual 3 Betina Ramirez Bustelo

A produção editorial é primorosa. El Norbi Baruch é o editor e produtor, enquanto Betina Ramirez Bustelo é responsável pelo design editorial. Cada “quarto” do hotel é diagramado com tipografia, fios, texturas e recortes apropriados à arte em questão. Ensaios da personagem Mucama, uma modelo por número, organizam a publicação. A página ímpar abaixo, por exemplo, divide o número 2 pela metade.

hotel-visual-2-mucama

I can haz cheezburguer?

Gatos são seres superiores per si. Se ainda são reforçados pela criatividade coletiva, tornam-se ainda mais fascinantes. “Lolcats ‘n’ Funny Pictures of Cats – I Can Haz Cheezburguer” é um site em formato blog que publica fotos de ‘lolcats”, um meme de internet que consiste em fotos de gatos com legendas engraçadas. Lol é uma sigla da internet que vem de Lot of Laughs – Bocado de Risadas. “I can haz cheezburguer”, por sua vez, veio de uma foto de um gato com as patas levantadas como se segurasse um cheeseburguer imaginário. Os erros ortográficos são um vício na internet do mesmo tiop deses ridícuols de orktu, migo.
O exemplo acima exibe a estrutura básica das lolpictures. A imagem de um ou mais gatos agindo de forma análoga a alguma ação humana é acompanhada de frases que poderiam estar sendo ditas pelos gatos ou algum comentário engraçado.

Até uma “mitologia” dos lolcats foi criada. O “ceiling cat” – ou gato do sótão -, é a divindade sagrada, enquanto o “basement cat” – ou gato do pórão -, é o seu antagonista.

O site fornece um tutorial de como produzir suas próprias imagens. Os mantenedores do I Can Haz Cheezburguer também mantêm sites parecidos de “lolpictures” envolvendo aqueles bichos sem dignidade, os cachorros, aqueles com menos dignidade ainda, os políticos, além de Fail Blog, que são lolpictures de “falhas”. É realmente curioso o sucesso desse meme, que foi até assunto da Times:

A Imagem, de Jacques Aumont

Jacques Aumont, professor e pesquisador na Universidade de Partis III, lançou “A Imagem” em 1990. Este livro, da coleção Ofício de Arte e Forma da Papirus Editora, discute a questão da imagem em cinco capítulos, tratando: do “olho”; do espectador; do dispositivo; da própria imagem; e de arte.

A Parte do Olho discute questões biológicas, químicas e físicas envolvidas na visão, mas não somente no olho. Qual o caminho que os estímulos visuais percorrem até a mente, por exemplo. Movimento real, movimento aparente e a tal falácia, ainda confusa, sobre a persistência na retina.

A Parte do Espectador trata de questões psicológicas e cognitivas. Primeiro, intenções por trás da produção e visualização das imagens. Em seguida, ilusão representativa. O capítulo é fechado com aproximação com psicanálise.

O terceiro capítulo, A Parte do Dispositivo, é interessantíssimo. Começa com a dimensão espacial do dispositivo, tratando do espaço plástico x espaço do espectador, depois trata da moldura e por fim de enquadramento e ponto de vista. A parte seguinte fala da dimensão temporal, imagem no tempo x tempo na imagem e a imagem temporalizada: imagem fílmica etc. Finalizando o capítulo, compara a impressão com a projeção e questões ideológicas envolvidas no dispositivo.

A Parte da Imagem discorre sobre a imagem “propriamente dita”. Os sub-items tratam de: analogia; representação do espaço; representação do tempo; significação da imagem.

Em A Parte da Arte, três modos de se tomar a imagem. Depois de discutida a questão do realismo no capítulo anterior, a imagem abstrata. Em seguida, expressão e estilo. Por fim, antes de concluir o livro, imagem, arte e aura.

Apesar de ser um livro que pretende abarcar várias questões relacionadas à imagem em cada um dos capítulos, não é raso. E mesmo se não aprofunda o suficiente algum problema de maior interesse do leitor, todo capítulo é fechado com uma bibliografia organizada, dividida por assunto. É um livro que faz diferença para quem trabalhe com ou estude imagem, seja fotográfo, cineasta, designer ou decorador.

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Toy Art na Revista Fraude #6

O simpático coelhinho acima é o Smokin Rabbit, um dos exemplares mais famosos de toy art.  Mas que raios é toy art? Isso você pode pesquisar no Google. Mas uma matéria bem escrita – modéstia à parte – sobre os artistas baianos, você só encontra na revista Fraude #6!

Dia 28 de novembro a sexta Fraude será lançada com esta matéria, escrita por mim e Alana Camara. A festinha pra apresentar este número ao mundo, e promover a catarse de todo estresse que os criadores superam, acontecerá aconteceu no Bar Balcão, a partir das 18h, no Rio Vermelho. Mais tarde, às 22h ocorrerá ocorreu um show da banda Os Mizeravão, que adapta músicas de diferentes estilos e proveniências em uma performance bem-humorada. Na entrada do show, será foi cobrado um ingresso no valor de R$13,oo.


Este número também trará matérias sobre software e cinema colaborativo, animação publicitária, literatura no Twitter e outras surpresas. Já escrevi bastante sobre a revista, da qual fiz parte da equipe do terceiro ao quinto número e dei uma ajudinha nesse sexto. Confiram: Fraude #1; Fraude #2; Fraude #3; Fraude #4; e Fraude #5.

Veja fotos do lançamento no blog do Petcom.