Entrevista com Juliano Kimura, criador do Social Brunch

Cerca de 6 anos atrás, o grande medidor dos fluxos de informação nas mídias sociais era o Technorati. Quem já trabalhava na área de “mídias sociais” na época lembra com saudade a expectativa para os relatórios anuais da Technorati, que saíam a cada ano. O diretório de blogs conseguia medir a web social em um momento em que a blogosfera recebia todos os merecidos holofotes da imprensa, profissionais e públicos. Hoje, apesar da blogosfera continuar forte e ativa, outras plataformas – muradas e fechadas como o Facebook – ganharam mais visibilidade e, especialmente no Brasil, parece que o mercado de comunicação tem subestimado sua força.

socialbrunch

Então é com um olhar muito positivo que vejo iniciativas como a Social Brunch, que ajudam blogueiros e empresas a se conectarem. Segue abaixo uma rápida entrevista com o Juliano Kimura que, além da Social Brunch, também é idealizador e diretor da Trianons.

juliano kimura

Fala um pouco sobre o projeto Social Brunch, Kimura? Como surgiu, qual o objetivo e quem está envolvido?
A ideia do projeto surgiu simplesmente por demanda. Participando de reuniões com clientes e prospectos, percebi que muitos acabavam pedindo um relacionamento com blogueiros. Teve dois momentos importantes: um quando um dos clientes pediu um Café da manhã com blogueiros dentro da empresa dele e outro quando pesquisei sobre lista e diretório de blogueiros não havia nenhum site que atendia essa necessidade.  Primeiramente busquei um parceiro de desenvolvimento e fechei com a clicinterativa.com.br, uma pequena empresa de Limeira, interior de São Paulo. Fechamos um contrato de parceria e colocamos o projeto no ar em tempo recorde, um mês.  Outros envolvidos no projeto são: Daybook e Usina Reality.  O objetivo principal é criar interação entre empresas e blogueiros. Blogueiros de todos os tipos: Vlogueiros, twitteiros, facebookeiros e todos os outros eiros. O planejamento dos recursos da plataforma foram estudados para criar um ambiente favorável pra isso. Queremos promover eventos: Brunchs, palestras e até conferências dentro de outros eventos. Promover o networking e a troca de experiência.

Qual o papel dos blogs em tempos da hegemonia de Facebooks Ads e a relativa crise do conteúdo orgânico nas fan pages?
Existem três pilares do marketing digital: SEO, SEM e SMM. A grande verdade é que os Blogs nunca perderam sua importância, mas foram muito ofuscados pelas novas tendências. Um blog bem escrito e conectado com as redes sociais tem grande relevância na internet. O blog dentro dessa estratégia multiplataformas pode ser considerado a âncora. É dos blogs que nascem os posts nas redes sociais, o blog consolida o trafego gerado pelos canais sociais e tangibiliza os resultados.

Com as mudanças constantes nas mídias sociais, propriedades de marca são alternativas mais sólidas, mais usadas por relativamente poucos. Qual o estado dos blogs corporativos?
Os blogs corporativos tem, em muitos casos, uma utilização equivocada ou um uso inadequado. Falta conteúdo relevante ou intimidade com a estratégia de conteúdo. Um bom blog corporativo é como um jardim deve ser cultivado. É necessário frequencia nos artigos, relevância e um bom planejamento. Não apenas isso, é necessário ter relacionamento com outros blogueiros e parceiros. Caso contrário, o blog é apenas uma lição de casa mal feita. Sem relevância e sem resultados.

O que as mídias sociais nos reservam para este ano de 2014, na sua opinião?
Estamos vendo um colisão de valores entre as gerações. Millennials , baby boomers e nativos digitais. Acredito que 2014 veremos mais atitudes e muitas mudanças. O acesso a informação e o não-conformismo vão tornar as pessoas mais criticas. Esse ambiente propicio para mudanças pode criar um comportamento nômade digital. Aplicativos, novas redes sociais e um mundo de novos canais. Todos espalhados e, ao mesmo tempo, juntos.

Monitoramento de Mídias Sociais – uma visão brasileira

Recentemente tive o prazer de ser entrevistado por Stephen Rappaport, autor do excelente livro Listen First! e Knowledge Solutions Director da ARF. O Steve perguntou sobre o e-book Para Entender o Monitoramento de Mídias Sociais, sobre quais métricas levo em consideração e sobre como o Brasil está evoluindo no tema. Veja abaixo:

Steve: What is your view on social media metrics? Which ones are helpful? Where is improvement needed?

Tarcizio: There is yet a great confusion regarding the definition of metrics for social media. You can tell by the market, both the Brazilian and international, that there are dozens of methodologies that were proven effective for some needs, but there is little standardization. Actually, I think that each agency should produce their own methodologies, but from universally accepted criteria.

Particularly, I find it interesting to establish metrics for communication and financial metrics. Three groups of metrics of communication are basic for a good social media monitoring aimed at analysis and performance optimization. The first, Reach, is also the one most valued by brands accustomed with traditional media metrics. The total number of people actually or potentially reached by the messages is important to understand how the brand can achieve touch points with consumers.

Engagement allows us to assess what is driving the actions of audience interaction and fans. Through engagement metrics, you can optimize content, know better the audience. Sentiment metrics, coupled with good classification and tagging planning, makes possible to identify how aspects, products, stages of communication and stages of sale are performing. The sentiment analysis has been the bastion of social media monitoring and is used until its exhaustion, but it is still essential when associated with intelligence information.

The financial metrics are more varied, but you must set them in an integrated manner with those responsible for the business, sales teams, customer service, HR, knowledge management, BI etc…

I think that more than the metrics improvement, we need better professionals and their ability to develop and apply qualitative methodologies. And this involves the understanding that social media monitoring is not a new and isolated discipline, on the contrary, it is related and should be better integrated with the marketing research, competitive intelligence and business.

[Leia o resto da entrevista]

Monitoramento, Mensuração e Blogs Profissionais

Nos dois últimos meses tive o prazer de dar duas entrevistas e escrever um artigo pra três sites que admiro: Midiatismo, Web Diálogos e Gogojob. Abaixo alguns excertos e links:

Análise, métricas e mensuração. Entrevista com Tarcízio Silva, no Midiatismo
Muitos estudantes e profissionais se interessem pela área de monitoramento e análise de marketing digital. Para estas pessoas, o que você indicaria para seguir uma carreira nesta área?
Primeiro, tem de aprender muito sobre comunicação e comportamento. Ao aprender sobre comunicação e comportamento vai entender, por exemplo, as motivações que levam as pessoas a comentar sobre suas práticas de consumo, sobre as dinâmicas de persuasão e conformidade que estão em jogo, sobre modos de engajamento e envolvimento e como avaliar cada ação comunicacional dos indivíduos.

Em segundo lugar, tem de aprender em sobre pesquisa de marketing, um pouco de estatística, visualização de informações e sobre o máximo de softwares que puder. As particularidades sociotécnicas da prática da análise e monitoramento de mídias sociais são muito importantes.

É a etapa em que o profissional realmente vai poder mostrar seu valor através do rigor da pesquisa, do modo pelo qual trata os dados e os apresenta.

Mas, depois de tudo isso, o profissional que realmente vai se destacar é aquele que aprende a aprender e quer continuar aprendendo. A web, as mídias sociais e os comportamentos mudam muito rapidamente. Dessa forma, o profissional de monitoramento e análise deve também ser um pesquisador e produtor de conteúdo para sempre. Só assim vai estar atualizado e com diferenciais em relação a seus concorrentes, por entender as mídias sociais e comportamentos no momento em que eles estão acontecendo. [leia mais no Midiatismo]

Blogs: o que eles dizem de você como profissional, no Gogojob
listei algumas dos papéis que blogs podem exercer em processos seletivos, ligando a competências profissionais que podem ser percebidas por um empregador.

Dedicação. Em nenhum campo da vida, os resultados vem da noite pro dia. É preciso trabalhar com afinco para chegar aos objetivos. Um profissional que se dedica ao blog mostra que entende a importância de investir em ações que vão ter resultados de médio e longo prazo.

Referências. Uma pessoa pode mentir muito no currículo, mas algumas mentiras não se sustentam depois de quatro ou cinco postagens. Através de um blog é possível perceber as referências intelectuais que a pessoa armazenou ao longo do tempo. A citação a um curso em um currículo vale muito menos do que um texto bom e original sobre o tema.

