VI Enecult divulga áreas temáticas e calendário

O VI Enecult, Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, já tem calendário e áreas temáticas definidas, divulgadas no blog www.enecult.wordpress.com. O evento, que é organizado pelo Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, acontecerá na Reitoria e na Faculdade de Comunicação da UFBA entre 25 e 27 de maio.

Entre as áreas temáticas, duas são de maior interesse para os leitores desse blog: Cultura & Mídia e Cultura Digital. Trabalhos podem ser submetidos de 08/02 a 12/03. Para saber todas as informações mais detalhadamente, visite o blog clicando no cartaz:

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Comunicação Publicitária e Mercado: Uma Discussão sobre o Modo de Pensar e Fazer Propaganda

Nas manhãs (9 às 12h) das sextas-feiras de novembro (6 a 27) acontecerá o curso “Comunicação Publicitária e Mercado: Uma Discussão sobre o Modo de Pensar e Fazer Propaganda“, no Auditório da Faculdade de Comunicação da UFBa (Ondina – Salvador).

Coordenado pelos prof. drs. Annamaria Jatobá e Marcos Palácios, terá como objetivo “Discutir o modo de pensar e fazer propaganda, promovendo o encontro entre o Mercado de Comunicação Publicitária e a Comunidade Acadêmica. O Curso de Extensão se propõe, através de quatro mesas temáticas conduzidas por profissionais e acadêmicos fomentar reflexões a respeito de: mudanças do processo criativo; incorporação e integração de novas ferramentas de comunicação com foco no consumidor às áreas de Mídia e Pesquisa; ética na Propaganda, relacionando-a à atual “limitação na criação de peças e campanhas publicitárias” e, através da correlação entre Mídia e Poder tratar da publicidade governamental e partidária.

Para se inscrever, vá ao Nicom da Facom entre 16/10 e 06/11, das 8 às 12h. Te vejo lá, leitor.

Imagem – Cognição, semiótica, mídia, de Lucia Santaella e Winfried Noth

Imagem - cognição, semiótica, mídiaLúcia Santaella é uma das mais respeitadas pesquisadoras de comunicação do país e coordenadora do doutorado e pós-doutorado em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Seu currículo Lattes quase dá para travar seu navegador. Winfried Noth é professor titular e decano da Faculdade de Línguas Modernas da Universidade de Kassel, na Alemanha.

Ambos já possuiam uma vigorosa produção em comunicação e semiótica. Na apresentação de Imagem – Cognição, semiótica, mídia está escrito que as discussões que deram origem a este livro remontam à 1993. Dois anos depois, no Congresso Internacional sobre Semiótica das Mídias, decidiram fazer um livro a quatro mãos, que foi lançado em 1997.

Tanta experiência e rigor dos pesquisadores resultou em um livro pesado,  mas no sentido de amplitude dos problemas abordados. A Imagem é destrinchada em 13 capítulos:
1. A Imagem como Representação Visual e Mental
2. Semiótica da Imagem
3. Imagem, Texto e Contexto
4. Palavra e Imagem
5. Imagem, Tempo e Percepção
6. Computação Gráfica e Música
7. Semiótica da Pintura
8. Semiótica da Fotografia
9. A Fotografia entre a Morte e a Eternidade
10. Imagem, Pintura e Fotografia à Luz da Semiótica Peirciana
11. Os Três Paradigmas da Imagem
12. O Imaginário, o Real e o Simbólico da Imagem
13. As Imagens Podem Mentir?

Nessa resenha, o destaque vai para o capítulo onze. Os autores dividiram a produção da imagem em três paradigmas:  pré-fotográfico, fotográfico e pós-fotográfico. O primeiro é aquele das imagens produzidas artesanalmente, feitas à mão. O paradigma fotográfico é o das imagens produzidas por “conexão dinâmica e captação física de fragmentos do mundo visível”. O último, por fim, é o das imagens “sintéticas”, totalmente realizadas por computação.

O capítulo é interessantíssimo. Depois de introduzir os três paradigmas e os critérios pelos quais a divisão foi relizada, os autores tratam de cada paradigma isoladamente e depois escrevem sobre “As consequências dos meios de produção de imagem”, em relação: ao armazenamento; papel do agente produtor; natureza da imagem; relação da imagem com o mundo; meios de transmissão; papel do receptor. O capítulo continua com “As gradações das mudanças”, do pré-fotográfico ao fotográfico e do fotográfico ao pós-fotográfico, antes de ser fechado relembrando que os paradigmas coexistem, e o que isso significa.

+ Parte do livro está disponível para leitura no Google Books
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