Jornalismo de Revista – slides

Aprendendo a usar o slideshare, decidi postar os slides de uma apresentação que fiz com minha equipe na disciplina da Facom/UFBa responsável pela revista Lupa #6 (ainda não publicada).  Fui monitor matriculado e abandonei a disciplina por falta de tempo, mas cheguei a fazer esta atividade. É uma espécia de resumo do livro Jornalismo de Revista, de Marília Scalzo, com comentários e exemplos complementares não presentes no livro. O blog já possui uma resenha uma resenha. Abaixo, depois dos slides, algumas considerações sobre alguns dos slides que escolhemos.


Slides:
1. Capa do livro.
2. Duas revistas de sucesso de público e de crítica, mas que fecharam. A Realidade é inspiração até hoje.
3. Três das primeiras “revistas ilustradas”, da França e Inglaterra.
4. Série de capas para a Para Todos… feitas por J. Carlos em 1927.
5. As três características definidoras do que é uma revista, segundo Scalzo. Capa da Muito, suplemento do A Tarde, e capa do novo design do Correio*, apontado por muitos como uma “revistização” do jornal.
6. Três revistas customizadas para empresas. Uma telefônica, uma de aviação aérea e de uma loja de luxo.
7. Características do bom jornalista de revista.
8. Capas da Veja, utilizando a força de uma figura política e religiosa.
9, 10 e 11. Capas da Esquire, Vida Simples e Nova, mostrando a estrutura das capas: como o projeto gráfico faz uma capa facilmente reconhecível.
12. Capas da revista Fraude, que utilizam o conceito de “reapropriação” de oturos produtos culturais.
13. O design gráfico cambiante da Ray Gun.
14. Especificidades da pauta no jornalismo de revista.
15. Imagem 1 (superior esquerda): conservadorismo necessário no semanário de informação Veja. Imagem 2 (sentido horário): única utilização de elementos por baixo do texto na Muito, por causa da referência às marcas de café, passíveis de acontecerem “naturalmente” no objeto-revista. Imagem 3: dupla preenchida totalmente por infográfica, na Super Interessante. Imagem 4: ênfase na significação da colagem feita pelo designer, na Inversus.
16. Clássica dupla feita por David Carson, também na Ray Gun. Em entrevista “desinteressante”, trocou todas as letras por caracteres Zapf Dingbats. Mas o radicalismo não foi tão extremo. No final da revista, em corpo de texto minúsculo, a entrevista em caracteres legíveis.
17. Dois usos “ideológicos” da gestualidade na fotografia. Careta de Lula na Veja, careta de Alckmin na Brasil.
18 e 19. Uso da diagramação sequencial na revista Realidade.
20 e 21. Exemplos de infográficos.
22, 23 e 24. Ética no jornalismo de revista
25. Reposicionamento da Capricho

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Jornalismo de Revista, de Marília Scalzo

Uma revista tem três características definidoras. A primeira é a especialização. Cada uma possui um tipo público bem definido e deve ser feita visando falar com essas pessoas, trazer projeto editorial e gráfico condizente com suas expectativas e repertório.

A segunda é o próprio formato físico. Maior apuro gráfico, papel e impressão melhores, portanto maior cuidado com a imagem. O design de revistas é algo mais refinado que o de outros produtos comunicacionais impressos. A terceira, finalmente, é a periodicidade. As revistas jornalísticas semanais, por exemplo, se diferenciam dos jornais impressos por aprofundar mais o assunto e por dar mais espaço para o estilo individual do escritor etc.

É a jornalista Marília Scalzo quem cita essas três características, altamente correlacionadas, em um capítulo breve e suculento de seu livro Jornalismo de Revista. Em nove capítulos, o livro trata de aspectos econômicos do mercado de revistas, história e evolução das revistas no Brasil, características do bom jornalista de revista, o que faz uma boa revista, e questões éticas.

Marília Scalzo dirige o famoso e concorrido Curso Abril de Jornalismo. Já trabalhou na Folha de São Paulo e nas revistas Playboy, Capricho, Veja SãoPaulo, Casa Claudia e A&D, além de ter criado o projeto editorial de Claudia Cozinha. O livro faz parte da coleção Comunicação, da Editora Contexto. Assim como os outros livros lançados (Jornalismo Digital, Assessoria de Imprensa, Jornalismo Cultural etc), foca-se em questões práticas da profissão, não tem peso teórico. Porém, são leituras muito interessantes, mesmo os trechos mais próximos ao relato.

Outro capítulo que destaco no livro é o VII: “O que é uma boa revista”. Além de falar da importância da pauta e do texto propriamente dito, a autora fala de quatro aspectos de maior relevância para os leitores aqui do blog. Capa, fotografia, infografia e design, com o bom subtítulo que, talvez justamente pela sua obviedade didática, é chamativo: “design de revista não é arte”.

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