Argumentação. Seja planejamento, produção de conteúdo ou analista de métricas, o comunicador sempre precisa convencer alguém. Precisa convencer o cliente da agência, o consumidor dos clientes ou mesmo outro setor ou coordenador. O modo pelo qual o profissional defende suas ideias em seu blog é um bom indicador de sua capacidade argumentativa.

Ética. Qual o rigor desta pessoa em relação ao conhecimento? E o respeito em relação aos outros? Recursos básicos como indicação de fontes, citação aos trabalhos que inspiraram o texto e rigor na construção do conteúdo mostram se o blogueiro se preocupa com a ética. Se alguém realiza plágios em seu blog pessoal, imagina o que não faria nas mídias sociais de uma empresa?… [leia mais no Gogojob]

 

Web Diálogos com Tarcízio Silva sobre monitoramento em mídias sociais
Qual a importância do monitoramento para uma ação de mídias sociais?
A importância do monitoramento de mídias sociais, hoje, perpassa toda a comunicação de empresas que tenham como mercado países com uma relativa penetração de usuários de internet.

Defini o monitoramento de marcas e conversações como “a coleta, armazenamento, classificação, categorização, adição de informações e análise de menções online públicas a determinado(s) termo(s) previamente definido(s) e seus emissores, com os objetivos de: (a) identificar e analisar reações, sentimentos e desejos relativos a produtos, entidades e campanhas; (b) conhecer melhor os públicos pertinentes; e (c) realizar ações reativas e pró-ativas para alcançar os objetivos da organização ou pessoa de forma ética e sustentável”.

Ou seja, o monitoramento tem como principal importância o acesso e inteligência sobre os dados que milhões de pessoas produzem todos os dias sobre os mais variados temas. Se estamos em um mundo altamente globalizado e interligado, no qual o consumo é um fator de construção identitátia, isso significa que as pessoas estão frequentemente falando de suas atividades de consumo, compras, desejos, insatisfações. Estas opiniões são expressas geralmente de modo espontâneo e, por isso, devem ser observadas.

Para campanhas e ações específicas em mídias sociais, o monitoramento pode ser utilizado em todas as etapas. Durante o planejamento e criação, pode ser utilizado para: descobrir onde os consumidores estão; avaliar influenciadores para ações de seeding; descobrir quais assuntos estão engajando o público; perceber o que os concorrentes estão fazendo etc. Durante a campanha, o monitoramento pode ser utilizado para: realizar relacionamento com os interessados na marca/produto; descobrir menções à campanha; coletar dados das pessoas engajdas nas seções de Social CRM; prever crises e problemas etc. Depois da campanha, o monitoramento pode ser usado para: avaliar resultados da campanha; identificar pontos fortes e fracos a serem utilizados ou evitados na próxima campanha; mostrar a importância das mídias sociais para o cliente etc.

Ou seja, o monitoramento de mídias sociais deve ser visto tanto como fonte de dados para planejar ações, como ferramenta de relacionamento e como ferramenta de avaliação e inteligência. [leia mais no Web Diálogos]

10 definições de influência nas mídias sociais

Quem assina o blog pôde acompanhar em julho uma série de entrevistas sobre Influência nas Mídias Sociais. Para fazer a recompilação em uma única postagem, seguem as dez definições e links para as entrevistas completas:

Leandro Reinaux Almeida
Influência é o poder de convencimento/propagação de informação dentre um determinado grupo de pessoas. A importância de medir a influência é ter um feedback da participação em uma rede social, se a sua influência é baixa, provavelmente você participa pouco ou seu conteúdo não está adequado para o seu público. Além disso, influência pode ser importante para determinar o sucesso de uma campanha/participação de uma marca nas redes sociais ou as vezes para encontrar canais de distribuição de informação.

 

Eduardo Prange
Enxergo influência como algo que deve ser medido com muita cautela. Antes de se pensar na influência, acredito que precisamos saber informações estratégicas de onde as empresas estão inseridas. Mapear os perfis do seu público de interesse, concorrentes, mercado e uma definição clara dos objetivos estratégicos da empresa (onde se quer chegar) para que aí sim identifique-se o que precisa ser medido. No meu ponto de vista a influência passa a ser relevante a partir deste momento. Mapear quem são os principais defensores e agressores de sua empresa passa a ser algo estratégico no momento em que você tem clareza doque fazer com estas informações e efetivar ações para o aperfeiçoamento constante.

