Entenda o Monitoramento de Mídias Sociais com e-book brasileiro

É com imensa satisfação que anuncio a publicação do e-book Para Entender o Monitoramento de Mídias Sociais. Consegui reunir 27 artigos inéditos de profissionais e pesquisadores da área, entre analistas, coordenadores e diretores de agências e departamentos de mídias sociais, desenvolvedores de ferramentas e softwares, professores, pesquisadores acadêmicos e gerentes de marketing e comunicação de grandes empresas.

Inspirado nas publicações Para Entender a Internet e Para Entender as Mídias Sociais, o e-book trata de 22 tópicos sobre o tema: Informação; Reputação; Análise de Sentimento; SAC; Profissionais; ROI; Relevância; Monitoramento; Mensuração; Inteligência Artificial; Gestão de Crises; Classificação; Geolocalização; Conteúdo; Netnografia; Softwares Plenos; Perfis; Opinião Pública; Convergência; SEO; Visualização; e Gestão do Conhecimento.

Compras coletivas prejudicam a reputação de empresas

Uma ótima análise publicada na Technology Review, e indicada pela Econsultancy, fala de um estudo que ligou as ofertas de compras coletivas à diminuição da reputação das empresas vendedoras.

Influência Oculta do Groupon na Reputação

Um dos maiores fenômenos da internet nos últimos anos foi o surgimento de sites de compras coletivas como Groupon ou Living Social. Esses sites oferecem descontos, geralmetne entre 40 e 50%, para produtos e serviços diponíveis em cidades específicas no mundo.

Essas ofertas são caras para os vendedores: Groupon leva cerca de metade da receita que os vouchers geram. Os vendedores podem levar um prejuízo durante a oferta, mas o potencial benefício é o crescimento a longo prazo graças a mais transações por parte dos consumidores.

Muitos vendedores foram persuadidos – as vendas nos sites de compras coletivas devem alcançar 1 bilhão de dólares neste ano. Então é importante entender como esse modelo de negócio funciona.

Hoje, John Byers e Georgia Zervas, da Universidade de Boston, e Michael Mitzenmacher, da Universidade de Harvard, oferecem um interessante insight nos mecanismos das compras coletivas.

Estes pesquisadores estudaram cerca de 16 mil ofertas no Groupon em 20 cidades americanas entre janeiro e julho deste ano. Eles monitoraram cada oferta a cada dez minutos para determinar o quanto as vendas variaram ao longo do tempo e também contaram o número de likes no Facebook que cada oferta gerou.

Ao mesmo tempo, eles coletaram reviews no Yelp – cerca de 56 mil de 2.322 empresas que lançaram 2.496 ofertas – examinando como as reputações dos vendedores mudaram antes e depois de uma oferta no Groupon.

Utilizam estes dados para entender o negócio das compras coletivas. Por exemplo, realizaram uma estimativa bastante precisa da receita semanal do Groupon por cidade, e checaram com os dados financeiros da empresa.

Também examinaram como a popularidade de uma oferta se dissemina através de likes no Facebook e construíram um modelo de cascata para mostrar o que acontece. O modelo sugere que o boca a boca no Facebook exerce um importante efeito nas vendas.

Mas a descoberta mais controversa é que uma oferta no Groupon tem um efeito adverso na reputação medida através das avaliações no Yelp. A análise mostra como o número de reviews cresce significantemente por causa das ofertas, mas as avaliações de quem menciona as ofertas é 10% menor que as gerais.

Examinaram o efeito em mais detalhe ao destacar reviews que mencionam as palavras “Groupon” e “cupom”. Segundo os pesquisadores, “Reviews mencionando cada palavra foram associadas com as avaliações (estrelas), que foram 10% menores que as reviews que não mencionaram, enquanto a pequena fração de reviews mencionando ambas as palavras-chave foram 20% menos favoráveis em média”.

Isto é preocupante tanto para o Groupon quanto para os vendedores. De um lado, os dados mostram evidência do aumetno do interesse que um vendedor ganha por causa de uma oferta. Por outro, as notas baixas dão um alerta.  “Isto pode indicar que uma audiência maior está sendo alcançada ou que a ligação entre o vendedor e estes novos consumidores é mais tênue do que com os consumidores prévios”, dizem Byers, Zervas e Mitzenmacher.

O teste real, evidentemente, é a receita a longo prazo que as ofertas podem gerar para os vendedores e estes estudo não possui dados que abordem isto. Então, no final das contas, apenas os vendedores podem saber o quanto essas ofertas são efetivas.

O que é claro é o poder das análises que unem dados de venda com os efeitos nas mídias sociais. Se Byers, Zervas e Mitzenmacher puderem construir um mecanismo de análise que colete e cruze esse tipo de dados, eles podem começar um novo fenômeno na internet.

 

Rastros digitais, reputação e identidade na web e mídias sociais

Dois relatórios publicados pela excelente PewInternet nos últimos anos devem ser lidos por qualquer pessoa que se interessa por temas relacionados a rastros digitais, reputação e identidade online. O primeiro, de 2007, se chama Digital Footprints – Online identity management and search in the age of transparency. O segundo, lançado em 2010, Reputation Management and Social Media How people monitor their identity and search for others online. Ambos podem ser baixados no site do instituto de pesquisa, então seguem alguns destaques mais interessantes dos dados.

Em 2007, o relatório resumiu suas descobertas da seguinte forma:

  • A natureza da informação pessoal está mudando na era da Web 2.0
  • Usuários de internet estão se tornando mais conscientes de suas pegadas digitais; 47% procuraram informações sobre si online, muito mais do que os 22% que faziam o mesmo em 2002
  • Poucos monitoram sua presença online com regularidade
  • A maioria dos usuários de internet não estão preocupados com a quantidade de informação disponível sobre eles online e a maioria não toma ações para limitar essas informações
  • Um em dez usuários tem um emprego que requer que eles se promovam ou vendam seu nome online
  • Entre adultos que criam perfis em sites de redes sociais, a transparência é a norma
  • Mais da metade dos adultos utilizaram mecanismos de busca para procurar informações sobre os outros
A tabela abaixo mostra quem são as pessoas que costumam ter suas informações procuradas na internet:
Já a seguinte tabela mostra as informações que são mais buscadas:
Do estudo de 2010, sobre gerenciamento de reputação, mais alguns destaques podem ser feitos. O gráfico abaixo mostra a grande porcentagem de pessoas entre 18 e 39 anos que realizam buscas sobre seus próprios nomes:
Abaixo uma comparação dos dados coletados entre 2006 e 2009 sobre quem é alvo das buscas por informações:
E o que se pesquisa também mudou de um relatório ao outro. No gráfico abaixo, destaque para o crescimento das buscas visando encontrar perfis em sites de redes sociais e suas informações:
E você? O que costuma procurar sobre si e sobre os outros?

I Fórum de Marketing Digital da FGV

A Fundação Getúlio Vargas está promovendo o I Fórum de Marketing Digital FGV, que acontecerá em diversas cidades do Brasil, com alguns dos principais nomes do mercado digital nacional falando sobre temas relevantes na área. As cidades já confirmadas são Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Os professores Luis Carlos Sá e Nino Carvalho, coordenadores dos programas de MBA e Pós-MBA em Marketing Digital da FGV, estão organizando e promovendo o Fórum Digital.

 Confira os locais e datas:

– Belo Horizonte: 27 de julho
Tema: Inteligência Digital e WebMetrics
DebatedoresTarcízio Silva e João Paulo Rego

– Porto Alegre: 9 de agosto
Tema: Gestão de Marcas e Reputação no Ambiente Digital
DebatedoresGabriel Rossi e Martha Gabriel

– Rio de Janeiro: 31 de agosto
Tema: As Novas Regras do Marketing na Era Digital
DebatedoresCarlos Nepomuceno e Marina Faria

Todos os debates serão transmitidos ao vivo pela internet, são gratuitos e com inscrições limitadas. O moderador de todos os encontros será o prof. Nino Carvalho.