One Point 0 é um filme americano de ficção científica e baixo orçamento. Cult, alguns diriam. Sem querer voltar a tentar me meter em crítica de cinema, indico esse filme aqui por causa de sua temática. O filme de Jeff Renfroe e Marteinn Thornsson tem como protagonista um programador que começa a receber misteriosos pacotes vazios em seu apartamento e, claro, passa a investigar o que são. Spoilers daqui pra frente.
Pouco tempo depois de receber os pacotes, o protagonista começa a comprar compulsivamente uma marca de leite. Mais à frente, descobre que estava recebendo nanorobôs naqueles pacotes. Era uma experiência (mal-sucedida) de desenvolvimento de uma publicidade mais “matadora”(rá). Essa temática sobre nanorobôs me assusta umpouco. Meus 0,00000005% ludista não vêem com bons olhos a miniaturização de robôs como estes aqui.
A discussão sobre o desenvolvimento de tecnologias para publicidade ou incentivo ao consumo já inflama discussões hoje em dia. Em relação à publicidade comportamental, utilizar sistemas de monitoramento de navegação web (que podem ser imbutidos em simples programas como navegadores ou toolbars) já levantam a discussão sobre privacidade e segurança. Se tal empresa que possui redes de anúncios pode desenvolver sistemas de análise e predição de comportamentos, até onde isso é ético e seguro?
A inteligência coletiva de 300 milhões de usuários do Facebook que postam frequentemente textos, conversas, fotos, vídeos e interagem com o sistema já levanta hipóteses conspirativas sobre o desenvolvimento de sistemas como a Skynet (do filme Exterminador do Futuro) e outros chamam o Google de “O Grande Irmão” (referência ao livro 1984)… Exageros à parte, para o bem ou para o mal, o poder da informação – que, com as atuais tecnologias de informação existentes, pode ser digitalizada, armazenada, analisada e utilizada com uma facilidade e escala nunca vistas – é crucial para todas as esferas da sociedade. Para desenvolvimento econômico, para melhorias da sociedade ou para a “dominação mundial”? O que será?