Mulheres e Meninas Negras nas Tech

Canal Preto lança importante debate sobre mulheres e meninas negras no campo das tecnologias digitais. As convidadas foram: Maria Rita Casagrande (Desenvolvedora Full Stack, professora de linguagens de programação, Tech Lead e programadora cofundadora da ÀYIÉ.IO), Silvana Bahia (Codiretora Executiva e Diretora de Programas do Olabi), Simara Conceição (Desenvolvedora na ThoughtWorks e professora na ONG Reprograma) e Taís Oliveira (Fundadora e Diretora Executiva do Instituto Sumaúma. Professora universitária. Mestra e doutoranda em Ciências Humanas e Sociais na UFABC):

Mapeando redes de blogs e os blogueiros não-sociais de… mídias sociais

Um dos primeiros capítulos que me debrucei na leitura do “Inventive Methods – the happening of the social” foi o “Experiment – the experiment in living” da Noortje Marres, pesquisadora da Goldsmiths (University of London) que escreve sobre o fascinante tema da redistribuição dos métodos das ciências sociais.

O olhar da autora sobre blogs de projetos “sustainable living” é bem interessante, por vê-los como experimentos que tornam explícitas relações e rotinas da vida cotidiana que, de tão naturalizadas, são pouco observadas. Um trecho é especialmente interessante por mostrar como blogs com temas específicos podem realizar certas modalidades de pesquisa, ainda que “não intencionalmente”:

“sustainable living blogs can also be seen to perform network analysis in more-or-less explicit ways, as they maintain blogrolls of other sites and, by linking to them, produce recommendations that search engines and others rely on to rank these sites. By produzing such links, bloggers are thus likely to influence the organization of sustainable living networks on the Web”

Marres exemplifica a questão com rede gerada pelo Issue Crawler (do Digital Methods Initiative), ferramenta que rastreia os links indexados entre as páginas, gerando redes a partir destas conexões.

Isto me fez lembrar de um projeto realizado ano passado, de mapeamento de blogs de determinados segmentos. Redes de blogs de viagens, cosméticos (esmaltes) e temática plus size foram mapeados com uma metodologia de inserção manual de conexões. O foco era observar, especificamente, as redes construídas através de regiões dedicadas de indicação: blogrolls e listas de links que estivessem claramente incorporadas na estrutura central dos blogs. Isto pode ser através das sidebars ou em páginas dedicadas a indicar links. Os resultados para estes três segmentos foram bem interessantes. Abaixo, por exemplo, uma das redes geradas (segmento de plus size).Plus Size blogs

As listas explícitas de links são espaços privilegiados nas relações entre blogueiros, sendo utilizadas para expressão de apoio, recomendação e afeto. Pouco mais de uma dúzia de links do mesmo segmento, idealmente, são escolhidos pelos blogueiros para serem exibidos em suas páginas. Dessa forma é possível realizar o mapeamento utilizando a metodologia de cascata, mas de modo não-obstrusivo: a partir de cada lista de blogs, encontrar novos e continuar o mapeamento até certo ponto de redundância.

Seção de Links em Blog

A listagem de links, realizadas por blogueiros em segmentos de grande engajamento, pode ser vista também como um exercício de mapeamento que direciona e possibilita a compreensão do pesquisador.

Busquei realizar o mapeamento também na blogosfera específica de profissionais relacionados a mídias sociais. Partindo tanto de blogs de profissionais como Mariana Oliveira e Pedro Rogedo ou de blogs mais editorializados, a técnica da cascata foi empreendida.

Mas logo ficou claro que a quantidade de blogs deste segmento com lista de links, blogroll e afins é mínima! Faça um experimento: abra um blog da área de mídias sociais e tente encontrar uma lista de indicações. Quase não existem mais. Atribuo isto a dois motivos: o primeiro é a simples falta de engajamento com o conceito de blogosfera e troca real entre os escritores; e o segundo é a tendência de mashablização, a tentativa de transformar layout e interface de blogs em portais de conteúdo como o Mashable.

Sou um defensor dos conceitos mais “tradicionais” de blogs e achei bastante irônico a blogosfera de mídias sociais, comunicação digital e afins ter blogs tão auto-centrados.

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Netshoes torna-se novo marco no uso das mídias sociais

Rigor e consistência são valores raros na comunicação e, especialmente, no trabalho em mídias sociais. Mas não é assim que acontece na Netshoes. Os dois valores dão o tom de sua estratégia de marca e relacionamento com o consumidor.

