Revista Prata #00


A Prata é uma revista de fotografia produzida pelos estudantes de artes visuais da ESAP (Escola Superior Artística do Porto). É, de fato, uma revista para publicar fotografia. Apresenta alguns problemas comuns como tipografia com problemas de legibilidade, uso de texturas no fundo de texto e outras coisinhas tristes em relação ao design. Porém, as fotografias, em geral, são de ótima qualidade, apesar de dispostas sem inventividade. Destaque para as fotografias de Sofia Romualdo, nas págs 16-17. Ainda no número de estréia, lançado em maio último, está na fase de experimentar, errar e testar o que dá certo. Fiquemos de olho.

Revista Lupa #3

Apesar da revista ser impressa em preto-e-branco, a matéria “Histórias do Oriente” (p.5-7), sobre migração oriental em Salvador, dispõe o texto das duas primeiras páginas de forma que lembrem a bandeira japonesa. Outro recurso mais interessante ainda (p.7) é, não sei se propositalmente, o seguinte. Textos dispostos em colunas separadas, com um ideograma e ilustração de dragão entre elas. A disposição dos elementos, acrescida da dinâmica da ilustração e do ideograma, remonta à escrita japonesa vertical. Estratégias interessantes, mas perdem um pouco da força ao serem usadas em conjunto, em tão poucas páginas.

“Ser ou não ser, eis a pressão” traz um ensaio de estúdio. A matéria trata de universitários que trocam de curso. Acertadamente o mesmo modelo aparece com figurinos “característicos” de diversas profissões diferentes. O miolo traz a seção Impressões, com ensaio fotográfico e texto de Thiago Martins. Além das deslumbrantes fotos de Monjolo, cidade interiorana de Minas Gerais, a composição das fotografias e o tipo utilizado fazem dessa dupla a mais interessante da revista.

A matéria sobre revistas baianas, a que mais me chamou atenção, traz um erro crasso. Abaixo de fotografia do número 2 da Lupa, traz a seguinte legenda: “Primeira revista da Faculdade de Comunicação da UFBA”. A Fraude (não citada), ainda em atividade e de vento em popa, é dois anos mais velha que a Lupa.

Ainda traz matérias sobre telejornalismo “popular” na Bahia, preconceito sexual nas escolas de ensino fundamental e médio, coletivo GIA, tatuagens. A seção ‘Cubo Mágico’, sempre criativa, traz textos em torno do tema “O Quarto”, inclusive um sobre o Armário, de autoria de Cadu Oliveira, blogueiro amigo. Fechando a revista, depois da tirinha Rabuga (bem-intencionada e com erro de ortografia), uma ilustração do sempre ótimo Daniel Bueno.

Em breve, postagem sobre o número 4. E, ainda neste semestre, cobertura do lançamento do quinto número.

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Revista Lupa #2

Em outra postagem eu já falei do número 4 desta revista, a Lupa. É uma produção laboratorial da Faculdade de Comunicação da UFBa. Semestral, existe desde 2006.1. Os números 2, 3 e 4 da revista estão disponíveis no Issuu (ver acima) e para download em pdf no blog. Na tal postagem falei sobre alguns aspectos históricos e produtivos da revista, mas não falei de sua estrutura. É dividida (desde a reformulação neste número) em: Circo Urbano, editoria de comportamento; Impressões, ensaio fotográfico; Prova dos Nove, educação; Passepartout, arte; Meio e Mensagem, comunicação e mídia; e Cubo Mágico, editoria literária.

Entre as matérias de Prova dos Nove, destaco a que trata de intercambistas africanos em Salvador. Em Passepartout, texto sobre a velha discussão sobre os “cinemas de arte”, se é que isso não é um pleonasmo… Também temos uma entrevista com Luís Augusto, autor de Fala Menino!, uma tirinha surgida aqui pelas bandas de Salvador. A técnica não é das melhores, mas o conceito – personagens principais portadores de necessidades especiais, fez sucesso.

Uma organização recorrente nos números seguintes é a da matéria de duas páginas divididas em ímpar>par, ao invés de disposta em uma dupla “normal”. É justamente uma que usa este recurso que aponto como melhor a realização visual desta edição. “Sem Pressa para Arrumar as Malas“, nas págs 21-22, delimita o espaço da matéria com uma ‘caixa’. Dentro, na primeira página, uma fotografia de estúdio divide um espaço de fundo preto com o título, chamada, crédito e alguns pictogramas. No resto do espaço, o texto da reportagem. Na página seguinte, dentro da mesma ‘caixa’, os elementos parecem se mover. O fundo preto desce. Dessa vez, com o texto complementar (o ‘box’, se eu não estivesse colidindo os termos) que divide o espaço com outra fotografia, que estabelece um sentido, sequencial, em relação à anterior. Também se localiza, espacialmente, depois do término do texto principal: reforça a conclusão feliz ao qual o leitor chega.

Em breve, postagem sobre os números 3 e 4. E, ainda neste semestre, cobertura do lançamento do quinto número.

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Revista Fraude #4

E a revista Fraude chega, em 2006, ao seu quarto número. Desta vez, além de escrever, comecei minha experiência em design de revistas. Além da evolução na tiragem (1000 exemplares), a equipe se mantêm completa desde 2005 e é um exercício interessante comparar este número com o terceiro.

A melhor matéria, mais jornalística, trata da polêmica sobre o conceito de cinema independente na Bahia. O meu texto trata das adaptações, para outras mídias, dos contos de Lovecraft, agora em domínio público. Além destes, destaco o guia sobre onde comprar quadrinhos em Salvador: livrarias, sebos, lojas…

Nesta edição começam a ser usadas vinhetas mais explícitas para cada editoria. Os pontos altos do design são, na minha opinião: a dupla 32-33, da matéria ‘Terra dos Sonhos’; a primeira página (apesar de tematicamente equivocada) da matéria sobre cinema independente (p.22); e, por fim, a melhor: a dupla 10-11 com ótimas colagens.

Na capa, o conceito de “fraude”, já utilizado naturalmente nos outros anos, é mais “escancarado”. Livremente baseado no encarte do primeiro CD do Cansei de Ser Sexy, é a capa melhor produzida (digo mais produzida, e não mais bonita: ainda prefiro a da número dois) até agora.

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