A identidade cultural de um grupo qualquer é sempre uma negociação com as outras identidades possíveis. Negociação tanto no sentido de partilha de alguns elementos em comum quanto no sentido de posicionamento contrário. Para definir qualquer coisa, e não só uma identidade, é preciso dizer o que não se é. A alteridade do posicionamento de um sujeito em relação ao outro é mais evidente em alguns grupos, como os punks.
Os adeptos do movimento punk quiseram se diferenciar do restante de uma sociedade que eles abominavam, daí a necessidade de desmerecer os símbolos dos poderes institucionalizados – caso do repúdio do Sex Pistols à rainha da Inglaterra. A cultura punk pretende-se iconoclasta de todos os valores clássicos. A música – sob a forma do punk rock – é reconhecidamente o principal pilar do movimento e sua subcultura, com letras de caráter contestador.
A enunciação oficial histórica é combatida por intervenções urbanas que contestam a autoridade. O movimento punk foi especialmente prolífico nesse sentido. A capa do single ao lado, por exemplo, usa como base uma imagem oficial largamente difundida da rainha da Inglaterra. Essa imagem foi utilizada em diversos fanzines e grafites, com dizeres ofensivos sobrepostos à imagem.
O álbum “Never Mind the Bollocks”, da banda inglês Sex Pistols é um exemplo característico da quebra de regras formas de composição. Também elaborada pelo designer Jamie Reid, ignora propositalmente conceitos básicos de design, como visibilidade, simplicidade e padronização. O título do álbum é fragmentado em duas famílias diferentes de tipos, causando uma certa estranheza na primeira leitura. O nome “Sex Pistols” é escrito com letras irregulares em espaço negativo numa faixa lilás sobre um fundo amarelo. O uso de letras diferentes em uma mesma palavra foi utilizado pela cultura punk para se referir à cartas anônimas (de seqüestro ou atentado, por exemplo).
Outros trabalhos de Jamie Reid:
Leia mais:
+ HALL, Stuart. A Identidade Cultural na Pós-Modernidade.
+ LOPES, M.B.P. As fontes no rock: uma análise dos elementos tipográficos em capas de discos.
+ mais sobre Jamie Reid no site mital-U
Agora compreendo pq as capas do Sex Pistols são tão horriveis.
Eu como um fã do PINK FLOYD, mesmo gostando do Sex, ñ sou muito ligado no visual deles, e nem tão pouco contestador, mas sou libertário!!!!!!!
Abraço
http://lishadcir2.blogspot.com/
não vou comentar a respeito do post, porque pra ser bem sincera eu não consegui ler ele até o fim.. infelizmente o sono e eu estamos em uma dura batalha nesse exato momento rs!
mais enfim… achei o seu blog muito interessante, mais tambem ora essa o que esperar de um jornalista, redator…!
bom por hora é só..
ah antes que eu me esqueça..
um Feliz natal…!
ah meu endereço eletronico é
http://www.m3g.zip.net
Uma informação curiosa.
O http://tempraquemquer.blogspot.com indicou o seu blog ao Prêmio Escritores da Liberdade…
Veja aqui a postagem em que o nosso blog indicou o seu:
http://tempraquemquer.blogspot.com/2007/12/prmio-escritores-da-liberdade.html
Diz teu e-mail pra que a gente possa mandar o código HTML pra vc colocar no blog…
abraços!!