Ações, mídia, relacionamento, campanhas, aplicativos e métricas são voltadas não a números polpudos, mas sim ao desenvolvimento de conexão com o consumidor. Números polpudos são resultados além. E bota resultado nisto: com 5 anos de mídias sociais, a empresa divulgou alguns de seus marcos. Tive a oportunidade de participar um pouco disto (durante 2012) e agora posso me deliciar com as lembranças das menções positivas de admiração dos consumidores à marca durante não apenas os cases listados abaixo, mas recebidas pela empresa no dia a dia de sua atuação.

Fica aqui meu parabéns ao excelente pessoal da Netshoes. Veja mais no infográfico e clique para detalhes sobre o marco no site Adnews:

netshoes

Modelos de Vigilância Tecnológica e Inteligência Competitiva

Produzido por departamentos de inovação do País Basco, o livro Modelos de Vigilancia Tecnológica e Inteligencia Competitiva é um excelente documento que busca definir a inteligência competitiva e apresentar um mapa dessa disciplina nas regiões e países que estão mais desenvolvidos na área: Reino Unido, Suécia, Israel, Coréia do Sul, Japão, Canadá, Estados Unidos, México e Brasil. Através de mapeamentos de organizações, assim como as estruturas típicas da inteligência competitiva pública e privada nestes países.

A publicação é incrivelmente sistemática e direta. Utilizando diversos gráficos mostra como funciona a inteligência competitiva nos diferentes locais pesquisados. No primeiro capítulo, que se dedica a definir a inteligência competitiva e suas áreas, são apresentados os quatro principais tipos propostos pelo GTI Lab: inteligência de marketing; inteligência estratégica e social; inteligência técnica e tecnológica; e inteligência de competição.

O gráfico abaixo mostra essa divisão e o que cada um desses tipos de inteligência compreende:

Avançando na discussão, o livro mostra uma versão da famosa pirâmide sobre a transformação de dados brutos em informação aplicável da seguinte forma. Notem como são mostradas as ações de um nível ao outro e as áreas de inteligência de negócios, inteligência competitiva e inteligência organizacional:

Quando trata do Brasil, o documento explica as particularidades do desenvolvimento da disciplina no país. Atividade que tomou forma aqui a partir dos anos 90, foi fruto de uma iniciativa do Ministério de Ciência e Tecnologia. Ao contrário de diversos outros países, a motivação inicial foi fomentada por cientistas e pesquisadores, ao contrário de militares. Ainda é relativamente incipiente e as empresas estão começando a se conscientizar de sua importância. Não existe uma estrutura pública para atender as necessidades das atividades de inteligência competitiva no país, enquanto as iniciativas privadas internas. A ABRAIC exerce uma considerável influência, mas o mercado ainda não incorporou todas as possibilidades de serviços que podem ser oferecidos e utilizados.

O documento ainda traz os cinco desafios para a área, segundo a presidente da ABRAIC:

  • Certificação do profissional de IC
  • Melhora e desenvolvimento de métodos e ferramentas, especialmente na tríade Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
  • Unificação da linguagem e terminologia
  • Divulgação das práticas de IC em todas organizações, incluindo as de pequeno porte
  • Esclarecer as dúvidas e inquietações existentes entre as atividade de inteligência, pesquisa e espionagem

Este pequeno resumo refere-se apenas a uma parte ínfima da publicação. Acessem a publicação e outros materiais desenvolvidos pela BEAZ Bizkaia.

Grupo no LinkedIn sobre Monitoramento de Marcas / Mídias Sociais / Conversações / Web

“São muitos os nomes: monitoramento de mídias sociais; monitoramento de marcas e conversações; monitoramento web; buzz mining; brand monitoring etc. Grupo dedicado a discutir o Monitoramento de Marcas e Conversações na Web. Técnicas, metodologias, termos, softwares, empresas, ética e tendências”. Já são mais de 100 membros no grupo Monitoramento de Marcas / Mídias Sociais / Conversações / Web no LinkedIn. A ideia do grupo é criar um ambiente de discussão e networking para os stakeholders da área.

O grupo já tem participantes que representam diversas empresas de análise e pesquisa de mercado, desenvolvedoras de softwares de monitoramento, palestrantes e professores da área. Entre os tópicos com discussão, temos “Softwares Plenos: quais você conhece/usa“, “Gerenciamento de crise em redes sociais utilizando softwares de monitoramento” e “Tendências de Debates sobre Monitoramento“. Participe: