Toy Art na Revista Fraude #6

O simpático coelhinho acima é o Smokin Rabbit, um dos exemplares mais famosos de toy art.  Mas que raios é toy art? Isso você pode pesquisar no Google. Mas uma matéria bem escrita – modéstia à parte – sobre os artistas baianos, você só encontra na revista Fraude #6!

Dia 28 de novembro a sexta Fraude será lançada com esta matéria, escrita por mim e Alana Camara. A festinha pra apresentar este número ao mundo, e promover a catarse de todo estresse que os criadores superam, acontecerá aconteceu no Bar Balcão, a partir das 18h, no Rio Vermelho. Mais tarde, às 22h ocorrerá ocorreu um show da banda Os Mizeravão, que adapta músicas de diferentes estilos e proveniências em uma performance bem-humorada. Na entrada do show, será foi cobrado um ingresso no valor de R$13,oo.


Este número também trará matérias sobre software e cinema colaborativo, animação publicitária, literatura no Twitter e outras surpresas. Já escrevi bastante sobre a revista, da qual fiz parte da equipe do terceiro ao quinto número e dei uma ajudinha nesse sexto. Confiram: Fraude #1; Fraude #2; Fraude #3; Fraude #4; e Fraude #5.

Veja fotos do lançamento no blog do Petcom.

Revista Fraude #5

Lançado em novembro de 2007, o quinto número da revista Fraude renovou praticamente todo o seu quadro de repórteres e designers. E, desta vez, podem ser chamados de repórteres de fato. Os textos deixaram de ser ensaísticos para serem jornalísticos e bem apurados. Também ao evoluindo em relação aos dois últimos números, a revista volta a ter muitas páginas dedicadas a Salvador.

“Cada caso é um caso” trata do abre-e-fecha das casas de show em Salvador. “Quem crer e for batizado será salvo” é um passeio pelo bairro do Bonfim. “Memórias em Série”, de Valéria Vilas Bôas, é um perfil do colecionador Humberto Miranda. O jornalista e ator Gabriel Camões escreve sobre as comédias e tragédias de quem quer ser ator em “Fábrica de Sonhos”. “Espera a chuva passar” é uma pequena crônica da repórter e moradora da residência universitária da UFBA.

Saindo do perímetro estrito da capital baiana, “O Preço da Cultura” discute a dinâmica do fomento cultura no Brasil. “Pouco se cria, muito se copia”, de Nina Santos, discorre sobre pirataria de moda. “Blogs, gays e capital político”, de João Barreto e Tanara Régis, mapeam o ciberativismo glbtt. A minha matéria trata do tardio reconhecimento dos videogames como forma de arte. A entrevista da edição é com ninguém menos que Armand Mattelart.

Esse número promoveu mais uma repaginada no projeto editorial e gráfico. Quanto ao primeiro, a divisão em editorias de reportagem se deu em: Cotidiano, Economia da Cultura e Ciber, com nomes auto-explicativos. Ainda traz mais duas seções. Preliminares são pequenos textos. E Imaginando é a seção de artes visuais. Neste número convidamos os fotógrafos do Labfoto Fabíola Freire, Mayla Pita e Wendell Wagner para repensar a fábula Chapeuzinho Vermelho. E pra fechar a revista, charge de Rodrigo Minêu.

Tive a oportunidade de dirigir a equipe de arte nesse número. Na capa tentamos manter o conceito Fraude mixando o cartaz do filme de Jonathan Dayton e Valerie Faris, Little Miss Sunshine, com personagens e objetos relacionados às matérias. No miolo, demos atenção à diagramação sequencial de algumas matérias. Na matéria sobre TV Pública e na matéria sobre ciberativismo fizemos uma transição de página direita para a página par seguinte, como se a folha se dobrasse sobre si mesma.

