Revista Fraude #6

O sexto número da minha querida revista Fraude foi lançado em 28 de novembro em Salvador. Vários fatores atrasaram minha resenha, mas agora não tenho mais desculpas. Foram disponibilizadas online a versão digital da revista e o vídeo do programa Soterópolis, sobre o lançamento:

Minhas opiniões são menos suspeitas desta vez porque minha participação nesta edição se limitou à co-autoria da matéria sobre toy art na Bahia, à diagramação das páginas da mesma matéria e alguns pitacos para o diretor de arte, Rodrigo Lessa, que fez um trabalho muito melhor do que fiz no número anterior.

Pois bem. Além da matéria sobre toy art, “Artistas de Brinquedo’, gosto muito dos textos sobre o mercado de animação e sobre a música religiosa. Foi nessa matéria que conheci alguns dos versos mais bonitos da história da música brasileira:  “Bolo doido, bolo doido! Eita bolo doido! A vida sem Jesus é bolo doido!”. Concordo!

Também foi realizado um perfil de uma designer, realizado exclusivamente atráves de mídias sociais, sem a mesma saber: Orkut, MySpace, Blogspot, Flickr, Deviant.art etc. Posteriormente tive alguns contatos com Rebecca Agra, que me ajudou até no TCC (!) e merece a indicação.

Se no número anterior o uso de elementos sequenciais nas diagramações se fez mais presente, dessa vez o recurso é utilizado na capa! A equipe de arte produziu as fotografias de Wendell Wagner e já brindam o leitor no primeiro passar de página.

Novamente, a dupla da seção de curtas Preliminares é um ponto alto da revista. Usando técnicas simples de colagem, a composição ficou clara e apropriada para a seção.

No centro da revista o núcleo temático, posicionado logo após uma crônica sobre sexo virtual, trata de colaboração em software e no cinema. A literatura via/de/com Twitter também marca presença. Fechando o miolo da revista, uma história em quadrinhos jornalística, sobre a marcha da maconha em Salvador e reapropriações da marca Macaquicha por ilustradores baianos. Na contra-capa um paper toy  freudiano de Brian Gubizca e Matt Hawkins.

Se você é soteropolitano, deixe de ser mão-de-vaca e tenha em mãos a edição impressa do que o PetCom generosamente colocou no Issuu. São apenas dois reais!

Eyetracking the News – A Study of Print and Online Reading

eyetracking-the-news-study-print-online-readingLeitores de jornais online costumar ler mais conteúdo do que em jornais impressos! Essa foi uma das descobertas inesperadas da pesquisa Eyetracking the News – A Study of Print and Online Reading, do Poynter Institute. O livro, escrito por Pegie Stark Adam, Sara Quinn e Rick Edmonds reúne os resultados de experiências realizadas em 2007, com os jornais Philadelphia Daily News, Rocky Mountain News, St. Petersburg Times e Star Tribune. Esses quatro publicam dois jornais standard, dois tablóides e dois onlines  que foram os objetos de pesquisa.

Foram 605 participantes da pesquisa, que toparam usar um óculos especial que rastreava a trajetória do olho na leitura. Dessa forma, pode-se quantificar a quantidade de “paradas” dos olhos, caminhos de leitura, tempo de leitura de cada elemento – textual ou gráfico – e por onde se “entra” na página, só pra citar alguns dos fatores analisados.

O prefácio é feito por ninguém menos que Mario García, pesquisador, consultor e dono da García Media. Todo o livro é bem “americano”: muitos gráficos, muitos dados e a crença quase absoluta no peso dos números.

O índice traz:
– Reading Depth
– Reading Patterns
– Reading Sequences
– Story Packaging
– Photographs & Graphics
– Advertising
– Click-throughs

É um livro que interessa a várias áreas da comunicação, portanto. Sobre a publicidade, por exemplo, o livro foi uma das bases de relatório produzido por Breno Fernandes para o Observatório de Publicidade em Tecnologias Digitais. Abaixo, os slides de “Publicidade em Sites de Notícia”:

+ Leia Cor, Contraste e Volume no Design de Notícias, outra pesquisa realizada pelo Poynter Institute

Uma guia completo para fazer seu trabalho de conclusão de curso

textual-visual-guia-completo-trabalho-conclusao-cursoNa verdade, o livro chama-se “Do Textual ao Visual – um guia completo para fazer seu trabalho de conclusão de curso“. A publicação, da editora Novas Idéias, foi escrita por Denise de Mello Bobány e Roberta Rollemberg Cabral Martins. A primeira é professora de medicina veterinária, a segunda de zootecnia.

