ANTI

ANTI 4A revista ANTI é produzida pelo Revolver Lover, um grupo que reúne artistas e designers de todo o mundo, incluindo o brasileiro Flávio de Halmeida Hobo. Segue o modelo de coletânea de trabalhos a partir de submissões em torno de um tema por número.

Os produtores chamam o documento de revista e o pdf gratuito  simula uma, com organização por páginas, mas de revista mesmo tem pouco. Não há um editorial ou abertura, tampouco um design editorial. Matérias ou críticas  nem se cogita. E ainda poderia chutar que a edição/seleção dos trabalhos é mais por oferta do que pela qualidade, dado a instabilidade de números de páginas e a clara inadequação de alguns trabalhos..

Até oito de março a publicação recebe trabalhos sobre o tema “Revolution”, para o nono número.  O oitavo ainda não foi lançado, e os sete primeiros tem como pontos altos:

#1  Born – Samantha Casolari
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#2 Couple – Miderrota
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#3 Tree – microboth.ch
ANTI 4 - microboth.ch

#4 Seasons – Andres B.
ANTI 4 - Andres B.

#5 Senses – Jonathan Davies
ANTI 5 - Jonathan Davies

#6 69 – Ben Yonda
ANTI 6 - Ben Yonda

#7 Days and Week – Mary Juliao
ANTI 7 - Mary Juliao

Dica de Blog e Site: magCulture

tokion-magcultureJeremy Leslie é, talvez, o maior nome em design editorial do mundo. É autor dos livros Issues: New Magazine Design e magCulture: New Magazine Design. O primeiro é um livro coletânea de imagens de bons designs de revistas, o segundo é mais teórico, digamos assim. Ele é outro dos três curadores do Colophon.

magCulture.com serve de apoio ao livro magCulture: New Magazine Design. Mostra algumas revistas inovadoras em relação a Formato, Capa, Ritmo, Tipografia e Imagens. Tem algum conteúdo muito bom, mas deixou de ser atualizado.

O magCulture.com/blog, por sua vez, traz análises de revistas constantemente. Apesar de também dar notícias sobre a área de publicação de revistas, o que diferencia o blog de Jeremy Leslie são as boas críticas, como a desse redesign.

Uma categoria interessante do blog é “How We Sell Magazines”, que mostra imagens de bancas e lojas de revistas pelo mundo. Foi em um desses posts que conheci a mag nation.  A imagem deste post aqui foi retirada da análise da revista Tokion.

– Consulte preços dos livros de Jeremy Leslie

Top 10 Livros 2008

Listas são sempre controversas, mas divertidas. Pra ficar só o divertido e não ter nada de controverso, fiz meu top10 dos livros que mais me divertiram nesse ano que já já acaba. Não é uma lista de melhores livros de 2008, uma vez que nenhum deles foi lançado esse ano.

01º. Em um ano muito cheio e atarefado, consegui acabar de ler o gigantesco Moby Dick. Nas suas centenas de páginas Herman Melville conta a história de um capitão de barco baleeiro obsessivo por encontrar e matar a baleia-mito que arrancou sua perna. O narrador Ismael descreve minuciosamente a pesca baleeira, a vida marítima e o conhecimento do século XIX sobre o “peixe”, mas de forma fascinante. A Cosac Naify lançou uma edição muito bonita, com direito a hotsite e tudo. [ver hotsite | ver preço]

02º. A dinâmica do consumo analisada por Jean Barudrillard em A Sociedade de Consumo chega a deprimir o leitor. É triste e, ao mesmo tempo, fascinante a construção simbólica em torno dos produtos e do consumo, e da tranformação de práticas triviais em rituais de consumo e diferenciação social. Indispensável. [ver preço]

03º. Em A Imagem, o teórico do cinema e da imagem Jacques Aumont trata de aspectos biológicos, físicos, químicos, psicológicos, sociológicos e artísticos da imagem.[ ler resenha | ver preço]

04. Em Design Brasileiro antes do Design, Rafael Cardoso Denis reuniu nove ensaios sobre a história gráfica do Brasil antes da ESDI e da própria conceituação do que é “design”. Já  postei sobre o ensaio de Julieta Costa Sobral acerca de J. Carlos. [ler sobre o ensaio | ver preço]

