Nesta semana o Twitter disponibilizou a ferramenta de listas para todos seus usuários. Além de tornar obsoletos alguns aplicativos que tinham funcionalidade parecida, adicionou novas questões interessantes de serem observadas. Para quem ainda não conferiu: listas são criadas pelos usuários que podem adicionar os outros, sem precisar do consentimento destes. Pode ser pública ou privada, não há limite de perfis e, como as listas estão ligadas aos perfis de quem os criou, podem existir tantas listas com o mesmo nome (social-media, por exemplo) quanto usuários de Twitter existirem.
Um amigo meu, conhecedor de mídias sociais e grande literato, ilustrou muito bem um dos aspectos das listas:
O ato de classificar (ou tagging) conteúdo foi inserido no Twitter para classificação de usuários, de certa forma. O conjunto de listas a que um usuário foi adicionado resume em parte as impressões e percepções que causou no ambiente do Twitter, na internet como um todo e, em alguns casos, também no ambiente offline.
No momento, os usuários não podem se excluir das listas. Ou seja, as listas podem representar como o conjunto ativo dos seguidores de determinado perfil o classifica em tags e como o valora – no caso de listas que se focam, ao invés de temas, em atribuições de qualidade.
Por exemplo, entre as minhas listas há várias de Mídia Social (por causa do meu trabalho, do próprio Twitter e deste blog aqui), algumas de Design (herança do IPF), outras de Comunicadores e Blogueiros da Bahia (por causa de eventos), algumas relacionadas à Pesquisa Acadêmica e Facom e algumas lúdicas/incompreensíveis, como Hombres Que Indico (!) e Segunda-Feira (!?). É fascinante observar as apropriações que os usuários fazem das ferramentas técnicas disponibilizadas. Fiquem de olho.