Recusei-me a botar no título do post o início do título “Do Textual ao Visual” porque o vi pela primeira vez em uma prateleira entre livros de design. Este livro NÃO é sobre design, loja louca… O “subtítulo” é muito mais preciso. De fato, é um guia bem completo. É dividido em “passos”:

1º Passo – O Trabalho de Conclusão de Curso
2º Passo – Como Apresentar seu TCC
3º Passo – Publique seu Trabalho

O primeiro passo trata de como escolher tema, orientador, revisão bibliográfica, formatação, regras ABNT e é finalizado com um guia bem detalhado, com imagens, de como usar o Word para formatar a monografia direitinho.

Em seguida, o segundo passo começa dando dicas de como “vencer o medo de falar em público”, para em seguida falar de recursos audiovisuais em sentido lato e, finalmente, outro guiazinho, desta vez de como usar o Powerpoint.

O último passo, por fim, explica como publicar trabalhos em periódicos e congressos, seja em forma de pôster, apresentação oral ou artigo. Depois da bibliografia, mais 30 páginas com modelos e referências

Confesso que, para mim, que já passei por vários grupos de pesquisa e já  estou atrasado um semestre na escrita do TCC, não trouxe grandes novidades. Mas se você está no meio do curso, escrevendo anteprojeto ou confuso com as regras ABNT, é uma ótima compra.

– Compare preços de Do Textual ao Visual – um guia completo para fazer seu trabalho de conclusão de curso

Revista Lupa #5

A revista Lupa lança seu quinto número, produzido pela turma da disciplina Temas Especiais em Comunicação 2008.1. A demora foi fruto de problemas burocráticos típicos brasileiros. Mas não é isso que importa aqui, e sim a qualidade da publicação.

Pois bem. Logo na capa, a melhor até agora, em minha opinião. É uma montagem sobre foto de Jacques Wagner, atual governador da Bahia, bem jovem. No “embalo” dos 40 anos completados desde 1968, a matéria “Nada Será como Antes”, escrita por Edna Matos e Samuel Barros discute o engajamento  político da juventude e conseguiu fotos de arquivo de políticos baianos, quando jobens. Interessante e curiosíssima a pa´gina com imagens de Olívia Santana, Lídice da Mata, Geddel Vieira Lima e outros.

Um pouco depois, uma dupla sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano inspirou o infográfico mais elaborado já produzido na Lupa. Usando a estrutura do Banco Imobiliário, faz um bom panorama de problemas, soluções e interesses literalmente em jogo nessa questão.

Mais à frente, esta Lupa continua mais “séria” do que seus outros números e descobriu como escolas militares “ensinam” a história do “Dia da Revolução Democrática de 1964”.

O ensaio fotográfico da seção Impressões, por Caio Sá Telles e Mariele Góes, traz um tema que gosto: “anjos caídos”. Ainda há textos sobre arte cemiterial, rpg, convergência e mais.

Cultura Pop Japonesa & Mangá: o poder dos quadrinhos japoneses

cultura-pop-japonesa-sonia-luytenEnquanto passeava pelo Google Books, descobri que estes dois livros da Sonia Maria Bibe Luyten estão disponíveis inteiros e gratuitos!

Sonia Luyten é uma das maiores pesquisadoras de quadrinhos no Brasil e, certamente, a maior pesquisadora de mangás. Já tive a oportunidade de ler Cultura Pop Japonesa. Neste livro, a pesquisadora organizou e reuniu quatorze artigos e duas transcrições de palestras sobre mangás e animes. Os textos tratam de estética, história, educação, economia, produção gráfica etc. Entre os autores estão Sidney Gusman, Alfons Moliné, Erica Awano e José Marques de Melo.

Mangá: o poder dos quadrinhos japoneses, por sua vez, foi todo escrito por Sonia Luyten e traz os capítulos:  Histórias em quadrinhos japonesas – o poder da comunicação do século XX; História e expansão dos mangás; A internacionalização dos mangás; Mangá, o ópio de cada dia.

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