Bauhaus, de Magdalena Droste

bauhausNo epílogo de Bauhaus, Magdalena Droste reitera no leitor a impressão de um trabalho bem feito. Com o subtítulo “Lenda da Bauhaus”, o epílogo formula, com todas as palavras, o que já estava por baixo das palavras em cada uma das noventa e quatro páginas anteriores do livro. O “Estilo Bauhaus” e a lenda sobre seu sistema de ensino são em parte construção do trabalho de relações públicas que Walter Gropius manteve, mesmo depois do fechamento da escola.

Porém, essa constatação não significa que a Bauhaus deixa de  ser um marco fundamental na história do design.  Neste livro da Taschen, são mais de trinta pequenos capítulos sobre a história da escola da sua fundação em 1919 ao fechamento em 1933.

O texto crítico de Droste aborda, é claro, os diretores Walter Gropius, Hannes Meyer e Mies van der Rohe, de seus diferentes sistemas de ensino, das proposições políticas de cada fase, das brigas de poder e dos mestres que passaram pela escola como Wassily Kandisnky, Paul Klee, László Moholy-Nagy entre outros. Mas não se resume a isso.

Como já disse, o texto sobre todos esses tópicos indispensáveis é crítico e bem escrito. Mas algumas questões, que poderiam ser facilmente deixadas de lado por outro historiador, marcam presença. É o caso do capítulo “Mulheres, Homens, Casais”, no qual critica os critérios de seleção que favoreciam homens, e escreve sobre o papel desempenhado por Ise Gropius, Lilly Reich e outras mulheres na Bauhaus.

Há duas edições deste livro. A que resenhei e que tem a capa que serve de imagem do post, é  a versão menor e mais barata. Mas também há uma versão maior, daquelas de “pôr na mesinha de centro”.

+ Mais
– Vejam os preços de ambas as versões de Bauhaus
– Artigo do Wikipédia sobre a Bauhaus

Ponto Linha Plano, de Wassily Kandinsky

ponto-linha-plano-wassily-kandinskyOra traduzido por “Ponto, Linha, Plano“, ora como “Ponto e Linha Sobre Plano“, o livro de Wassily Kandinsky originalmente se chama Punkt und Linie zu Fläche no original em alemão. O artista e teórico foi um dentre o primeiro grupo de “mestres” da Bauhaus. Ensinou nesta universidade de 1922 até seu fechamento em 1933, pelo regime nazista.

Ponto, Linha, Plano foi lançado pela primeira vez em 1926, em Munique. Fazia parte da coleção Bauhaus Bucher, dirigida pelo então diretor da instituição, Walter Gropius e por Lászlo Moholy-Nagy. Junto a Do Espiritual na Arte e Curso da Bauhaus foram a tríade das obras teóricas de Kandinsky.

Esta edição brasileira, da coleção arte&comunicação” da edições 70 foi lançada em… 1970. Além dos prefácios e da introdução, os capítulos são justamente estes três elementos fundamentais: ponto, linha e plano original. O apêndice traz 25 aplicações dos conceitos abordados no livro.

O excerto abaixo da apresentação por Philippe Sers, descreve bem a proposta de Kandisnky:

O estudo, para Kandinsky, deve começar pelos elementos mais simples que são também os elementos necessários sem os quais nenhuma pintura é possível. […] Ponto-Linha-Plano é dedicado à análise de dois elementos fundamentais da forma: o ponto, elemento a partir do qual decorrem todas as outras formas, e a linha. O método aqui proposto consiste no estudo desses dois elementos primeiro em abstrato, sem suporte material, depois em relação com uma superfície material, ou seja, com o plano.”

+ Mais

– Veja preços de Ponto Linha Plano
– Veja preços de Do Espiritual na Arte
– Veja preços de Curso da Bauhaus
– Veja preços de Bauhaus, de Magdanela Droste