Não, o título da apresentação do meu sócio Marcel Ayres não é esse. “Ampliando Experiência: Publicidade em Realidade Aumentada“, na verdade, é uma ótima apresentação, tão completa que podia usar aquele título. Se você nunca ouviu falar de realidade aumentada, aprenda o que é. Se já ouviu e gosta, veja alguns cases legais. Se conhece bastante, leia as definições que o @MarcelAyres propõe, assim como a contextualização histórico-social apresentada.
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Núcleo de Estudo e Pesquisa em Publicidade e Propaganda
Quando eu Crescer Quero Trabalhar em Propaganda
Vídeo antigo. Mas juntando a falta de tempo ao dia das crianças, publico esse vídeo sarcático e tristemente realista sobre o trabalho em propaganda:
Casa do Galo
Hoje estreei como colunista na Casa do Galo, blog que sou fã faz tempo. Criado por Diego Jock, este blog é “A casa dos amantes da publicidade e propaganda” desde 2006, trazendo muito conteúdo bom. Para ver meu primeiro texto, é só clicar:
A Ciência da Propaganda, de Claude Hopkins
O livro de Claude Hopkins tem “ciência” no título, mas passa muito longe de ser acadêmico. Porém, trazendo a experiência de um publicitário de sucesso, foi uma tentativa bem sucedida de reunir reflexões sistemáticas sobre a prática.
Como escreve David Ogilvy no prefácio de 1965, Hopkins usa a palavra científica inadequadamente, tem um estilo abrupto, mas, desde a primeira vez em que leu o livro em 1938, David Ogilvy presenteara 379 exemplares a clientes e colegas.
Este livro é, obviamente, um reflexo de seu contexto. A propaganda por cupoms e amostras era largamente utilizada nos Estados Unidos. Se essa realidade não é condizente com o Brasil nem com nossa época, as reflexões e recomendações de Claude Hopkins sobre a importância da mensuração da efetividade da propaganda continuam atualíssimas.
Em 1923, vejam só, Hopkins já alertava para problemas de alguns redatores em fazer anúncios para si mesmo e para os colegas. Se hoje é comum os anúncios “fantasmas” serem os mais populares no meio, já acontecia algo parecido na década de vinte. Entretanto, a propaganda de vendas por reembolso postal – que Hopkins acredita ser o modelo a ser seguido, uma “escola” para qualquer publicitário – representa um controle de cada centavo gasto e de cada centavo de retorno.
Fazendo um paralelo com a publicidade digital, vale pensar sobre a importância no desenvolvimento e rigor das métricas. Se a publicidade de links patrocinados ainda representa mais de 50%, em média, do investimento nesse tipo de publicidade, significa também, em parte, que isso se deve à falta de rigor na apresentação de resultados e retorno de outras modalidades de publicidade digital.
Na verdade, já existem práticas e métricas bem definidas na teoria, mas existe a falta de compromisso de profissionais e agências em utilizarem-na. Por exemplo, o IAB americano já publicou um documento Social Media Metrics Definition. Do lado de cá, no Brasil, o IAB ainda está na cartilha de Search Engine Marketing.
Devido ao custo reduzido (comparativamente) na publicidade digital, uma prática que ganha mais importância são as campanhas-teste, que Hopkins diz, com razão, serem uma ferramenta primordial para garantir a efetividade de campanhas de investimento mais vultoso.
Enfim, entre os 21 capítulos Hopkins fala disso e de muitos outros fatores, como a importância do nome da marca, desenvolvimento de estratégias, propaganda negativa, serviços, relacionamento com revendedores, uso de amostras etc. Recomendo o livro. A leitura é um ótimo exercício de comparação de duas realidades e momentos que, no fundo, não são tão diferentes assim.
Você pode comparar preços do livro no Buscapé: A Ciência da Propaganda. Mas, com 86 anos, o livro já está em domínio público. Baixem em português ou inglês.