Drexter

Drexter é uma revista de arte e cultura com uma seleção de trabalhos particularmente boa, principalmente a fotografia. A imagem acima está no primeiro número, do ensaio fofo “Dreams of Flying”, de Jan Van Holleben. Traz várias entrevistas e reportagens, que não faço a mínima idéia se são boas ou não, porque não leio indonésio.

Cadernos de Tipografia

A imagem ao lado é a capa do quarto Cadernos de Tipografia. Atualmente no seu nono número, a publicação é disponibilizada gratuitamente no Tipografos.net, portal referência em português sobre tipografia.

O primeiro e o segundo números, ainda tateantes, não tinham um tema ou núcleo definido. A partir do terceiro, entretanto, os cadernos começaram a ser mais íntegros internamente. Neste número, o tema foi Legibilidade. No quarto, da capa ao lado, tipografia da Bauhaus. No quinto, fontes romanas. Em seguida, dois números dedicados a tipografia “Made in USA”. O oitavo, tratou de reformas ortográficas.

O nono e mais recente, por fim, é sobre desenho de fontes. Começa com uma matéria sobre a Fontstruct, ferramenta sobre a qual já escrevi aqui. Mais curioso é o texto sobre Nü Shu, uma escrita exclusivamente feminina de uma região chinesa. Finalizando o caderno, ótimo texto sobre a publicação de Jan Tschichold chamada “Tipografia Elementar.

Zupi #9

Uma revista diferente. Uma revista criada para designers por quem entende de design. Com o conteúdo que os designers querem ver. Pouco texto, muita informação e bastante imagem.”

As informações acima constam na página da Zupi. A revista é assim mesmo, para o bem e para o mal. Em 104 páginas coloridas por r$14, o número nove traz no miolo a seção ‘Galeria’ com 26 páginas de ilustrações. Tenho de mencionar: Marcelo Daldoce (já postei sobre ele), Ninhol, e o Pabllo de Lá Cruz, que não tem site.

O confesso pouco texto se limita a entrevista com Marcos Lopez, matéria sobre Sand Arte e alguns boxes nas seções de perfil e portifólio. Sem dúvida é um “must-have”, mas comprei esperando mais texto, seja jornalístico strictu sensu, seja crítico. Mas, se por um lado ser feita por designers faz com que o produto seja recheado de qualidade visual, por outro a falta de jornalistas fica patente. Na verdade, pra ser rigoroso, há uma (apenas) jornalista responsável, o que reforça a idéia de que é uma proposta “editorial” este formato.

Pra falar de produção gráfica, um pecado surpreendente. Uma fotografia do Marcos Lopez, citação à Santa Ceia, preenche a metade superior da dupla 22-23: adivinha que “personagem” some na dobra? O texto sobre Michael Knapp mais parecem anotações dispersas de um artigo de Wikipedia mal-feito. O texto sobre Sand Art é bom, apesar de burocrático: uma fonte, duas fontes, histórico, outra fonte, ponto final. A revista ainda conta com uma seção chamada “top sites”, com imagens, texto e endereço (claro) de páginas criativas. A capa e contra-capa trazem trabalhos de Yusk Imai. Dentro da revista, injustas duas páginas para o moço, com o melhor texto do número.

Para os leitores soteropolitanos, um aviso. Algo que sempre me desmotivou em comprá-la foi sua distribuição: segundo a página da revista, só é vendida na banca do Aeroporto. Mentira. Achei a minha por acaso. O dono da banca King’s, seu Reginaldo, simpático, atencioso e ávido por vender mais me deu até cartão de visita. Quem quiser comprar, é só ir em sua banca, que fica no Campo Grande ou até ligar antes: 3336-6663 (será intencional?). Trimestral, a próxima sai em agosto. Mas eu deixei um exemplar (o amassado) lá, para outro sortudo.