05. A Linguagem da Propaganda, de Torben Vestergaard e Kim Schroder estabelece a linguagem da publicidade e da propaganda através de inteligentes análises de anúncios.[ ler resenha | ver preço]

06º. A Prática do Design Gráfico: Uma Metodologia Criativa é um livrinho bem simpático  que, além de abordar todos os níveis simbólicos e produtivos do design gráfico, trata em específico também da responsabilidade social da profissão. [ler resenha | ver preço]

07º. Javier Diaz Nóci é um dos principais pesquisadores de jornalismo digital do mundo. La Escritura Digital é um ótimo livro tanto para jornalistas quanto para qualquer um que produz ou pretende produzir conteúdo para a internet. [ver blog de Nóci | ver preço do livro]

08º.  O último livro do ano conseguiu o oitavo lugar. Na verdade ainda faltam algumas páginas, mas A Cor como Informação, de Luciano Guimarães, merece já constar aqui. Assim como Aumont, o autor brasileiro divide o livro por níveis, do biológico ao social. Mas aplica a análise da cor a um objeto deveras interessante: a revista. [ver preço]

09º.  Mais um livro de literatura que conseguiu entrar nessa lista, Lolita, de Vladimir Nabokov. Narrado pelo pedófilo(?) Humbert Humbert, o texto sempre deixa o leitor sobre uma linha tênue entre o ódio e a pena tanto por Humbert quanto por Lolita. [ver preço]

10º.  Por fim, mas não menos importante, Priotizing Web Usability, de Jakob Nielsen e Hoa Loranger. Mais um livro do  renomado pesquisador, co-fundador do Nielsen Norman Group, que trata de usabilidade com ênfase e um texto divertido, ao mesmo tempo. [ver preço]

Dica de Blog: Magtastic Blogsplosion

time-magtasticAndrew Losowsky é designer editorial com décadas de experiência e um dos curadores do evento internacional Colophon. Mantêm um blog chamado Magtastic Blogsplosion sobre  publicação, revistas e design editorial. Além de fundador de várias revistas, é o editor do livro We Love Magazines.

De um modo geral, o blog é composto principalmente por compilações de notícias. Periodicamente Losowsky posta “News from Magosphere”, com uma dúzia de links. Entre os posts mais interessantes, destaco a análise da revista GOOD.

+ Veja preços de We Love Magazines

O mapa de guerra dos soldadinhos de chumbo

omapa

A imprensa era um exército de 26 soldados de chumbo com os quais poderia conquistar-se o mundo.

Foi a partir dessa frase, atribuída a Johannes Gutenberg, João Batista de Macedo Júnior entitulou seu trabalho de conclusão de curso em Artes Plásticas. “O mapa de guerra dos soldadinhos de chumbo – o pensamento visual no espaço da página”. Orientado por Omar Khouri, João Macedo apresentou esse trabalho para conseguir o bacharelado em Artes Plásticas no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista.

O texto sofre  de problemas de estilo e revisão. Repetidamente algumas frases não tem verbo, como se estivessem incompletas e os erros de digitação são comuns. Todo o trabalho usa KOOP ao invés de KOPP.

A estrutura é a seguinte:
1. Escrita
2. Tecnologias
3. Livro
4. Diagramação
5. Cronologia
6. Poesia Visual
7. Trabalho Prático

Os primeiros  capítulos fazem a história da escrita, das tecnologias de impressão, tipografia e do livro. “Diagramação” tenta definir a prática. “Cronologia” é uma história do design gráfico, muito calcado em Design Gráfico Cambiante, de Rudinei Kopp e com algum material de Richard Hollis e Steven Heller.

Finalmente chega o capítulo “Poesia Visual” para salvar o interesse. Depois que a história da poesia concreta brasileira é contada, a análise de alguns poemas da época e alguns atuais. O último capítulo decepciona. Apesar do título, é apenas um comentário sobre o próprio trabalho. Aqui na UFBA é chamado de “Memória”, essa parte reflexiva sobre o trabalho Experimental. Mas é um documento em separado, e mais desenvolvido.

Ao chegar ao fim da leitura, se percebe que o título não é tão adequado assim. O núcleo e objetivo do trabalho não é diretamente ligado à imprensa.

+ Mais
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– Veja preços de Como se Faz uma Tese, de Umberto Eco