Você conhece as possibilidades analíticas que o Follower Wonk oferece? Confira na apresentação abaixo:
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Análise no Trabalho Etnográfico
Continuando com a série de resumos das palestras do NewMR, vamos falar rapidamente da “Analysis in Etnographic Work” realizada por Neil McPhee, da Nuance Research e ETHNOS Consultants.
Em primeiro lugar, McPhee fala que a etnografia é a ferramenta menos compreendida no mercado. É vendida de forma inadequada por agência, comprada de forma inadequada por clientes, vista como vigilância por clientes e percebida de forma extremamente simplista por muitos clientes e agências.
McPhee mostra um gráfico que liga a Análise a: Dados sobre Comportamento; Observações e Notas; Codificação de Ações e Eventos; Análise de Vídeos e Transcrições; Apoio de Computadores e Ferramentas de Análise Qualitativa; Objetivos do Cliente.
Citando a velha máxima “se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho pode ser feito”, McPhee explica a importância de saber exatamente que problema ou desafio deve ser resolvido.
Armazenar dados é essencial: vídeos, notas, diagramas e outros permitem contabilizar e perceber padrões de comportamento. McPhee cita um estudo sobre comportamento em cozinhas, pro exemplo: em uma hora, é possível contar o uso do fogão, lixeira, tempo de procura por utensílios, número de vezes em que a participantes se curvou para pegar algo etc.
Transcrições textuais podem ser muito úteis com um bom sistema de QDA e codifição, além de tempo e equipe disponíveis.
Qual o escopo de dados e tópicos que estão sendo buscados? Cultura? Economia? Meio ambiente? Família? Educação? Redes Sociais? Estratificação? Definindo bem isto, as perguntas específicas podem ser realizadas.
A etnografia procura por: eventos espontâneos e comportamentos; relação com ambientes internos e externos; interações. McPhee explica o processo de análise, baseado na Grounded Theory:
As abordagens e ferramentas de análise podem ser variadas. Fala do armazenamento de dados e padrões à mão livre, uso do excel para formalizar e cruzar informações e uso de softwares especializados como o Atlas/ti.
16 estilos de performance nas mídias sociais
O Klout é um aplicativo de análise de perfis em mídias sociais. Atualmente analisa Twitter e Facebook e analisará, em breve, LinkedIn e Foursquare. A partir de métricas como número de seguidores, retweets, replies, likes, comentaristas únicos, ‘retweeters’ únicos e outros, o Klout oferece um escore (chamado de Klout Score) e analisa “Rede”, “Amplificação” e “Alcance”. Nos últimos meses, o Klout tem recebido mais destaque através de diversas análises (veja aqui, aqui e aqui), críticas (como esta, esta e esta) e tutoriais de como aumentar o escore (como este). Além disso (talvez também como causa e consequência), seus escores começaram a ser incorporados em softwares de monitoramento e análise como o Radian6.
Atualmente estou analisando o Klout e parece que debate sobre a ferramenta e seus recursos promete ganhar mais destaque no Brasil, uma vez que teremos a participação de um de seus representantes no SMBR 2011. Então vale colaborar com o debate. Comecemos com a listagem de seus estilos de performance nas mídias sociais.
Entre os recursos mais interessantes e controvertidos do Klout, temos o “Klout Style”, que classifica os perfis em 16 estilos diferentes de performance nas mídias sociais. A partir de uma matriz entre Ouvir x Participar, Criar x Compartilhar, Geral x Focado e Casual x Consistente, os estilos são os seguintes:
Curator: “Você destaca as pessoas mais interessantes e descobre o melhor conteúdo na web para compartilhar com uma larga audiência. Você é uma fonte de informação crítica para sua rede. VOcê tem uma habilidade impressionante de filtrar grande quantidade de conteúdo e descobrir as gemas que realmente interessam sua audiência. Seu trabalho árduo é bastante apreciado.
Broadcaster: “Você dissemina ótimo conteúdo que se espalha como fogo grego. Você é uma fonte essencial de informação em seu setor. Você tem uma audiência grande e diversa que valoriza seu conteúdo.”
Taste Maker: “Você sabe o que você gosta e sua audiência gosta do mesmo. Você sabe o que é tendência, mas você faz mais do que seguir a multidão. Você tem sua própria opinião e ganha respeito de sua rede.”
Celebrity: “Você não pode ficar mais influente do que isto. As pessoas confiam em cada palavra e compartilham seu conteúdo como não fazem com nenhum outro. Provavelmente você é famoso na vida real e seus fãs simplesmente não ficam satisfeitos.”
Syndicator: “Você mantêm abas no que está em tendência em quem é importante de observar. Você compartilha o melhor disso com seus seguidores e os poupa de procurar por si mesmo. Você provavelmente foca em um tópico específico ou atende a uma audiência bem definida.”
Feeder: “Sua audiência confia em você esperando um fluxo firme de informação sobre seu setor ou assunto. Sua audiência é viciada nas suas atualizações e secretamente não vive sem elas.”
Thought Leader: “Você é um líder de opinião no seu setor. Seus seguidores confiam em você não apenas para compartilhar as notícias relevantes, mas também para dar suas opiniões nos assuntos. As pessoas procuram você para ajudá-las a entender o desenrolar do que ocorre. Você entende o que é importante e sua audiência valoriza isto.”
Pundit: “Você não apenas compartilha as notícias, você cria as notícias. Como um sábio, suas opiniões são disseminadas e altamente confiadas. Você frequentemente é reconhecido como um líder em seu setor. Quando você fala, as pessoas ouvem.”
