Para quem ainda não conhece, o Cultura Digital é um site de rede social criado pelo governo brasileiro para fomentar a cultura digital. Permite agregar conteúdo de outras mídias sociais (blogs, compartilhamento de vídeo, redes sociais). Segundo a descrição oficial, é um “espaço público e aberto voltado para a formulação e a construção democrática de uma política pública de cultura digital, integrando cidadãos e insituições governamentais, estatais, da sociedade civil e do mercado“. Tenho um perfil por lá.
Recentemente foi lançado o livro Cultura Digital Br, com entrevistas de muita gente que sabe do riscado (apesar da presença de Marcelo Tas). Estão inclusos no livro André Lemos, Marcos Palácios, Sérgio Samadeu, André Stolarski, por exemplo. Várias problematizações da cultura digital são postas em discussão. Por exemplo, leiam a pergunta abaixo, feita a Marcos Palácios:
AGORA, PARA TUDO ISSO, É NECESSÁRIO UMA BANDA LARGA. NÃO HÁ A CRIAÇÃO DE UMA ELITE DIGITAL NESSE SENTIDO?
Sim. Quando você acessa o New York Times, imediatamente ele pergunta qual é a velocidade da sua conexão. Há um determinado tipo de infografia inacessível com menos de 1 giga de capacidade de conexão, com um infográfico supersofisticado, todo interativo, ou um infográfico estático, se você tiver uma velocidade baixa. E existe a possibilidade de se criar redes exclusivas, de altíssima velocidade, onde nem todos teriam acesso. É uma internet fechada. Há reações a isso, posicionamentos políticos pela universalidade do acesso a todos os conteúdos disponíveis. Ainda que exista a universalização e não existam restrições de acesso aos arquivos, há restrição prática, de nem todos terem a velocidade suficiente para baixá-los. É a exclusão dos incluídos ou dos semi-incluídos. Quer dizer, eu sou incluído, mas eu sou incluído em baixa velocidade, em banda estreita.
Para baixar o livro em PDF, é só clicar: http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2009/09/cultura-digital-br.pdf