Clix

A revista Clix já está em seu segundo número. “Imagens, imagens, imagens”: entre suas 68 páginas, uma seleção do que há de melhor na web, visualmente falando. Todas as artes visuais e suportes possíveis marcam presença, como fotografia, ilustração, design gráfico, grafitti, embalagens etc etc etc.

O primeiro número traz  fotografias do trabalho literalmente visceral do Carioca Studio (da Romênia!).  Em tempos de nova potência mundial, uma resenha do livro Graphic Design in China. Fechando a revista a coluna “P.S.”, do coletivo Cia de Foto, nesse primeiro número se debruça sobre a própria Clix, deixa a desejar. A imagem abaixo é a dupla  “Caixa de Ferramentas” com dois convidados engenheiros escrevendo sobre transmissão de imagens até a fase atual, digital.

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Clix #2 – Neste número, um texto interessante sobre a nomeção de obras de arte. Na seção “Tudão”, de dicas de sites e blogs, Marcelo Daldoce, sobre o qual já escrevi por aqui. A coluna “P.S”, dessa vez, está bem melhor escrita e discorre sobre o documental na fotografia. A imagem abaixo é uma dupla da matéria sobre Fred Einaudi, artista da capa.

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Para fazer uma criticazinha, senti a falta da opção de download. Não gosto desse sistema específico de publicação (a navegação é ruim) e preferiria ler em pdf. Responsável pela revista, a empresa de conteúdo Sixpix também produz várias publicações (entre outros produtos) disponíveis na internet, como a Pix, a ResultsOn e PixTrends.

Diagramação – o planejamento visual na comunicação impressa, de Rafael Souza Silva

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Diagramação – o planejamento visual  na comunicação impressa é resultado da dissertação de Rafael Souza Silva para a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, no longíquo ano de 1983.  Esta edição analisada é a 3ª, de 1985.

O livro é dividido em duas partes.

Primeira Parte: O Planejamento visual gráfico na comunicação impressa
I – Percepção Visual
II – O fenômeno estético na comunicação visual
III – As artes gráficas e o início da imprensa
IV – Problemas de legibilidade na comunicação impressa
V – O discurso gráfico
VI – A diagramação no jornalismo impresso
VII – Zonas de visualização da página impressa
VIII – Padronização gráfica: a identidade do jornal

Segunda Parte: Técnicas de produção e planejamento visual gráfica
I – Tipografia
II – Processos de impressão
III – Medidas tipográficas
IV – Cálculo de textos
V – Titulação
VI – Fotos e ilustrações
VII – Um exemplo prático de diagramação

E, finalmente, a conclusão indispensável. Entre estas duas partes há uma diferença incrível. A segunda é predominantemente técnica. Cheia de diagramas, fórmulas, medidas e tabelas, não se espante como essa seção é ultrapassada.  Exceptuando para leitores especificamente interessados em editoração de jornal, é quase toda dispensável.

A primeira parte, no entanto, é mais densa e teórica. Começa tratando de Percepção Visual,  passa pela Estética, pela história das artes gráficas e imprensa, e chega ao capítulo mais interessante, Discurso Gráfico. Um excerto:

“[…] o arranjo gráfico passa a atuar como discurso; e como discurso, possui uma linguagem específica e uma rede encadeada de significação. É preciso que os planejadores gráficos tenham consciência da importância dessa linguagem e o seu poder de manipulação.”

Em A Diagramação no Jornalismo Impresso o autor analisa várias conceituações de “Diagramação”, a partir de vários autores diferentes. Em seguida propõe a sua própria e identifica as etapas realizadas na diagramação, os quatro elementos da página manejados, conceitos sobre o ponto de apoio da página, os elementos visuais básicos e as regras comuns.

Zonas de Visualização da Página Impressa fala sobre os centros de atenção e a “trajetória do olho”, mas é um tanto raso porque não fala da importância que a miríade de elementos envolvidos na diagramação exerce sobre a trajetória. O Capítulo VIII – Padronização Gráfica: a Identidade do Jornal fecha esta primeira parte com considerações sobre o projeto gráfico e repetição dos elementos básicos, além da influência das revistas para o aprimoramento técnico-gráficos dos jornais.

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Graphic Design for the 21st Century, de Charlotte & Peter Fiell

graphic-design-for-the-21st-centuryGraphic Design for the 21st Century (ou Design Gráfico para o Século 21) é uma publicação da Taschen, editada pela Icons. Charlotte & Peter Fiell reuniram quarenta e cinco estúdios de “todo o mundo” (apenas o Norte “desenvolvido”, como sempre) que representariam o design gráfico inovador desse novo século.

Na página par: nome e informações do estúdio, missão e um texto do estúdio. Nesta edição, o livro é trilíngue: espanhol, italiano e português. Na página ímpar, e na dupla seguinte em alguns casos, trabalhos do estúdio em questão.

No texto de abertura, os autores apontam para questões sociais do design. O texto de Stefan Sagmeister também cita política, mas de uma abordagem diferente. Segue o texto e um dos trabalhos de Sagmeister presentes no livro.

sagmeister-aiga-detroitEstou principalmente preocupado como design que é capaz de comover o espectador. Vemos trantos trabalhos de design gráfico profissionalmente concebidos e bem executados, lindamente ilustrados e magistralmente fotografados e, no entanto, quase todos me deixam indiferente (e suspeito que acontece com muitos outros espectadores). Há tanta coisa sem valor: coisas bem produzidas, sem seriedade e sem valor. Penso que a causa principal de todas estas coisas sem valor é o facto de a maior parte dos designers não acreditar em nada. Não nos interessamos pela política ou pela religião, não temos opinião sobre qualquer questão importante. Quando a consciência é tão flexível, como se pode ser forte no design? Vi filmes que me comoveram, li livros que mudaram a minha perspectiva das coisas e ouvi peças de música que influenciaram o meu estado de espírito. O nosso objectivo será o de comover alguém através do design.

Veja uma a dupla, dedicada ao estúdio MM (Paris):

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A Cor como Informação, de Luciano Guimarães

a-cor-como-informacao-luciano-guimaraesLuciano Guimarães é jornalista, designer, doutor em Comunicação e Semiótica e professor da UNESP. Em 2001 lançou o livro A Cor como Informação – a construção biofísica, linguística e cultural da simbologia das cores.

A partir do trabalho do semioticista Ivan Bystrina (especialmente Semiótica da Cultura), o livro atravessa os vários níveis (biofísicos, linguísticos e culturais ) que estão envolvidos na linguagem das cores.

Os títulos de capítulos são um tanto lúdicos:
1. Introdução: preto no branco
2. Capítulo violeta: a cor para todos os olhares
3. Capítulo azul: a cor profunda
4. Capítulo verde: fotossíntese da cor
5. Capítulo amarelo: tesouros do arco-da-velha
6. Capítulo laranja: a hora da digestão
7. Capítulo vermelho: violência e paixão
8. Conclusão: cinza no ventilador

Confesso que foi este livro que finalmente me fez entender o sistema aditivo e o subtrativo na composição de cores, e como eles se relacionam. O “Capítulo verde: fotossíntese da cor” trata dos vários sistemas de cor existentes, dos métodos compositivos e das diversas denominações conflituosas das características da cor, propondo o estabelecimento de matiz, valor e croma.

O capítulo Vermelho é a aplicação do que foi discutido no livro, depois de ter culminado numa síntese durante o capítulo Laranja. A análise do uso do vermelho nas capas da revista Veja é bastante interessante. Conotações ideológicas, biológicas ou conjunturais são observadas durante os mais de 30 anos de publicação analisados.

Este livro foi lançado em 2001. Em 2003, o autor lançou “As Cores na Mídia – a organização da cor-informação no jornalismo”, todo voltado para análise da cor em produtos jornalísticos como telejornais, jornais impressos, revistas e websites.

+ Mais
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ANTI

ANTI 4A revista ANTI é produzida pelo Revolver Lover, um grupo que reúne artistas e designers de todo o mundo, incluindo o brasileiro Flávio de Halmeida Hobo. Segue o modelo de coletânea de trabalhos a partir de submissões em torno de um tema por número.

Os produtores chamam o documento de revista e o pdf gratuito  simula uma, com organização por páginas, mas de revista mesmo tem pouco. Não há um editorial ou abertura, tampouco um design editorial. Matérias ou críticas  nem se cogita. E ainda poderia chutar que a edição/seleção dos trabalhos é mais por oferta do que pela qualidade, dado a instabilidade de números de páginas e a clara inadequação de alguns trabalhos..

Até oito de março a publicação recebe trabalhos sobre o tema “Revolution”, para o nono número.  O oitavo ainda não foi lançado, e os sete primeiros tem como pontos altos:

#1  Born – Samantha Casolari
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#2 Couple – Miderrota
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#3 Tree – microboth.ch
ANTI 4 - microboth.ch

#4 Seasons – Andres B.
ANTI 4 - Andres B.

#5 Senses – Jonathan Davies
ANTI 5 - Jonathan Davies

#6 69 – Ben Yonda
ANTI 6 - Ben Yonda

#7 Days and Week – Mary Juliao
ANTI 7 - Mary Juliao