Na matéria “Pouco se cria, muito se copia” fiz algo mais sutil (ou imperceptível quando falho), uma transição do tipo transformação. Na página 13 pus anotações como “post-its” sobre a imagem recortada de uma modelo desfilando. Na páginas 15, pus a mesma imagem, mesmo tamanho e posição, mas com edição e aplicação de filtros para parecer uma fotocópia. E no lugar das inscrições dos “post-its” as palavras “ok” ou “mudar cor”. Pretendia-se que: 1) o estilo da imagem dá a sensação de cópia; 2) estar exatamente na mesma posição remetesse a papel carbono; 3) os post-its e a troca do texto dentro deles representassem a intencionalidade de alguém que copia.


Os textos do sexto número da revista estão prontos. Atualmente as equipes de arte (atualmente dou uma ajudinha eventual), assessoria e produção estão finalizando a revista e começando a divulgação. O lançamento está previsto para novembro, e o blog está sendo atualizado periodicamente.

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Revista Fraude #4

E a revista Fraude chega, em 2006, ao seu quarto número. Desta vez, além de escrever, comecei minha experiência em design de revistas. Além da evolução na tiragem (1000 exemplares), a equipe se mantêm completa desde 2005 e é um exercício interessante comparar este número com o terceiro.

A melhor matéria, mais jornalística, trata da polêmica sobre o conceito de cinema independente na Bahia. O meu texto trata das adaptações, para outras mídias, dos contos de Lovecraft, agora em domínio público. Além destes, destaco o guia sobre onde comprar quadrinhos em Salvador: livrarias, sebos, lojas…

Nesta edição começam a ser usadas vinhetas mais explícitas para cada editoria. Os pontos altos do design são, na minha opinião: a dupla 32-33, da matéria ‘Terra dos Sonhos’; a primeira página (apesar de tematicamente equivocada) da matéria sobre cinema independente (p.22); e, por fim, a melhor: a dupla 10-11 com ótimas colagens.

Na capa, o conceito de “fraude”, já utilizado naturalmente nos outros anos, é mais “escancarado”. Livremente baseado no encarte do primeiro CD do Cansei de Ser Sexy, é a capa melhor produzida (digo mais produzida, e não mais bonita: ainda prefiro a da número dois) até agora.

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Revista Fraude #1

Fazer revista não é fácil. Criar uma revista, então, é um feito memorável. No início de 2004, os bolsistas do PetCom criaram a revista Fraude. O nome é explicado no editorial: “antes que nos denunciem, a gente estampa na capa. É Fraude mesmo. Aliás, o que não é fraude nesse mundo? É cópia arrotando originalidade. Um monte de gente fazendo o que já foi feito e dizendo que foi o primeiro a fazer“.

A publicação propôs-se ser, além de exercício para sua equipe, ser um espaço alternativo para tratar de cultura. Cultura soteropolitana (ainda incipiente nesse primeiro número) ou mundial (como os MMORPGs).

“O bofe é uma fraude”, escrita pelo professor faconiano Maurício Tavares critica a “cultura do bofe”, prática preconceituosa de valoração do homossexual ativo (que não se dizia homossexual) em relação ao passivo. “A Vida em Jogo” fala dos jogos online de RPG que unem milhares e milhares de jogadores pelo mundo. A matéria de capa, chamada “Caçadores da pauta perdida”, ao traçar um paralelo de TinTim a Tim Lopes, fala dos mitos, problemas e recompensas da prática jornalística. Em “Heróis de Sangue Azul” fala de migrações intermídia, focando na caixa de biscoi… ops, heróis sortidos, de “A Liga Extraordinária”.

A revista ainda traz reportagem sobre auto-publicação de literatura, MPB e séries televisivas. E a sementinha em cima do mousse é uma entrevista com Fábio Massari.

Visualmente, a revista é bem inventiva. Um recurso que eu acho ideal para o jornalismo cultural é a não retangularidade das fotografias. O jornalismo cultural geralmente não está atrelado a questões extremamente factuais e, por isso, os designer devem prezar pela beleza e irreverência das páginas, algo impossível de se fazer com uma revista entupida de quadrados e retângulos.

Algumas páginas merecem destaque. A do editorial com contraste máximo e uma ilustração que liga o índice ao expediente de uma forma sutil, por exemplo. As três páginas da matéria “Literatura de esgoto” utilizam uma sequencialidade vertical, algo incomum. Por outro lado, a matéria sobre MPB é confusa. A inserção de uma publicidade na terceira página quebra a unidade ao ponto de parecer que toda a página é publicidade.

A capa é ótima. Inaugurou a tendência de ter sempre capas referenciais a algum meio ou produto comunicacional. Dessa vez a capa simula um jornal belga – ou francês – que traz manchete e imagem da criação de Hergé.

Em breve postarei os outros quatro números da revista. A partir do terceiro comentarei aspectos produtivos, no papel de redator (#3), designer (#4) e diretor de arte (#5).

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Revista Lupa 4 – lançamento

A revista Lupa lança sua quarta edição na próxima quinta-feira, 28, às 9 hs, no auditório da Faculdade de Comunicação da UFBa, com palestras e uma demonstração da arte do Parkour. Confira! – Na Lupa, o leitor poderá saber mais sobre o universo dos cosplayers, pessoas que se vestem como personagens de desenhos animados, além de poder acompanhar de perto a vida de transformistas soteropolitanos e ficar por dentro do desfile da Daspu, a grife das prostitutas. A comemoração continua a noite, no Bar Balcão Botequim, às 20hs, no Rio Vermelho, numa festa aberta para leitores e colaboradores.

Eu escrevi para essa revista (a matéria sobre transformistas), que é produto laboratorial daqui da faculdade. É a segunda revista produzida na faculdade (a primeira é a Fraude) e tem atualmente um projeto gráfico e direção de arte bem realizados. O primeiro número foi experimental ao extremo, e no mal sentido. Totalmente produzida por alunos (e com problemas na produção, que não vêm ao caso) foi uma revista com textos fracos, reportagens mal-apuradas e uma diagramação de mau gosto. Não havia como ser melhor, porém. A Facom-UFBa tem um problema grave de falta de disciplinas e professores de programação visual, editoração e design. O responsável pela diagramação foi um aluno que, sozinho, enfrentou a tarefa hérculea de 32 páginas em pouquíssimo tempo.

O segundo número foi uma revolução. Simplesmente a revista ficou irreconhecível, e no bom sentido. Com mais tempo e planejamento na disciplina, a professora responsável Graciela Natansohn exigiu que os alunos produzissem várias matérias cada um, e apenas as melhores entraram na edição, que é semestral. Sobre o projeto gráfico, mudou mais drasticamente ainda. Na verdade, o projeto gráfico de fato foi produzido de fato, além de novo logotipo e direção de arte por Alice Vargas, designer que “adotou” a revista, digamos assim.

Apesar de ter formação na Facom (Produção Cultural) e especialização em design, a diretora de arte da Lupa não faz parte do quadro de professores da faculdade. E os alunos que colaboraram na diagramação desse número já tinham algum conhecimento prévio, não adquirido em disciplinas. Os poucos professores com formação em design da Facom estão afastados, por um motivo ou outro. É um indicador triste, que demonstra que os profissionais formados ali sofrem de uma lacuna grave na formação.

Mas não é essa minha reclamaçãozinha aqui nessa postagem que vai mudar alguma coisa. Então falemos do número quatro da revista. Durante dois meses, eu e Carlos Eduardo Oliveira visitamos transformistas e casas de show de Salvador. Conversamos sobre o estado da arte, os problemas enfrentados e os bons momentos. A matéria definitiva traz depoimentos, experiências e fotografias de quatro transformistas. Um ensaio foi realizado por Fabíola Freire e produzido por Wendell Wagner, monitores do Labfoto. A partir do ensaio e de algumas fotografias que tiramos em campo, a matéria de quatro páginas tem uma diagramação impactante. Veja abaixo um vídeo feito por Carlos Eduardo Oliveira durante a realização do ensaio.

Mais:
+ Blog da revista
+ Portifólio e blog de Alice Vargas
+ Faculdade de Comunicação da UFBa