QR Code, resumindo a grosso modo, é um código de barras em duas dimensões que pode armazenar muito mais informações que um código de barras comum. Por exemplo, endereços (URLs) de sites e conteúdo para web. Para celulares, a mecânica é a seguinte. Os celulares com câmera e acesso à internet podem utilizar um software que reconhece a informação constante no QR Code através de uma foto do código, que pode ser disponibilizado em jornais, revistas, mídia exterior etc. Essa informação geralmente é um link que vai abrir uma página, foto, video ou música no celular do usuário.
Em publicidade móvel, é utilizado por três motivos principais. O motivo operacional é simplesmente suprimir a dificuldade com a qual se digita endereços de conteúdo web em celulares, por causa das teclas numéricas pequenas. O segundo motivo, que diminui a cada dia, é a novidade que ainda causa. Por último, fazer uma ponte entre o impresso e o digital é interessante para promover a convergência da comunicação da marca.
Três cases que li por alguns destes blogs que frequento fazem lembrar que o uso de QR Code ainda é, no Brasil, uma prática que tem seus altos e baixos, e o estabelecimento (ou recusa) do uso dessa tecnologia ainda está longe de ser definido.
QR Code como Novidade: anúncio “vivo” da DM9
Aproveitando do pouco uso e novidade que o QR Code ainda causa, a agência DM9 criou o “primeiro anuncio vivo da propaganda brasileira”. Para um mesmo QR Code, a campanha institucional da agência exibe um anuncio por dia para quem acessar o QR Code.
Um pouco forçada o modo de se diferenciar, mas a estratégia foi boa. A DM9 conseguiu mídia espontânea para se posicionar como inovadora como pretende. Esse aspecto é um dos argumentos principais para o desenvolvimento de ações usando QR Code.
QR Code como Educação: Estande Volkswagen
Como toda “nova” tecnologia, o QR Code leva um tempo para se afirmar, se é que algum dia vai ser algo usado largamente. No Salão do Automóvel o stand da Volkswagen possuía totens em que um lado havia um QR Code e no outro uma tela explicando como utilizar a tecnologia. Os primeiros que acessaram o QR Code ganharam camisas da marca.
A ação entendeu que a utilização dessa tecnologia não é corrente, e aproveitou a própria açaõ de ensinar o uso comomais um fator de interação com os visitantes, que possivelmente lembrarão sempre de onde aprenderam a utilizar essa tecnologia.
QR Code aleatório: Fastshop
Triste caso da Fastshop no, aparentemente, primeiro uso de QR Code em anúncios impressos no Brasil. Em dezembro de 2007, o anúncio de varejo da Fast Shop trouxe um QR Code modestamente no canto. Neste caso em específico, o código só resultava em texto redundante sobre a promoção: “Grande Barato Fast Shop – Desconto de até 50%”.
Acredito que o uso mais “apropriado” do QR Code é o que busca a convergência de fato entre o impresso e digital. O caso do Volkswagen, por exemplo, usou o QR Code como um vórtice para reunir ao menos quatro pontos de relacionamento com a marca: estande, celular, digital signage e vestuário.