Dabbler: “Você deve estar apenas começando na web social ou talvez você não está empolgado. Se você quer aumentar sua influência, tente engajar com sua audiência e compartilhar mais conteúdo.”
Conversationalist: “Você adora se conectar e sempre tem os últimos furos. Boa conversação não é só apenas uma habilidade, é uma arte. Você pode não saber disto, mas quando você está espirituoso, seus seguidores esperam cada palavra.”
Socializer: “Você é um hub das cenas sociais e as pessoas contam com você para descobrir o que está acontecendo. Você é rápido em conectar pessoas e prontamente compartilha sua habilidade social. Seus seguidores apreciam sua rede e generosidade.”
Networker: “Você sabe como se conectar com as pessoas certas e compartilhar o que é importante para sua audiência. Você generosamente compartilha sua rede para ajudar seus seguidores. Você tem um alto nível de engajamento e uma audiência influente.”
Observer: “Você não compartilha muito, mas segue a web social mais do que percebe. Você pode gostar mais de observar do que compartilhar ou está checando o ambiente ao invés de pular de cabeça.”
Explorer: “Você engaja ativamente na web social, constantemente tentando novas formas de interagir e de fazer networking. Você está explorando o ecossistema e fazendo funcionar pra você. Seu nível de atividade e engajamento mostra que você “entendeu”, nós prevemos que você vai evoluir.”
Activist: “Você tem uma ideia ou causa que você quer compartilhar com o mundo e descobriu a mídia perfeita para isso. Sua audiência conta com você para defender sua causa.”
Specialist: “Você pode não ser uma celebridade, mas em sua área de expertise sua opinião não é ultrapassada por ninguém. Seu conteúdo deve ser focado em torno de um tópico ou setor específico com uma audiência focada e bastante engajada.”
O que você acha dessas classificações e descrições? Visite o Klout, analise sua presença online e comente!
Mídias Sociais: a próxima fronteira para text analytics
Catherine van Zuylen, da Attensity, foi uma das palestrantes no evento “Listening is the New Asking“, promovido pela NewMR em março. Sua palestra, com o tema “Social Media: The Next Frontier in Text Analytics” discute o monitoramento e análise de mídias sociais com a utilização de técnicas de análise textual. abaixo segue um pequeno resumo de alguns tópicos principais da palestra:
Consumidores pedem mais proximidade – dados da SNCR
93% dos consumidores acreditam que uma organização deve estar presente nas mídias sociais
60% dos consumidores dizem que já interagiram com empresas nas mídias sociais
59% usam mídias sociais pra “disseminar” frustrações sobre serviços
72% utilizam mídias sociais para pesquisar reputação de organizações
74% decidem com quais empresas farão negócios baseados nas experiências de consumo compartilhados por outros em mídias sociais
Conversações são “possuídas” por diferentes departamentos
Serviço ao Consumidor (levantamentos, CRM, emails…), Marketing (levantamentos, grupos focais), Equipe de Mídias Sociais (Twitter, Facebook, Comunidades): é preciso reunir e combinar as relações com os consumidores.
Para criar um panorama do consumidor a partir de todos esses dados, é preciso: ouvir, analisar, relacionar e agir
O esquema acima é dividido em quatro parte: ouvir, analisar, relacionar e agir.
Ouvir: usar Fontes Internas como levantamentos, chats, emails e centro de contato; e usar Fontes Externas como Twitter, Facebook, sites de resenhas, e blogs
Analisar: extração de entidades (pessoas, produtos, companhias); extração exaustiva; sentimento; “vozes”; categorizações “fora da caixa” como métricas de call center, qualidade, problemas resolvidos; categorias customizadas.
Relacionar: compras; devoluções; inventários; net promoter score; taxas de satisfação.
Agir: alertas e avisos prévios; relatórios e visualizações; análises, explorações e buscas ad hoc; resposta.
Os ambientes sociais ganham destaque, mas uma visão multi-canal abrangente é a chave
Empresas, seus setores, agências e softwares devem lutar para conseguir integrar esforços e relacionar dados e informações provenientes de diversos canais. Mídias sociais não existem num vácuo, deve ser alinhada à feedback dos consumidores, marketing e processos de serviço. Os gestores e analistas de mídias sociais devem estar em contato constante com os colegas nos diferentes departamentos das empresas.
Análise Multi-Canal ajuda a…
– Identificar problemas cedo
– Reduzir categorizações incorretas de problemas
– Entender o que pode afetar taxas de resposta
– Identificar comportamentos de consumidores como intenção de compra, recomendação, agitação etc
– Descobrir problemas potenciais nos produtos e serviços a tempo
– Coletar indicadores para alimentar os modelos preditivos
É preciso relacionar sua análise multi-canal e estratégia de engajamento com seu negócio e valores
– Que grupos interagem com seus consumidores (atendimento, vendas, jurídico, marketing…)?
– Como coordenar estes grupos para entender melhor o consumidor?
– Como organizar o atendimento ao consumidor – em torno de canal, tipo de problema, língua etc?
– Como responder aos clientes? Como reagir à reclamações? Como agradecer a clientes fiéis?
– Que ações de follow-up são realizadas?
Os Numerati, por Stephen Baker
Conceito interessante do pesquisador Stephen Baker, bastante útil para pensar as profissões da comunicação digital, cada vez mais calcadas em análises e pesquisa de marketing. Cita um exemplo de uma consultoria que segmentou os americanos em 10 “tribos”, para analisar seus perfis de voto e estratégias de persuasão necessárias.