Marcar com Estrela #1: jornalismo visual, e-commerce, games, twitter tools e buzz

Assinar mais de 210 itens no Google Reader ocupa tempo de seleção, triagem e leitura, mas também permite encontrar muito conteúdo bom.  Os posts “Marcar com Estrela” serão links e eventuais pequenas descrições dos últimos melhores itens que… marquei com estrela. Simples o conceito, fiquem de olho nos links e comentem se gostaram, indiquem outros e tal. Vamos lá, os último cinco itens foram:

Bibliografia de jornalismo visual
Pesquisadora posta lista enorme de sites e blogs sobre jornalismo visual.

Como Nasceu o Buscapé
Blog Ikeda incorpora vídeos de palestra de Romero Rodrigues, sobre a fundação do Buscapé.

Novos rumos para os games
Blog da Nomad traz vídeo sobre novas tecnologias na produção de games, como o uso da realidade aumentada.

10 Twitter Tools to Organize Your Tweeps
O Mashable, blog especializado em mídia social, traz dez ferramentas para organizador os contatos de Twitter.

Estratégias de publicidade em blogs e como gerar buzz na Internet
Wagner Fontoura postou os slides de sua palestra apresentada no Social Media Brasil.

Faces do Design 2 – Ensaios sobre arte, cultura visual, design gráfico e novas mídias

facesdodesign2Faces do Design 2 – Ensaios sobre arte, cultura visual, design gráfico e novas mídias não menciona na orelha, e na introdução da organizadora Mônica Moura cita apenas indiretamente, mas os 14 ensaios que compõem o livro são frutos da pesquisa na Universidade Anhembi Morumbi. Quando acabei de ler o livro, interessei-me bastante por esta escola.

O longo título faz juz à multiplicidade de assuntos abordados. Editado pela Edições Rosari sob a Coleção TextosDesign, aborda design gráfico, design de jogos, design de moda, fotografia, dança, arquitetura, branding, comunicação e antropologia.

Não segui a ordem especihelenita-queiroz-grave-minhoficada pelo sumário, e iniciei a leitura pelo ensaio da organizadora, com o envolvente título “Transgressão e impertinência no design”. A autora abre o ensaio com uma análise do caso do prédio ao lado, construído em Madre de Deus, Bahia. A “transgressão na vida cotidiana” é exemplificada pelo esforço de Dona Helenita em levar à cabo seu projeto/sonho de ter uma casa que tivesse frente para duas ruas. Ainda que o terreno apenas tivesse 1m de largura. Transgressão e impertinência também existentes no design, como mostra em seguida.

“Design de jogos: é brincadeira?”, de Delmar Galisi Domingues investiga a produção de jogos eletrônicos a partir do papel do designer de jogos. Para isso, escreve como esse profissional está envolvido em várias etapas na concretização de um game, do som, à programação, assim como a sua especificidade, que é “projetar o game, determinar sua aparência e jogabilidade”. Ao usar a metáfora do “diretor de cinema”, polemiza invertendo a associação: não seria na verdade este que deveria se chamar de designer?

Gisela Belluzo de Campos traz o ensaio “Arte, design e linguagem visual”. Apesar do título um tanto abrangente, o que a doutora em Comunicação e Semiótica faz é analisar as mudanças sofridas pelo design gráfico desde seu estabelecimento, sua fase modernista e na fase atual chamada “pós-moderna”. Identifica, inclusive, algumas características que desenvolve no texto, como: desfoque nas imagens; tipografias de baixa legibilidade; uso de cores industriais; mudanças de gostos. Desenvolve cada um desses fatores, depois de lembrar que: “cada criação e cada produção ocorre por uma necessidade do criador, do seu tempo, do seu público, do seu momento histórico e do lugar, e que o modo de admirar e fruir estas produões muda com a época.”

Os outros onze ensaios publicados são:

– A funcionalidade no design contemporâneo, de Adriana Kei
– O designer na construção de marcas: criando experiências e emoções, de Adriana Valese
– O caderno de ntoas como ferramenta do designer, de Claudia Marinho
– O design em formação, de Cláudio Ferlauto
– O olhar antropológico do designer, de Irene G. Rodrigues
– Design e fotografia caminham juntos, de Jofre Silva
– A gênese da moda, de Kathia Castilho
One more time. O improviso jazzístico e o design, de Marcos Mello
– Artesanato: patrimônio cultural, de Nelson Somma Junior
– Design de interfaces coevolutivas para a criação artística em dança, de Rachel Zuanon
– Por baixo dos panos: design de moda além da face, Rita Morais de Andrade 

Os programas de mestrado em design e comunicação da Anhembi Morumbi oferecem as dissertações para download em pdf e merecem a visita:  Mestrado Design e Mestrado em Comunicação.

Antes de finalizar, uma puxadinha do assunto para meu outro grande interesse: mídias sociais. A Edições Rosari é uma das editoras brasileiras de design que criou Twitter, assim como a 2AB e a Cosac Naify. É só clicar nos links da última frase pra ficar por dentro de notícias e promoções.

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Realidade Sintética – os videogames na universidade

realidade-sinteticaQuase fui pesquisador em quadrinhos. Associados a outras questões pessoais e profissionais, os olhares de desprezo a meu pôster sobre Macanudo no SEMPPG de 2007 puseram um fim nessa pretensão. Acabei deixando a paixão só para a fruição e análise “não-acadêmica”.

Assim como os quadrinhos, um objeto de pesquisa muito subestimado é o videogame. São poucos os pesquisadores que enfrentam o preconceito. Alguns deles se reuniram no Realidade Sintética.

O Realidade Sintética é um espaço de discussão e atualização sobre o que acontece no mundo dos videogames e como isso repercute na academia, na pesquisa científica. Acima de tudo, o Realidade Sintética é um blog – com abertura para comentários e uma versatilidade maior no quesito conteúdo – composto por pesquisadores do assunto alocados por vários lugares do Brasil.”

Os colaboradores são seis: três da UFBA, além de UFRJ, UFF e Concordia. São pouco menos de 20 posts desde outubro passado, entre notícias, análises e listas bibliográficas. No último post, Emmanoel Ferreira escreve sobre a “ilusão de controle” que acontece especialmente em determinados jogos, como os “baseados em história”. Emmanoel diz que somente em jogos em rede, podem realmente ser criadas novas variáveis, com um controle mais amplo do jogo. É o caso de World of Warcraft e de Ragnarok, por exemplo. Nestes jogos, com milhares (ou até milhões) de pessoas conectadas em um único mundo, dinâmicas sociais são transportadas para aquele espaço, que vira palco até de protestos.

Também são observados os ARG – Alternate Reality Games, ou Jogos de Realidade Alternativa. Recentemente tomei conhecimento do ARG produzido para o guaraná Antarctica, que fez um senador pagar mico nacionalmente. No blog, um ARG no mundo de Lost.

Mas uma das partes mais suculentas do blog é a lista de publicações do grupo. São mais de 30 artigos. Se ainda torces o nariz para os videogames, recomendo o O que podemos aprender jogando MMORPG.

Into the Pixel

Into the Pixel é uma exposição anual que, desde 2004, seleciona arte produzida por artistas digitais e designers de videogames. Os dezesseis melhores de cada ano são expostos na E3, a maior exposição de videogames do mundo. É realizada em parceria com as instituições Entertainment Software Association (ESA), a Academy of Interactive Arts & Sciences (AIAS), e Prints and Drawings Council of the Los Angeles County Museum of Art (LACMA).

A imagem ao lado é arte de Daniel Dociu, chamada Floating Mosque, para o jogo Guild Wars.