A Imagem, de Eduardo Neiva Jr.

a-imagem-eduardo-neivaO livro faz parte da coleção Princípios, da editora Ática. Para quem não conhece, essa foi uma das muitas coleções de livros de bolso lançadas durante os anos 80, direcionadas a secundaristas e graduandos. Da mesma editora também existiu a coleção Fundamentos.

Este livro tem os capítulos:
1. Caracterização da imagem
2. A imitação
3. A perspectiva
4. A ilusão
5. A imagem fotográfica
6. O século das imagens
7. Vocabulário crítico
8. Bibliografia comentada

Eduardo Neriva Jr está preocupado com os níveis ontológicos e sociológicos da imagem. No terceiro capítulo, por exemplo, retoma a discussão de Panofsky sobre a perspectiva como forma simbólica.

No sexto capítulo “resume” seus argumentos sobre a imagem contemporânea como uma cópia da cópia e força a argumentação ao ponto de dizer que “A ilusão nos basta; afinal, tudo pode ser simulado por um duplo, que reproduz com perfeição a aparência e dispensa a autenticidade“. Em seguida, usa como exemplo o fato de que “muitos filmes de sucesso, por exemplo, são continuações, em série, de obras anteriores […] ou então refilmagens de filmes antigos” reunindo num mesmo saco Rambo II, Tubarão III, Macbeth de Kurosawa e as paródias de Mel Brooks em um trecho, no mínimo, incômodo.

A melhor parte é o capítulo A Ilusão, no qual o autor cita Descartes e sua célebre frase para explicar como a representação pela imagem é análoga a representação do mundo pelas idéias. Mas, entre os pontos baixos e altos, prefira o A Imagem de Jacques Aumont.

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Um comentário sobre “A Imagem, de Eduardo Neiva Jr.

  1. A crítica de “A Imagem” é espa tosamente inepta. A primeira linha diz que o livro faz uma leitura ontológica e sociológica da imagem e cita, como exemplo, a idéia de perspectiva, que é aepnas uma solução visual, não a única característica social ou essencial da imagem, como instância socio-ontológica.

    A frase citada como incômoda é incomodamente descontextualizada. O comentarista esquece que o livro vêm num progressivo desenvolvimento que mostra como as práticas da iamgem a tornaram cada vez mais autônomas face ao real ao ideal exigido por Platâo. Daí se espalharem pela cultura de massa contemporânea como simulação. O crítico, desatento e novamente desarticulado, presta um deserviço não apenas ao livro que tem tido uma fortuna crítica considerável, já que se encontra em catálgo há mais de suas décadas, mas principalemente aos leitores futuros da obra.

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