Prêmio TIM 2008 – Projeto Visual

Entre as categorias do renomado Prêmio TIM de Música, existe uma de Projeto Visual. Neste ano, foram três os concorrentes: ‘Toda Vez que Dou um Passo o Mundo Sai do Lugar’, de Siba e a Fuloresta, projeto de Luciana Fachini e os Gêmeos; ‘Fome de Tudo’, de Nação Zumbi, projeto de Valentina Trajano e Jorge du Peixe; e o disco homônimo de Cantando e Reinando com os Arturos, projeto de Jalver Bethônico. A imagem ao lado é a capa do vencedor. Projeto à altura do grupo pernambucano, de música maravilhosa.

Revista Lupa #2

Em outra postagem eu já falei do número 4 desta revista, a Lupa. É uma produção laboratorial da Faculdade de Comunicação da UFBa. Semestral, existe desde 2006.1. Os números 2, 3 e 4 da revista estão disponíveis no Issuu (ver acima) e para download em pdf no blog. Na tal postagem falei sobre alguns aspectos históricos e produtivos da revista, mas não falei de sua estrutura. É dividida (desde a reformulação neste número) em: Circo Urbano, editoria de comportamento; Impressões, ensaio fotográfico; Prova dos Nove, educação; Passepartout, arte; Meio e Mensagem, comunicação e mídia; e Cubo Mágico, editoria literária.

Entre as matérias de Prova dos Nove, destaco a que trata de intercambistas africanos em Salvador. Em Passepartout, texto sobre a velha discussão sobre os “cinemas de arte”, se é que isso não é um pleonasmo… Também temos uma entrevista com Luís Augusto, autor de Fala Menino!, uma tirinha surgida aqui pelas bandas de Salvador. A técnica não é das melhores, mas o conceito – personagens principais portadores de necessidades especiais, fez sucesso.

Uma organização recorrente nos números seguintes é a da matéria de duas páginas divididas em ímpar>par, ao invés de disposta em uma dupla “normal”. É justamente uma que usa este recurso que aponto como melhor a realização visual desta edição. “Sem Pressa para Arrumar as Malas“, nas págs 21-22, delimita o espaço da matéria com uma ‘caixa’. Dentro, na primeira página, uma fotografia de estúdio divide um espaço de fundo preto com o título, chamada, crédito e alguns pictogramas. No resto do espaço, o texto da reportagem. Na página seguinte, dentro da mesma ‘caixa’, os elementos parecem se mover. O fundo preto desce. Dessa vez, com o texto complementar (o ‘box’, se eu não estivesse colidindo os termos) que divide o espaço com outra fotografia, que estabelece um sentido, sequencial, em relação à anterior. Também se localiza, espacialmente, depois do término do texto principal: reforça a conclusão feliz ao qual o leitor chega.

Em breve, postagem sobre os números 3 e 4. E, ainda neste semestre, cobertura do lançamento do quinto número.

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Portfólio e blog da diretora de arte, Alice Vargas

Revista Fraude #4

E a revista Fraude chega, em 2006, ao seu quarto número. Desta vez, além de escrever, comecei minha experiência em design de revistas. Além da evolução na tiragem (1000 exemplares), a equipe se mantêm completa desde 2005 e é um exercício interessante comparar este número com o terceiro.

A melhor matéria, mais jornalística, trata da polêmica sobre o conceito de cinema independente na Bahia. O meu texto trata das adaptações, para outras mídias, dos contos de Lovecraft, agora em domínio público. Além destes, destaco o guia sobre onde comprar quadrinhos em Salvador: livrarias, sebos, lojas…

Nesta edição começam a ser usadas vinhetas mais explícitas para cada editoria. Os pontos altos do design são, na minha opinião: a dupla 32-33, da matéria ‘Terra dos Sonhos’; a primeira página (apesar de tematicamente equivocada) da matéria sobre cinema independente (p.22); e, por fim, a melhor: a dupla 10-11 com ótimas colagens.

Na capa, o conceito de “fraude”, já utilizado naturalmente nos outros anos, é mais “escancarado”. Livremente baseado no encarte do primeiro CD do Cansei de Ser Sexy, é a capa melhor produzida (digo mais produzida, e não mais bonita: ainda prefiro a da número dois) até agora.

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Revista Muito #1

A primeira edição da Muito foi lançada. A revista vem, a partir de hoje, em todas edições de domingo do Jornal A Tarde. Há várias mudanças em relação ao número zero, disponível para download na página da revista. Em relação ao projeto gráfico, o azul substitui o vermelho no logotipo e nos títulos de seções.

A entrevista dessa vez é bem mais interessante. Solange Farkas, diretora do MAM-BA, fala da polêmica envolvida na sua indicação e sobre os rumos do museu.

A capa traz a estilista Márcia Ganem, algo meio despropositado. Ela só aparece na revista na matéria sobre o bairro “Santo Antônio Além do Carmo”, falando sobre a compra de imóveis no local em valorização. Talvez essa discrepância se deva a um problema explícito na revista, excessivamente de consumo. As opções de personagens ou temas mais relevantes para a capa são poucos.

Desgustação de cervejas importadas, que estão cada vez mais presentes nos supermercados soteropolitanos e um ensaio de moda com a Deusa do Ébano do Ilê Ayiê também ocupam espaço nessa edição. A ilustração que fecha a revista é outra vez de Juliana Moraes. A crônica dessa vez é pouco inspirada, mais uma enumeração do que literatura.

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