Aprendendo comunicação digital: blogs de pesquisadores

Acho o processo de ensino e aprendizado fascinante. Hoje penso constantemente no desafio e delícia que é manter-se sempre um aprendiz nas diversas áreas da vida. No que tange minha área profissional, a comunicação digital, o papel do autodidatismo é mais relevante ainda. Tanto é necessário se atualizar a cada dia porque o ambiente digital é dinâmico e cambiante, quanto é possível utilizar o próprio ambiente digital para aprender mais sobre ele. Pensando nisso fiz um post com + de 50 fontes de conteúdo sobre comunicação digital no Blog Mídias Sociais, do qual sou colaborador.

Este post aqui é o primeiro de uma série na qual aprofundarei as principais dicas reunidas naquela lista. Hoje as dicas se referem à utilização de blogs de pesquisadores acadêmicos como fonte de aprendizado. O link recomendado é uma listagem mantida pelo Rogério Christofoletti pra reunir blogs de pesquisadores em comunicação do Brasil e demais países lusófonos.

Já são mais de 200 blogs. Muito? Mas a ideia é essa. Aprender não é algo automático. Vamos lá, dicas pra aproveitar essa lista para estudos e profissão:

– Visite exploratoriamente cada um dos blogs. Rapidamente você poderá perceber se o pesquisador em questão trata de algum tema de seu interesse. Aos poucos, descubra os melhores para você.
– Assine em agregadores de feeds como Google Reader, Netvibes ou aplicativos pra navegadores como Firefox e Chrome.
– Veja os links que os pesquisadores blogueiros indicam em seus posts e barras laterais. As  indicações de um pesquisador sobre fontes de sua área são valiosas.
– Interaja! Comente, debata, elogie e critique nos campos de comentário. As postagens que você lê são oferecidas de graça para os leitores: mande feedback valorativo e argumentativo pra retribuir os autores.
– Crie seu blog. É um dos melhores modos de se motivar a criar e publicar conteúdo online.

Três blogs: jornalismo online, formatos digitais e mídias locativas

Indicação de três blogs, de colegas que também fazem mestrado na linha de Cibercultura aqui no Póscom.

Ciberalgo, do @pvbsousa

Blog sobre geolocalização, mídias locativas e mapeamento colaborativo. Destaque:  O cinismo dos sistemas ubíquos

Ciberalgo

Papel Digital, do @rodrigocunha85

Blog sobre jornalismo, novos formatos de publicação e convergencia. Destaque: OESP e O Globo lançam versões para iPad

Papel Digital

Valores-Notícia

@rodrigo_martins

Sobre jornalismo online, ferramentas de participação e aproximação dos leitores com as notícias. Destaque: O novo Estadão e o Twitter
Valores-Notícia

Seis motivos para fazer monitoramento de marcas na internet

[Texto meu, originalmente publicado na Casa do Galo]

6 motivos para monitorar marcas na internet

Dois pontos são chave para entender a importância do monitoramento. O primeiro tem a ver com a visibilidade e permanência das informações postadas em sites, blogs e mídias sociais em geral. O conteúdo postado pode ser facilmente encontrado e tende a ficar disponível por tempo indeterminado. O segundo ponto-chave, especialmente no caso de mídias sociais, é a naturalidade e tranqüilidade com que as pessoas falam de seu cotidiano, incluindo dos produtos e marcas com que interage. Dessa forma, o monitoramento de marcas pode ser muito mais efetivo do que a maioria dos métodos de pesquisa de mercado, que coloca o entrevistado em uma situação anormal e, por vezes, constrangedora.

Entretanto, quando ouço sobre monitoramento invariavelmente se fala apenas de “responder”, permitir “respostas rápidas”. Entendo que monitoramento é muito mais que isso, então fiz um exercício de listar e descrever seis benefícios de seu uso.

1) Responder

Responder, e rapidamente, é o ponto mais estabelecido no que se refere a monitoramento. Falaram do seu cliente nas mídias sociais? A resposta pode vir no mesmo momento, se o serviço de monitoramento estiver entrelaçado a relacionamento e produção de conteúdo digital. No caso de empresas com grandes problemas operacionais, como empresas do ramo telefônico, que são muito criticadas, isso seria algo muito positivo se utilizado efetivamente. Mas o que acontece na maioria dos casos, infelizmente, ainda é o uso dos perfis em mídias sociais como broadcasting. É só ver os perfis da Claro ou TIM no Twitter. Nada de replies. Zero.

2) Aprender

Aprender sobre o público-alvo é interessantíssimo. Digamos que você represente, sei lá, um café em um bairro de São Paulo. Além de citações à marca do café, de seus símbolos e de seus produtos, é possível monitorar clientes e possíveis clientes que nunca falaram sobre sua marca? Como? Se você é um café que está na Rua Boa Vista, por exemplo, porque não aprender sobre o bairro? Afinal, todo mundo que mora, trabalha ou passa por lá é um possível cliente.

