12 livros para o profissional de mídias sociais ler em 2011 – parte 1

No final do ano passado publiquei 12 livros para o profissional de mídias sociais ler em 2010 (ver parte 1, parte 2, parte 3, parte 4). Vou repetir a dose este ano, mas com um espaçamento de tempo maior. A cada quinzena vou falar sobre três livros por aqui.

#MidiasSociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões
Orgulhosamente fazendo jabá do ebook que co-organizei junto com Danila Dourado, Marcel Ayres, Renata Cerqueira e lançamos em setembro de 2010. Deu bastante trabalho, mas foi recompensador. São sete seções de artigos de grandes profissionais brasileiros e espanhóis, falando sobre temas como: planejamento de comunicação, monitoramento, coolhunting, novas mídias, educação, inteligência coletiva etc.

Entre as 150 páginas e 17 artigos publicados, os estilos de texto, óticas e opiniões compõem um pequeno resumo das experiências de profissionais que enfrentam, dia a dia, o desafio de executar bem o trabalho, convencer clientes e ainda compartilhar seu conhecimento. O ebook, gratuito, pode ser lido e baixado em www.slideshare.net/papercliq/ebook-midias-sociais-perspectivas-tendencias-reflexoes

A segunda e a terceira dica são dois livros que tratam de memória digital, com opiniões bastante contrastantes . O motivo de indicar dois livros sobre memória digital é simples: características e desenvolvimentos em torno da memória digital estão envolvidos diretamente com a preocupação sobre reputação das marcas na web.

Em Delete – the virtue of forgetting in the digital age, por exemplo, Viktor Mayer-Schonberger procura explicar para o leitor como, hoje, seria mais fácil lembrar do que esquecer. Para o autor, a memória digital traz mais malefícios do que benefícios e, no final das contas, o que pretende com o livro é propor a “volta do esquecimento”. Por exemplo: limite de tempo em que uma informação pode ser armazenada em uma base de dados.

Através dos capítulos do livro, o autor apresenta as questões em relação à memória digital de uma forma bem sistematizada. Por exemplo, define e discorre sobre os motivadores do declínio do esquecimento, como digitalização, alcance global, recuperação fácil, armazenamento. Também fala dos perigos de algumas características da memória digital, como abrangência, acessibilidade e durabilidade.

Enquanto Mayer-Schonberger lamenta a “memória completa”, os autores de O Futuro da Memória – Como essa transformação mudará tudo o que conhecemos festejam e agem para que a humanidade alcance o sonho da memória completa sobre as experiências humanas. Gordon Bell e Jim Gemmel são pesquisadores da Microsoft e desenvolvem dispositivos como o MyLifeBits, projetados para armazenar através de texto, fotografia e vídeos toda a vida de quem os usa.

Com prefácio de Bill Gates, o livro é dividido em três partes. Na primeira, os autores falam do projeto MyLifeBits, escrevem sobre memória, biomemória e “e-memory”. No segundo falam do impacto da memória digital pros Âmbitos do trabalho, saúde, aprendizagem, vida diária e pós-vida. No último, escrevem sobre como a pessoa comum poderá abraçar essa revolução da maneira mais proveitosa e saudável.

Para entender a comunicação online, estes dois livros completam-se no que se refere à memória digital. Entender a importância, por exemplo, da reputação, monitoramento, boca a boca, favoritamento e recomendação social em um contexto no qual as interações e publicações são armazenadas passa pela memória. Veja duas apresentações minha sobre o tema: O declínio do esquecimento e Registro e Uso dos Traços Informacionais em Sites de Redes Sociais.

Daqui a duas semanas, mais três dicas de livros. Aguarde e assine o feed do blog pra não perder nada: http://feeds2.feedburner.com/tarciziosilva