 

Patrícia Moura
Se a recomendação é a essência do marketing digital, a influência é o fator chave para mensurarmos esta essência. Podemos tomar como influência a autoridade que um usuário tem para falar sobre um produto ou serviço e, dessa forma, a capacidade de persuadir a sua rede de contatos a aderir ou não a estes produtos e serviços. Aí está o seu poder e relevância.

 

Paulo Milreu
Acho impossível definir a influência nas mídias sociais. Acho que podemos apenas estimá-la, nos baseando em alguns métodos e indicadores dessa influência, e a partir daí construindo uma “história” de resultados que comprovem essa dita influência. Um exemplo seria adotar o Klout, olhando seus 4 indicadores, para perfis que citam a marca (entendendo perfis como pessoas ou organizações com todas as suas redes sociais, e não contas em redes sociais separadamente) e criar assim uma análise histórica do relacionamento.

 

Sérgio Salustiano
Definiria como a capacidade de mobilização, interação, afiliação e até mesmo mudança de percepção de um produto, serviço ou campanha. Medir a influência e os laços que ela cria é gerar ferramentas e/ou inteligência capaz de munir os diversos setores (planejamento, criação, mídia, gerência, entre outros) de como trabalhar, atender e atingir o seu público-alvo.

 

Israel Degásperi
Eu defino influência pelo feedback que você tem nos canais. Não importa o número de seguidores ou de fãs, mas sim o número de respostas para uma determinada pergunta, número de interações ou o quanto o seu conteúdo foi replicado além do interesse dessas pessoas no seu negocio e tipo de conteúdo que você compartilha. Você sabendo isso, consegue sempre alinhar seu conteúdo pelos interesses dos seus stakeholders, por isso é tão importante medir esses parâmetros.

 

Nino Carvalho
Acho que se trata da capacidade de um ator social modificar o comportamento de outro ator como consequência das suas interações no ambiente digital. A importância de se conhecer e medir com precisão essa variável é que a organização poderá ter mais chances e mais controle na indução ou provocação de determinados comportamentos de seus públicos.

 

Rosário de Pompéia
A influência só pode ser medida a partir de um histórico da marca. A influência é medida a partir do cruzamento de dados quantitativos com qualitativos. O que fala da marca? Para quem fala? Como influencia e quem influencia. A importância de medir é conhecer o que faz uma pessoa se tornar fã da marca e potencializar os seus aspectos positivos. Da mesma forma, compreender e tentar ajustar as críticas. A importância não é apenas medir, mas extrair valor estratégico das informações coletadas para a gestão do negócio da marca. Nessas informações podem existir oportunidades, desafios, riscos para o negocio da empresa. Além de medir, é preciso qualificar essa informação e extrair dados relevantes e torná-los em conhecimento.

 

Érika Heidi Focke
Na minha opinião, a influência é a capacidade que alguém tem de direcionar, em algum nível, 2 coisas extremamente importantes: pensamentos e ações. Pensamentos e ações em mídias sociais geram repercussão, o que permite sua mensagem ser propagada para mais longe, e influenciar os pensamentos e ações de mais pessoas… é um efeito cascata, que pode servir para vários objetivos, sejam eles pessoais, publicitários ou de causas sociais, por exemplo. A forma com que um usuário de mídia social enxerga você e classifica as suas opiniões (em grau de relevância) diz muito a respeito da influência que você exerce sobre aquele usuário, e por isso é de extrema importância encontrar meios de medir essa influência. Sob uma visão publicitária, é importante conseguir identificar as pessoas com muita influência em uma rede, pois elas terão um alcance e retorno muito maior ao propagar uma mensagem.

 

Mariana Oliveira
Pra mim, é impossível separar influência de outras duas palavras: contexto e público. Influente para que público? Em que situação? Uma pessoa considerada influente no Twitter pode estar associada a um grupo (blogueiras de moda, por exemplo) e não exercer nenhuma influência em outros grupos. Então creio que só podemos identificar os “influentes” nas mídias sociais depois de delimitarmos qual público desejamos atingir. Partindo desse mapeamento, a influência é a capacidade de propagar uma mensagem para um grupo específico, seja para esclarecer ou engajar, abrigando variáveis como confiança e credibilidade. É uma forma de poder/autoridade em alguma área, fruto do reconhecimento público, e que pode ser determinante em diversas situações, como processos de decisão de compra, por exemplo.

Medindo a influência nas mídias sociais [8]: entrevista com Rosário de Pompéia

Mais uma entrevista da série “Medindo a Influência nas Mídias Sociais“, que está debatendo práticas de mensuração e monitoramento nas mídias sociais relacionadas à produção de índices e escores de influência.

Para dar mais uma contribuição ao debate, conversamos com Rosário de Pompéia, mestre em Comunicação Social pela UFPE, jornalista, pós-graduada em ciências políticas e Diretora de Operações da Le Fil, assessoria em mídias sociais,.

O que define a influência nas mídias sociais, para você? Qual a importância de medi-la?
A influência só pode ser medida a partir de um histórico da marca. A influência é medida a partir do cruzamento de dados quantitativos com qualitativos. O que fala da marca? Para quem fala? Como influencia e quem influencia. A importância de medir é conhecer o que faz uma pessoa se tornar fã da marca e potencializar os seus aspectos positivos. Da mesma forma, compreender e tentar ajustar as críticas.

A importância não é apenas medir, mas extrair valor estratégico das informações coletadas para a gestão do negócio da marca. Nessas informações podem existir oportunidades, desafios, riscos para o negocio da empresa. Além de medir, é preciso qualificar essa informação e extrair dados relevantes e torná-los em conhecimento.

Como as agências de mídias sociais devem selecionar as ferramentas principais e as ferramentas de apoio na gestão da comunicação digital? Quais são os critérios e desafios?
Antes de definir o sistema, é importante saber qual é o objetivo da marca a ser monitorada nas mídias sociais. A partir do objetivo, é que será traçado o planejamento que irá definir os indicadores para avaliar a gestão.

O desafio é ter técnicos preparados para avaliar os diversos índices e encontrar as oportunidades tão desejadas pela marca monitorada.
Alguns critérios para definir ferramenta são: credibilidade, possibilidade de cruzamentos de dados, confidenciabilidade das informações.

Como transformar os dados especializados e específicos das mídias sociais em informações compreensíveis e úteis para os clientes?
Esse é o diferencial. Os dados são commodities, logo, precisam ser entendíveis a partir da rede social que está inserido. Não adianta ter dados sem cruzar com os negócios de uma marca, sem os dados de mercado. É preciso entender do negócio e produzir relatórios que, de fato, embasem estratégias. Cada marca/pessoa ou projeto possui um relatório customizado, personalizado. É preciso compreender a informação, trazer para o campo estratégico e tornar um conhecimento para a marca.

Analistas de comunicação digital terão, algum dia, um escore básico e consensual no mercado para se basear? O Klout Score está tentando virar esse índice padrão, mas será que ele – ou qualquer outro – conseguirá?
Acho difícil. Não acredito que um único índice poderá resumir o posicionamento de uma marca nas mídias sociais. Aqui podemos destacar, ainda, que as marcas possuem estágios diferentes. Além disso, públicos diferentes. E as marcas que possuem estratégias de regionalizar perfis? Poderão ser comparadas com perfis nacionais? Cada marca tem um objetivo nas mídias sociais! Talvez, poderemos chegar a um momento em que ocorra um consenso dos analistas na utilização de alguns é indicadores de análise, mas não acredito em escore básico.

Que avanços futuros são necessários para a mensuração e monitoramento das mídias sociais?
O desafio é mensurar o qualitativo, medir emoções, medir insights. O monitoramento, cada vez mais, irá trazer tendências, oportunidades para as marcas. E a tarefa de analisar esses dados se tornará mais complexa exigindo a utilização de equipes multidisciplinares nas Assessorias de Mídias Sociais para poderem extrair o máximo de oportunidades. Esse é um desafio novo. As mídias sociais não é mais um terreno apenas de comunicadores, mas das diversas ciências.

>  As entrevistas passadas dessa série podem ser vistas através da tag entrevistas – influencia.