Com o monitoramento de termos relacionados àquela rua, por exemplo, é possível aprender sobre os comportamentos dessas pessoas no que tange à área em que o estabelecimento está situado. Um morador reclama que não tem um lugar bom pra tomar café da manhã? Outro diz que a estação de metrô mais próxima é a pior da cidade? Aí estão oportunidades e ameaças para os negócios.

3) Inovar

Utilizar monitoramento é, por si só, inovação para algumas mentalidades. Mas ter um monitoramento bom pode servir de insumos para diversos tipos de inovações. O mais palpável é inovação em produtos e serviços. Quando os usuários apontam falhas no que você ou seu cliente oferece, exaltam características do concorrente ou, ainda, sonham com algo que não existe, o espaço para inovar está aberto.

Desenvolver e apresentar um novo produto, serviço ou posicionamento de marca pode ser mais eficaz e seguro quando você conhece muito bem o que os consumidores querem. Sabe aquela frase que qualquer marca quer ouvir (“A marca fulana fez isso pensando em mim!”)? Torna-se cada vez mais verdade.

4) Localizar

Localizar os chamados “advogados de marca” (não gosto desse termo, mas é muito utilizado), hubs e influenciadores de opinião é algo facilitadíssimo pelo monitoramento. No atual estágio (e nos futuros também) da internet, cada pessoa tem um potencial único de produção e comunicação muito importante que, em alguns casos, superam o de grandes empresas. O monitoramento permite localizar pessoas que possam “trabalhar para a marca” em troca de algo. Reputação, status, popularidade, dinheiro ou, simplesmente, pelo prazer de interagir com algo importante em sua vida. A partir disso, as equipes de comunicação da empresa ou as agências de propaganda podem ver qual a melhor estratégia para manter, melhorar ou mudar o que estas pessoas falam sobre suas marcas.

5) Otimizar

O quinto motivo é o que permite aperfeiçoar custos e retornos de campanhas. Monitorar conversações entre as pessoas permite saber onde elas vão na web, com quem elas falam, quem elas lêem, o que elas ouvem, como elas falam etc etc etc. Isso permite que custos de mídia otimizados, mais precisos, quando associados a dados de web analytics. Tanto para a internet quanto para outras mídias, monitorar significa também conhecer os tipos de estilo, discursos e referências que o público-alvo quer consumir. Dessa forma, relatórios analíticos a partir de monitoramento pode até dar insumos de estratégia criativa para redatores de TV, por exemplo.

6) Avaliar

Campanhas digitais podem ser avaliadas em relação ao aumento ou diminuição do engajamento dos públicos. Se uma empresa tem uma política de monitoramento constante, a cada nova campanha, conteúdo e produto lançado os fluxos, valores e sentimentos podem ser avaliados novamente. Dessa forma, cada passo que a empresa ou agência der (passos esses que já devem ser embasados pelo monitoramento), podem ser melhor avaliados também.

Blogs Culturais no Soterópolis

O vídeo abaixo é uma matéria exibida no programa televisivo Soterópolis, da TVE Bahia. Traz entrevistas com diversos blogueiros de alguns dos principais blogs culturais do estado. O jornalista e literato Breno Fernandes, que mantem o Abre Parentese fala bastante sobre literatura e comunicação digital. Nessa matéria também marca presença o Luciano Mattos, responsável pelo talvez melhor site de música da Bahia, o El Cabong. Entre os blogs aparece também o Imagem, Papel e Fúria, meu primogênito (pelo menos entre os ainda vivos) também aparece, representado pelo colaborador Marcel Ayres. Ainda aparecem blogs como o Blog das Ruas e Cine Pipoca Cult.

Badges VMB – vote em Móveis Coloniais de Acaju

VMB é um prêmio ruim e injusto de uma rede televisiva que, infelizmente, realmente representa a juventude de classe média e alta brasileira. E  nãof fico nada otimista. Este ano o prêmio traz as categorias “Melhor Blog” e “Melhor Twitter”, com candidatos pífios e a discussão sobre isso já rola solta no Twitter.

O post aqui é só pra notar que as páginas de votação fornecem – e dão destaque – a badges para blogs que permitem que os fãs das bandas convoquem seus leitores a votar nas suas preferidas. Segue o badge para votação da melhor banda (não tão) nova e que tem, definitivamente, o melhor show:

Para ver um vídeo (qualidade de gravação não tão boa) e encontrar outros deles, visite: http://www.youtube.com/watch?v=xxRhytOUZnk . Para baixar o último álbum, visite http://albumvirtual.trama.uol.com.br . O álbum está disponibilizado gratuitamente através do patrocínio da Volkswagen, que exibe um breve anúncio do Novo Gol.