Webinar sobre Novas Abordagens na Apresentação de Dados

Em 23 de junho acontecerá mais um evento da NewMR. Dessa vez o tema é “New Approaches to Present Data“. Veja a programação e se inscreva.

Asia/Australia Session – Sydney 3 pm to 5.15 pm (Auckland 5pm, Singapore 1pm, Mumbai 10.30 am)

  • Sue York, Trends in Presenting
  • Mike Sherman, Sevendots, Less is More: Getting Value (Not Just Reams of Data) From Your Research
  • Peter Harris, Vision Critical, Data Visualisation, enabling the one slide story
  • Ray Poynter, The Future Place, The strengths and drawbacks of Prezi

Europe/Africa Session – 11 am to 1.15 pm (Mumbai 3.30 pm, Paris 12 Noon, New York 6 am)

  • Ray Poynter, The Future Place, Understanding the role of data in a presentation
  • Tom De Ruyck, InSites Consulting, Infotainment – Going beyond the 30 minute debrief!
  • Ken Brewster, E-Tabs Ltd, Dashboards – the new PowerPoint?
  • Chris Morgan, Data Liberation – Interactive reporting and dashboards – knowledge from the trenches

Americas Session – 2 pm to 4.15 pm (London 7 pm, Seattle 11 am)

  • Ray Poynter, The Future Place, Combating ChartJunk
  • Justine Carleton Gage, Lextant, Insight Translation – Turning Data into Action
  • Nima Srinivasan, Added Value, Connectonomics – Online Connections of Women
  • Kathryn Korostoff, Research Rockstar, Using Social Media to Boost Market Research Learning: The Twitterversity

 

Neurociência, Biométrica, Pesquisa de Marketing e Publicidade

No evento Neuroscience, Biometrics and MR, Cristina de Balanzó (TNS Global) e Helen Rowe (TNS RI-UK) apresentaram um webinar chamado Neuroscience explained. As pesquisadoras falaram sobre as bases da aplicação da neurociência para a pesquisa de marketing, especialmente na avaliação e otimização de campanhas publicitárias.

Primeiro, a divisão entre o racional e o emocional, cartesiana, é criticada. Citando Damasio, Balanzó explica com o gráfico abaixo que, na verdade, o pensamento racional está inserido dentro do emocional. A imagem é adaptada do trabalho The Advertised Mind de Du Plessis, 2005.

O processo de tomada de decisão é baseado nessa interação entre o emocional e o racional. Balanzó explica que o cérebro é dividido em “proto-reptilian brain”, “old cortex (limbio system)” e o “neocortex”. A grosso modo, o primeiro é associado a atividades de auto-preservação, o segundo a regulação de emoções e o terceiro a tomada de decisões. Para ler mais sobre essa divisão, Balanzó recomenda Paul MacLean.

Para a perspectiva da neurociência, estes âmbitos do cérebro não são tão separados e o racional não domina. Houve uma mudança de paradigma com a “revolução emocional”, colocando as emoções novamente como fatores decisivos no comportamento.  Para a neurociência, “usamos instinto quando estamos processando informação e tomando decisões, “somos capazes de criar explicações, mas essas são geralmente pós-racionalizações” e socialmente não nos é permitido “explicar nossas motivações de um modo agregado – ‘o que sinto que é certo'”.

Uma marca no cérebro é apenas uma rede de neurônios trocando energia, uma rede de memória. Dessa forma, precisamos considerar alguns elementos que a neurociência pode explicar: a influência da plasticidade do cérebro; o papel do insconsciente; emoção como uma resposta biológica mensurável; e a complexidade e subjetividade da memória.

Nesse novo cenário, é preciso entender o novo paradigma criado a partir dos insights da neurociência cognitiva: no processo sentir > fazer > pensar, a pesquisa de marketing tem buscado entender o quê as pessoas fazem e sentem através de questionários, surveys e outros métodos. A neurociência seria capaz de explicar também o quê as pessoas sentem.

Helen Rowe fala sobre as principais oportunidade da neurociência no setor da publicidade. O gráfico abaixo mostra a interrelação de diversas métricas coletadas por dispositivos como GSR, EEG e eye tracking. A “Ativação” busca mostrar a excitação cerebral relacionada a determinadas partes e elementos de um vídeo publicitário. A “Relevância” mede o engajamento emocional e cognitivo com uma mensagem ou marca. A “Atenção” escaneia para onde o usuário está olhando, para avaliar quais são os elementos que chamam mais atenção.

Utilizando um exemplo de anúncio de salgadinhos, Rowe mostra e explica como diferentes níveis de reações dos participantes da pesquisa podem ser avaliados. Dessa forma, é possível avaliar branding, narrativas dos anúncios, elementos visuais etc.

Fechando a apresentação, Balanzó lista cinco mensagens-chave para a compreensão da importância da neurociência.

– Satisfazer as necessidades dos consumidores no nível emocional é a chave para branding de suceso
– O uso de biométrica permite chegar aos públicos-alvo através do entendimento de um panorama completo das conexões emocionais no relacionamento marca-consumidor
– Neurociência está oferecendo novos insights no nosso entendimento de reações emocionais inconscientes
– Neurociência é uma adição – não um substituto – para métodos de pesquisa de marketing tradicionais
– As pontes entre ciência e prática de negócios estão sendo construídas para entender melhor o consumidor

Por fim, são responsáveis ao falar de que devemos ser cuidadosos uma vez que esta ciência ainda está em fase de descobertas e ainad existe muito que não sabemos sobre o cérebro.

Em breve mais resuminhos sobre webinars do NewMR e outros eventos. Estude, acesse, produza, compartilhe e não esqueça de se inscrever para o próximo evento sobre Etnografia.