Using Social Media Data Aggregators to Do Social Research, por David Beer

Tenho observado o monitoramento e mensuração de mídias sociais há anos como possíveis ferramentas também para o pesquisador acadêmico em ciências sociais, especialmente comunicação. Incrível como alguns ferramentais surgidos e desenvolvidos no mercado podem ajudar a coletar dados de forma agregada e usável, mas uma parte dos pesquisadores ainda exibe desconhecimento ou preconceito. Por me interessar e trabalhar nos dois mundos, sempre advoguei pela integração, seja do lado dos pesquisadores seja do lado dos fornecedores. Hoje, uma evolução é que diversos players do mercado de monitoramento no Brasil oferecem planos para pesquisadores acadêmicos e pode-se perceber o crescimento do uso destas ferramentas em trabalhos apresentados nos congressos em cibercultura pelo país.

David Beer, autor que acompanho há alguns anos (destaco três trabalhos anteriores dele: uma crítica à pesquisa sobre redes sociais online; uma discussão sobre web 2.0 e “sociologia vernacular”; e o livro sobre conceitos de “novas mídias”, em parceria com Nicholas Gane) publicou recentemente o artigo Using Social Media Data Aggregators to Do Social Research:

This article asks if it is possible to use commercial data analysis software and digital by-product data to do critical social science. In response this article introduces social media data aggregator software to a social science audience. The article explores how this particular software can be used to do social research. It uses some specific examples in order to elaborate upon the potential of the software and the type of insights it can be used to generate. The aim of the article is to show how digital by-product data can be used to see the social in alternative ways, it explores how this commercial software might enable us to find patterns amongst ‘monumentally detailed data’. As such is responds to Andrew Abbott’s as yet unresolved eleven year old reflections on the crucial challenges that face the social sciences in a data rich era.

Beer discute se e como estas ferramentas podem fazer parte da metodologia de pesquisa e se aprofunda em conceitos e tipos de dados que são perseguidos pelo mercado: geografia, associação de palavras, influência, buzz e sentimento. O autor utiliza a ferramenta Insighlytics e diversos tipos de gráficos resultantes da coleta e processamento de dados para descrever as possibilidades e restrições. Para ler o artigo, basta acessar o site da revista Sociological Research.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *