42 Revistas Online para Designers

revolution-artO site Hongkiat publicou uma listagem de revistas para designers. Como está escrito na postagem, “Not only it feeds us with latest trends and news in the design industry, it’s also a good source of inspiration, particularly useful for those who hit the design block frequently.”

Aqui já existem posts sobre o pdf-mags e as revistas BAK, Design and Life, Kino e ANTI. Para acessar a lista: 42 Free Online Magazines for Designers. A chamativa imagem ao lado é uma dupla da RevolutionArt.

Design e Comunicação Visual, de Bruno Munari

design-e-comunicacao-visual-bruno-munariDesign e Comunicação Visual foi escrito a partir de um curso que Bruno Munari ministrou na Harvard University, em 1967. A primeira parte do livro chama-se Cartas de Harvard. A maioria dos vinte textos (que compõem as primeiras 80 páginas do livro) começa com a narração de algum acontecimento cotidiano, aparentemente trivial do dia do autor. Em seguida, Munari escreve sobre alguma de suas aulas ou técnicas empregadas e o leitor percebe que o início do capítulo não tinha nada de trivial. Tal estratégia liga, por exemplo, a pluralidade de vestimentas dos alunos dos campi de Harvard à individualidade da expressão de cada um deles nos exercícios propostos.

decomposicao-mensagem-visual-bruno-munariA segunda parte, que se chama Comunicação Visual tem quase trezentas páginas nesta edição que tenho em mãos. Ao definir mensagem visual, Munari a decompõe da seguinte forma (ver imagem abaixo). A Mensagem Visual é composta por Suporte e Informação. O Suporte, por sua vez, em Textura, Forma, Estrutura, Módulo e Movimento.

Talvez seja um problema na tradução, mas o uso das palavras “suporte” e “informação” confundem. Na verdade, Munari propõe esse modelo algo que poderia ser descrito como análogo a suporte/significante e informação/significado. Mas a palavra “suporte” pode dar a entender que se trata apenas do papel ou do material “bruto”. Não é o caso. O Suporte de Munari é textura, forma, estrutura, módulo e movimento. No design de uma revista seria todos os materiais significantes, do papel e da ilustração ao projeto gráfico, grelha, sequência das páginas e até mesmo do passar do tempo.

Estas 300 páginas da segunda parte são compostas prioritariamente por imagens a partir da página 100. Cada dimensão do Suporte é definida para em seguida ser destrinchada em questões secundárias e derivadas. Formas, por exemplo, é seguida de 22 capítulos, tratando de, por exemplo: simestria; formas interiores do cubo; formas nos líquidos; sequência de formas; etc. E cada capítulo é acompanhado de várias imagens (alguns trabalhos de alunos, inclusive).

Bruno Munari apresenta neste livro uma fervorosa defesa do estruturalismo. A corrente filosófica (que influenciou correntes de pensamento na semiótica, antropologia, comunicação etc) acredita que toda a experiência humana e, em alguns casos, todo o mundo físico é regido por estruturas. A bibliografia também não nega. Entre os cinco livros de semiótica está A Estrutura do Ausente, de Umberto Eco. Neste maravilhoso livro, a estrutura é provocativamente “ausente” no título porque, afinal, se a estrutura está em tudo não pode ser “presente”, tampouco. Munari fala de estruturas em rios, por exemplo, e descreve um exercício a partir disso.

O livro ainda traz, nas últimas páginas considerações breves sobre a cor e a apresentação do método projetual de Bruno Munari com diagrama e tudo.

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almanaque – enciclopédia do design

almanaque-enciclopadia-do-design-rogario-duarteO almanaque é uma pequena enciclopédia sobre design hospedada no site Rede Design Brasil.  A imagem ao lado é um printscreen do artigo sobre Rogério Duarte, o designer baiano responsável pelo discurso gráfico do tropicalismo. Contêm textos de Ethel Leon, Geraldo Pougy e Kando Fukushima.  No mesmo site, um “abc do design“, produzido pelo Sebrae de São Paulo, lista de efemérides, frases e sites relevantes.

A Rede Design Brasil tem como objetivo “promover a integração, a convergência e a cooperação entre as diversas ações na área do design em todo o país.  Para isso o site DesignBrasil vai incentivar a interação e a troca de informações entre profissionais, estudantes, empresários e todos os que vivem design no Brasil.” Dentro do site, também é mantido o Observatório Design Brasil.

Está longe de cumprir todo o seu potencial, em parte pela desatualização dos mecanismos de colaboração, mas é sem dúvida um bom ponto de partida para conhecer melhor o design brasileiro.

Revista Continuum – o desenho das idéias

continuum-itau-cultural-desenho-das-ideiasA revista Continuum é uma publicação do Itaú Cultural. A cada número um tema é escolhido para ser investigado através de reportagens e entrevistas. O primeiro, de junho de 2007, foi “A Internet e o Mundo Contemporâneo”, e entre os 17 já lançados também já foram discutidos temas como violência e arte, cultura imaterial e gerações.

O que tive em mãos a versão impressa foi “O desenho das idéias”, de maio de 2008. Este número, sobre design. O primeiro texto, claro, é introdutório sobre o que é o design e suas diversas faces. Em seguida, sustentabilidade. Depois, o texto mais interessante da revista, sobre oito “clássicos” do design brasileiro.  Depois da entrevista com Rafael Cardoso Denis, design editorial de capas de livros no Brasil. Pra finalizar com chave de ouro, um paper toy na contracapa.

Todos os números podem ser lidos no site, em versão para navegador, como website ou baixados em .pdf a versão impressa.

PingMag: criação e inspiração japonesas

O Japão é um país muito, mas muito idiossincrático. O que não falta na mídia ocidental são produtos que observam a cultura japonesa. E o que também sobra são análises rasteiras, que falam de “quadrinhos de olhos grandes e leitura inversa”, “sabedoria nipônica” ou “a honra do harakiri”.

A PingMag é uma revista online em formato de blog que trata de design, moda, arquitetura, fotografia, artes visuais, música, tecnologia e o que há de mais interessante no Japão.

Um dos últimos textos é sobre a Nakagin Capsule Tower. O bom texto explica a crise que a fascinante torre (que eu não conhecia, apesar de ser dos anos 60) está passando, fala sobre o modelo Metabolista na arquitetura e traz imagens impressionantes.

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Alguns meses atrás outro artigo que me chamou atenção foi sobre o artista Haruo Suekichi. Há mais de treze anos o japonês cria relógios em estilo Steampunk. E por falar nisso, recentemente o site brasileiro Steampunk completou um ano.

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