Continuando com a série de resumos das palestras do NewMR, vamos falar rapidamente da “Analysis in Etnographic Work” realizada por Neil McPhee, da Nuance Research e ETHNOS Consultants.
Em primeiro lugar, McPhee fala que a etnografia é a ferramenta menos compreendida no mercado. É vendida de forma inadequada por agência, comprada de forma inadequada por clientes, vista como vigilância por clientes e percebida de forma extremamente simplista por muitos clientes e agências.
McPhee mostra um gráfico que liga a Análise a: Dados sobre Comportamento; Observações e Notas; Codificação de Ações e Eventos; Análise de Vídeos e Transcrições; Apoio de Computadores e Ferramentas de Análise Qualitativa; Objetivos do Cliente.
Citando a velha máxima “se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho pode ser feito”, McPhee explica a importância de saber exatamente que problema ou desafio deve ser resolvido.
Armazenar dados é essencial: vídeos, notas, diagramas e outros permitem contabilizar e perceber padrões de comportamento. McPhee cita um estudo sobre comportamento em cozinhas, pro exemplo: em uma hora, é possível contar o uso do fogão, lixeira, tempo de procura por utensílios, número de vezes em que a participantes se curvou para pegar algo etc.
Transcrições textuais podem ser muito úteis com um bom sistema de QDA e codifição, além de tempo e equipe disponíveis.
Qual o escopo de dados e tópicos que estão sendo buscados? Cultura? Economia? Meio ambiente? Família? Educação? Redes Sociais? Estratificação? Definindo bem isto, as perguntas específicas podem ser realizadas.
A etnografia procura por: eventos espontâneos e comportamentos; relação com ambientes internos e externos; interações. McPhee explica o processo de análise, baseado na Grounded Theory:
As abordagens e ferramentas de análise podem ser variadas. Fala do armazenamento de dados e padrões à mão livre, uso do excel para formalizar e cruzar informações e uso de softwares especializados como o Atlas/ti.