Cultura Pop Japonesa & Mangá: o poder dos quadrinhos japoneses

cultura-pop-japonesa-sonia-luytenEnquanto passeava pelo Google Books, descobri que estes dois livros da Sonia Maria Bibe Luyten estão disponíveis inteiros e gratuitos!

Sonia Luyten é uma das maiores pesquisadoras de quadrinhos no Brasil e, certamente, a maior pesquisadora de mangás. Já tive a oportunidade de ler Cultura Pop Japonesa. Neste livro, a pesquisadora organizou e reuniu quatorze artigos e duas transcrições de palestras sobre mangás e animes. Os textos tratam de estética, história, educação, economia, produção gráfica etc. Entre os autores estão Sidney Gusman, Alfons Moliné, Erica Awano e José Marques de Melo.

Mangá: o poder dos quadrinhos japoneses, por sua vez, foi todo escrito por Sonia Luyten e traz os capítulos:  Histórias em quadrinhos japonesas – o poder da comunicação do século XX; História e expansão dos mangás; A internacionalização dos mangás; Mangá, o ópio de cada dia.

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Exposição Baiano Tem É Arte [catálogo e vídeo]

baiano-tem-e-arte-catalogoEstudo Produção em Comunicação em Cultura na UFBa. Uma das disciplinas, a mais característica do curso, se chama Oficina de Produção Cultural. Nela os alunos devem criar um evento ou produto cultural durante o semestre. Tive a oportunidade de produzir uma exposição de arte. Apesar no nome ridículo (fui terminantemente contra), a experiência foi interessante. Aconteceu em julho de 2006. O texto inicial do release e do catálogo é o seguinte:

O projeto “Baiano Tem é Arte” surgiu da idéia de se questionar o que pode ser considerado ‘arte’. Através da exposição de artes visuais alternativas, o “Baiano Tem é Arte” representa peculiaridades da cultura baiana sob a perspectiva de artistas locais.

Durante 11 dias, quatro formas de artes
urbanas estarão expostas simultaneamente na Galeria da Cidade. O Mangá, mistura da cultura baiana com a cultura oriental; o Grafitti e os Stickers, típicas manifestações artísticas urbanas; e o VJing, representante da cultura eletrônica apropriada pelo jeito baiano de ser, formam um quarteto diversificado que, através de esculturas, quadros, desenhos, vídeos ou telas, mostram que o “Baiano Tem é Arte”. O projeto é realizado pelos alunos de Produção Cultural da UFBA que aliam o embasamento teórico na área de Comunicação e Cultura à inovação artística, garantindo o sucesso do projeto “Baiano Tem é Arte”.

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Este post sobre a exposição é para apresentar o catálogo e vídeo. A primeira é o catálogo realizado para o BTEA. Há ao menos uma obra de cada artista que expôs no evento. O projeto gráfico e design foi de Janaína Cerqueira. Eu fotografei as obras, editei o texto e finalizei (os erros encontrados creditem a mim). Clique aqui para baixar uma versão em resolução média (21Mbs) ou uma versão de baixa resolução (3Mbs).

E este é um vídeo que o professor da disciplina, Leonardo Costa, conseguiu capturar sobre reportagem realizada pelo Informe Bahia, telejornal da Tv Itapoan:

Battle Royale

Um reality show. Quarenta e dois participantes. Uma ilha. Só um vencedor. pra alcançar a vitória, todos os outros quarenta e um concorrentes devem ser eliminados. Para todo o sempre. Pode não parecer o mais original dos roteiros (vide O Sobrevivente, romance de Stephen King adaptado aos cinemas em 87), mas o mangá Battle Royale tem um diferencial que marca bem a forma que é desenvolvida a trama. Os sorteados são turmas de primeiro ano do colegial. Como todos sabem, já um campo de guerra.

Battle Royale originalmente foi um polêmico romance escrito pelo japonês Koushun Takami em 1999. No final do ano seguinte, Kinji Fukasaku lançou uma adaptação para os cinemas. Apesar de nenhum deles ter sido traduzido para português oficialmente (até agora), o filme e o mangá tornaram-se cult entre internautas, graças ao trabalho de scanlators. Em janeiro de 2006 o último volume foi lançado no Japão, e aqui no Brasil a Conrad lança mensalmente, a partir de outubro.

O realismo do mangá é perturbador. Logo no primeiro volume, uma página dupla mostra um aluno atingido no rosto por um tiro. O aspecto visceral (literalmente) e direto do desenho pode não ser o mais agradável de se ver, mas acusações de sensacionalismo não duram muito. Battle Royale poderia ser um shonen mangá raso, que se concentra nas lutas e mortes. Na verdade, o mangá não é sobre um reality show de matança. A ilha é só uma fachada para que o autor destrinche as relações humanas, principalmente a dinâmica das relações escolares, que podem definir toda a vida de uma pessoa.

Os personagens principais são: Shuuya Nanahara, um órfão de bom coração, que tenta sempre ajudar os colegas mais fracos; Noriko Nakagawa, a paixão do melhor amigo de Shuuya, que promete protegê-la; e Shogo Kawada, um recém-transferido e misterioso aluno. Os três se juntam, não entram no jogo e tentam convencer outros a não participarem.

A cada personagem apresentado na ilha, seu perfil é mostrado pelas atitudes na escola. Os tipos clichês do colegial aparecem, como a garota popular, o otaku, o esportista, o lutador de artes marciais ou a gangue que oprime os mais fracos. O primeiro coadjuvante a aparecer é Yoshio Akamatsu, perseguido por outros alunos no colegial por ser “lento”. Assim que o Programa começa ele enlouquece, lembrando das vezes que foi constrangido ou até espancado. Shuuya tenta convencê-lo a não lutar, mas Akamatsu já perdeu a confiança nas pessoas…